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Deuses Justos

Mantenedores da Ordem


São Justos, e mesmo a luz que irradiam faz tremer o injusto.
Erguem a Ordem em mãos que sustentam e esmagam com um gesto.
Virtude, também aprisiona uma alma desprevenida.
Justiça, se plena demais, se torna um espelho do medo.
Terríveis são quando punem o Vício sem margem para o erro.
Guiam destinos com leis imortais que não perdoam falhas.
Quem ajoelha, treme; quem afronta, some sem vestígio.


— Dwali "Escriba" Gamilîm, Artefateiro da Oficina Rochosa de Azan


Deuses Justos by Sora AI
Vindo da carne de Asgalon nasceram os Deuses Justos, os mais jovens entre os Primogênitos da Criação. Entre eles, a mais antiga é Ellaren, a Deusa da Luz Negada, e o mais novo é Sandall, Deus da Primeira Aurora.

Não surgiram do Vazio, e nem de Lumiar, mas da intenção ordenadora da Deusa Mãe para a própria Matéria. Foram trinta e dois no princípio, os primeiros grandes moldadores do mundo após seu nascimento. Se a Sobrepoder teceu a existência com pensamento, foram os Deuses que a esculpiram com mãos. Montanhas, rios, mares, animais e plantas: tudo isso passou por sua vontade.

Seus poderes brotam de dois pilares: a Ordem e a Virtude, os Aspectos Primordiais que os definem em essência. Contudo, os mortais, incapazes de apreender tais vastidões, os conhecem pelos Aspectos Maiores que manifestam: Justiça, Cura, Guerra, Sabedoria, Proteção, Nascimento, entre outros. É assim que rezam por eles e é assim que os Deuses Justos se deixam cultuar.

A Criação, porém, nunca foi tranquila. Há cerca de um milhão de anos, quando Asgalon adormeceu nos recessos do tempo, os Horrores Ancestrais invadiram a Esfera da Criação. O assalto foi violento e inesperado. Logo nos primeiros embates, Sandall fugiu — não por covardia, mas por sacrifício. Condensou-se numa esfera flamejante de calor e luz e se lançou para o limite do firmamento, inaugurando os dias. Ellaren, em resposta, fez o mesmo: moldou-se em uma esfera fria e distante que repelia o brilho de Sandall, criando as noites. Era um gesto desesperado, mas estratégico. Ao se retirarem, fortaleceram os poderes dos Deuses remanescentes para batalharem contra inimigos incomensuráveis.

E eles lutaram. Por centenas de milhares de anos resistiram sozinhos à invasão do Vazio, sem ajuda dos demais Primogênitos da Criação. Contudo, a eternidade da guerra corroeu os elos mesmo entre os Deuses. Dezesseis Deuses, movidos pelo Caos e Vício, traíram seus irmãos e irmãs, convencendo-os a canalizar suas essências numa última investida contra os Horrores. O golpe foi bem-sucedido. As entidades do Vazio foram expulsas, mas o preço foi terrível. Os traídos foram lançados para além da Esfera, junto com os inimigos. Sandall e Ellaren permaneceram adormecidos no firmamento e os traidores se tornaram mestres tanto de Lumiar como da Matéria.

Ninguém sabe ao certo o que houve com os quatorze Justos exilados. Durante dezenas de milhares de anos Panorica viveu sob o domínio dos traidores — hoje conhecidos como Deuses Corrompidos. Somente há aproximadamente 15 mil anos atrás, no começo da Idade dos Tyranos, os Deuses Justos começaram a retornar do Vazio. Suas primeiras manifestações na Matéria surgiram entre rebeldes e mártires, sob a forma de pequenos milagres, em batalhas desesperadas contra os atuais opressores dos povos: os Dragões Tyranos. Seu retorno culminou nos despertar de Sandall e Ellaren e nas Quatro Guerras dos Dragões, quando os próprios Deuses Justos desceram à Matéria liderando celestiais e mortais nas batalhas contra os Dragões Tyranos.

No fim, os Deuses saíram vitoriosos, inaugurando a era atual, a chamada Idade dos Justos. Desde então, seus cultos florescem — não apenas como devoção, mas como aliança. Pois os Deuses Justos não reinam de cima: caminham com os que os chamam. São guias, não imperadores. E onde há Virtude ou Ordem ainda pulsa a centelha do que Asgalon sonhou.

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Cover image: Deuses Justos by Sora AI

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