Cap. 202 - O Complexo Episódio na Cidade Secreta do Lago
Verão de 5.571
O grupo chega a Cidade Secreta do Lago, e se depara com um enorme festival, aparentemente em homenagem ao casamento do Príncipe viúvo Ildefonse e da srta. Daisy Garx. Nas ruas, eles veem comemorações estranhas: a cidade comemorava o expurgo bruxo e tinha frases de ordem contra a bruxaria. A situação estranha só foi confirmada pela jovem Katarina Swan, uma garota que fazia pequenos truques na rua, chamando a atenção daqueles que detestavam a magia.
Eles fazem negócios com a multidão em meio ao festival, e Dhigory mente ser apenas um mago do Palácio Magno. O grupo encontra Théo, que tocava em uma praça próxima. O bardo comenta que iria tocar numa festa privada no Palácio, em instantes. Eles se despedem e então Solomon chama a atenção de todos para um detalhe importante: Théo sempre estava nas vilas que foram atacadas, sempre se apresentava antes dos ataques e então ia embora. Essa constatação fez o grupo olhar o bardo com outros olhos, de modo que era preciso investiga-lo.
Solomon, Kuma e Dhigory fecham suas vendas e deixam Guillermo e Uma cuidando das carruagens e entra no Palácio das Cachoeiras como penetras na festa de casamento. Ao chegarem ao grande salão, encontram o Rei Estefan Moox II e sua netinha, a pequena srta. Swan. Muitos nobres e membros de várias casas nobres de Villas estavam presentes, incluindo o próprio Conde Moox-Garx, o conde de Villas. Os comerciantes também veem três cortesãs armando contra o casamento na expectativa de conquistar o coração do príncipe. Poucos guardas faziam a segurança da festa. Théo tocava músicas alegres e festivas em comemoração aos noivos. Os noivos porém, não estavam presentes.
Um dos guardas aborda o trio, que se vê flagrado e impedido de continuar a investigação. Solomon consegue despistar o guarda enquanto Dighory e Kuma distraem-no. O mandril segue as cortesãs e consegue encontrar a sala onde estava o príncipe Ildefonse. Solomon se encontra com o príncipe e sem mais delongas relata o que estava prestes a acontecer, o perigo eminente que a cidade corria, bem como o fato de que a festa não deveria ser realizada, pois colocaria todos em risco.
Ríspido e amargurado, Ildefonse não dá ouvidos à Solomon e o expulsa de seus aposentos. Enquanto isso, Dhigory e Kuma encontram-se com a futura princesa, Lady Daisy Garx. Arrogante e extremamente hostil, ela também os põe para fora do Palácio, provocando nos comerciantes uma repulsa em relação a família real.
Na rua, se reencontram com a pequena Katarina Swan. Ela diz que poderia lhes ajudar, pois sua mãe conhecia muitas lendas da cidade, e poderia contar fatos interessantes que fossem úteis ao grupo. Também, o grupo assiste a uma situação extremamente descabida e desconfortável: a Tomatada Bruxa, onde várias pessoas, interpretando bruxos, eram hostilizados e “entomatados” por uma multidão furiosa que gritava palavras de ordem contra a bruxaria. Assustado, Dhigory e Kuma se esquivam e vão até a chapelaria de Madame Margareth Swan.
Enquanto isso, Solomon conhece a pequena princesinha. No mercado, enquanto guardas a acompanhavam a distância, ela pede ao mandril ajuda para produzir uma poção da Verdadeira Face. Segundo a garota, sua madrasta era uma mulher ruim, e ela queria provar isso com uma poção que a fizesse mostrar sua verdadeira personalidade. O mandril, com a ajuda dos itens de Dhigory e com ingredientes de sua loja, aceita ajudar a jovem princesa. Para isso, ele precisaria voltar a castelo, poucos minutos depois, e reencontrar a menina em seu quarto, onde ela tinha um caldeirão e um grimório esperando para produzir a poção.
Longe dali, Madame Margareth Swan e sua chapelaria mágica mostram que o povo da cidade não era tão avesso a magia quanto se pensava. Ela explica que a antiga princesa foi assassinada sob a acusação de ser uma bruxa, ideia que sempre foi rejeitada pelo príncipe viúvo. Boatos diziam que a princesinha também herdara a vocação e o grimório da mãe, e que em breve, se revelaria como bruxa também. Embora a cidade fosse grande, acumulava várias lendas, como a de um bruxo poderoso que viria vingar os bruxos do passado, e a maldição de três: a cada três aliados, um seria traidor. Mas Madame Maggie explica que estas lendas estavam muito difusas pelo imaginário popular: qualquer lenda da região de Villas poderia ser invocada ali, se fosse o caso.
Solomon e Uma se infiltram no Palácio, se fazendo passar por empregados trabalhando no casamento real. O mandril encontra a princesinha e, surpreso por esta possuir um grimório, pergunta mais sobre a bruxaria da garota. Ela explica que a mãe realmente tinha poderes mágicos, mas não tivera a oportunidade de conversar com ela sobre isso. Os dois preparam a poção, e então Solomon pede para que Uma, disfarçada, ponha a poção no drinque da futura princesa, no momento adequado. O mandril se despede e volta para as carruagens.
Saindo do Palácio, Solomon descobre o inimaginável: Théo dava um colar azul mágico para a futura princesa, e estava orientando-a sobre como esta deveria agir, o que deveria dizer e como ela conquistaria o trono assim que ele matasse toda a corte no casamento através das lendas mágicas. Além de Solomon, as cortesãs também flagram a conversa, e preparam-se para correr e contar ao príncipe. Assustado por sua hipótese se comprovar verdadeira, o mandril rapidamente retorna ao mercado, onde reencontra Kuma e Dhigory.
O grupo então troca informações. Solomon, Kuma e Dhigory decidem confrontar Théo, que tocaria em breve no casamento do príncipe. Eles precisavam entrar na festa e impedir a invocação demoníaca, bem como revelar a traição da princesa Daisy, que armava para conseguir a coroa da cidade.
Eles articulam-se para que Uma e Madame Swan também estivessem presentes e colaborassem com o plano. Quando finalmente chegam a festa de casamento, em um belo pátio decorado próximo ao lado, percebem que Théo estava planejando invocar uma catástrofe ali, através da lenda da (selada) cavaleira Descartia. Uma das cortesãs chega fazendo um escândalo e tenta contar ao príncipe a traição da princesa, mas ela é contida pela guarda. Théo tenta usar a cortesã como vítima da maldição de Descartia.
Aproveitando-se da confusão, Solomon, Dhigory, Kuma e Madame Swan, infiltrados na multidão, começam a por em dúvida a legitimidade do casamento e a honra da princesa, acusando Théo de ser um bruxo, e consequentemente, da princesa se aliar com um bruxo. A confusão se ganha volume, e os nobres colocam Daisy contra a parede. Nesse momento, Uma delicadamente serve a poção da Verdadeira Face, fingindo ser um copo de água para acalmar a princesa. Quando confrontada, Daisy admite que estava aliada de Théo, e que tinha vontade de assumir a coroa, e que estava participando de um plano para isso. Contudo, a garota também revela para todos que a princesinha era uma aprendiza de bruxa, o que gerou revolta na população. O príncipe Ildefonso, profundamente ofendido e traído por sua noiva, tira sua filha dali em segurança, levando-a de volta para o Palácio e encerrando o casamento.
Faltava provar que Théo era um bruxo. O bardo começa a tocar uma melodia que encantaria toda a multidão, causando uma confusão que permitiria que ele e sua concubina recuperassem o controle da situação. Kuma então usa Bankai e lança seu martelo mágico contra o inimigo, destruindo seu alaúde e ferindo o bruxo de forma tão intensa quanto mortal, abrindo-lhe um buraco enorme sobre a barriga. Quando o martelo retorna, Daisy corre para junto de seu aliado, e confessa a todos que eles estavam unidos em prol da coroa. Porém, surpreendendo a todos, Théo levanta-se e se regenera, mostrando-se muito mais poderoso do que os comerciantes poderiam imaginar.
Théo invoca seus poderes das trevas e causa uma explosão de magia maligna, matando dezenas de pessoas presentes, incluindo Daisy, guardas e membros da corte. Sem seu alaúde, ele passa a usar claramente magia das trevas, e começa a invocar seres míticos. O Rei Estefan saca sua espada mágica, mas é desarmado por Théo, que o derruba e o deixa desacordado. Dhigory percebe a magia na espada do Rei como idêntica a espada de Solomon, e esconde o item consigo.
Solomon e Kuma atacam Théo em conjunto. Cada vez que seu corpo se partia ou era destruído mais e mais seres míticos e malignos saíam dali. Théo parecia brincar enquanto o grupo se esforçava para ataca-lo. Ele prende Kuma com uma mão de terra arcana, enquanto os seres míticos atacavam os guardas e as pessoas da cidade. X vermelhos apareceram em várias casas, anunciando o fim da cidade. Centenas de pessoas fugiam em pânico do local, tentando salvar suas vidas do ataque eminente que tomava conta da Cidade Secreta do Lago.
O grupo se vê obrigado a recuar. Eles reúnem-se em um beco e concluem que não poderiam lutar sozinhos contra o bruxo em sua forma plena, pois não tinham ainda os poderes adequados para isso. Uma se junta a eles, e sugere que ela deveria confrontá-lo a fim de descobrir porque ele mandou que zumbis raptassem seu filho. O grupo discorda e decide ir ao Palácio, pedir ajuda ao príncipe Ildefonse e a pequena princesa.
Enquanto se esgueiravam pelas ruas caóticas da Cidade do Lago, o grupo pode presenciar criaturas mágicas de todo o tipo sendo invocadas e atacando pessoas inocentes. Matinta Pereira aparece para perseguir e capturar o grupo a mando de Théo, mas Dhigory não dá chance: assim que a entidade aparece, ele usa seus poderes arcanos de pedra e a destrói, sem possibilidade de combate.
O grupo entra no Palácio pela janela do quarto da princesinha, e encontram o príncipe Ildefonse trazendo a garota para o quarto. Contam a urgência da situação para o príncipe, obrigando-o a olhar pela janela e ver as primeiras casas queimando a luz das chamas azuis. Ildefonse reúne todos os guardas e cria uma força de defesa palaciana.
O grupo se questiona como poderia haver bruxaria em uma cidade que se dizia segura contra bruxos. O príncipe responde que havia uma barreira mágica contra bruxos, cujo poder emanava de uma espada mágica na câmara real. Todos correm para verificar o estado dessa barreira, e não se surpreendem quando chegam ao local e veem que a espada tinha sido roubada. Então Dhigory revela a Espada do Rei Estefan, e todos decidem que ali deveria ser refeita a barreira.
Para isso, Dhigory precisaria usar seus poderes mágicos em diversas classes, violando a lei do Palácio Magno. Porém, ele não conhecia o rito. Solomon explica que a antiga princesa era uma bruxa, portanto em seu grimório poderia conter o ritual descrito com os materiais necessários. Com a ajuda da princesinha, o mandril providencia os materiais e o passo a passo do ritual da barreira mágica.
Outro obstáculo foi o encravamento ou a inscrição das runas mágicas na mesa de pedra onde a espada mágica do rei seria colocada. Para isso, precisaram das habilidades de Kuma, que conhecendo a antiga magia rúnica e portando os instrumentos necessários, realizou as inscrições necessárias para criação da barreira na língua mágica rúnica. Por fim, usando a magia de sua bruxaria, Dhigory produziu um poderoso encanto que deu origem a uma poderosa e formidável barreira mágica.
Imediatamente um pilar de luz começou a se expandir, e expulsar os demônios de sua área dômica. Contudo, Dhigory foi expulso pela mesma energia, sendo atirado para fora do Palácio. Apenas quando seu colar de poderes caiu, a barreira continuou a expandir-se sem expulsá-lo. O grupo acode o colega, que enfraquecido, precisou de apoio. Sem entender muito bem o que havia acontecido, o grupo vê, a distância, as entidades invocadas por Théo desaparecerem. Também, veem o fogo se extinguir, devolvendo a segurança aquela cidade.
Durante a noite, Solomon, Dhigory, Kuma, Uma e Guillermo descansaram e repuseram suas energias. Ao acordarem, se deparam com um vendedor de bebidas, um Porco Cervejeiro. Ele vende bebidas para comemorar a vitória do dia anterior, e rapidamente engana Kuma e Solomon. Uma e Dhigory conversam e decidem que o grupo deveria revisitar o local do atentado de Théo, na tentativa de descobrir pistas e dicas sobre o paradeiro do bruxo.
Todos então seguem até o pátio a beira do lago, região cheia de corpos e casas destruídas pelas chamas. No corpo de Daisy, encontram um colar azul, que logo é pego para análise dos membros da caravana. Enquanto o restante da cidade se organizava e se reconstruía, aquela região parecia mais vazia. Então o grupo é surpreendido por um guarda anônimo, que pede o colar a mando do príncipe. Desconfiado, Kuma toma para si o colar e foge, sem dar satisfações ou chance para a argumentação dos colegas. Irritado pela atitude impulsiva do urso, o guarda muda sua aparência e se revela como sendo Théo, o Bruxo. Ele ataca rapidamente Kuma atordoando-o e fazendo o colar mágico voar em sua direção.
Dhigory não vacila e cria um poderoso pilar de magia de luz. A magia desta natureza confina o bruxo, que fica realmente preso e não consegue escapar. Apesar da situação vantajosa, Théo aparentava muita calma. Enquanto Guillermo foi chamar ajuda, Solomon, Kuma, Uma e Dhigory confrontam o bruxo. Conversam sobre as situações e mentiras que ele arquitetara, e como ele manipulara a todos para passar despercebido entre os camponeses de Villas.
Théo ri. Primeiro, ele diz que Rosegrave estava procurando-o e espalhando suas maldições por isso. Ele também desdenha de Uma, dizendo que não tinha interesse no seu filho, e que provavelmente o filho da mulher teria virado comida de zumbi. Ele repudia Dhigory como um traidor, e explica que o povo nojento daquela região provavelmente mataria qualquer bruxo se tivesse a chance, incluindo o próprio Dhigory. Kuma e Solomon confrontam o bruxo sobre suas habilidades e intenções, mas ele parece não revelar muito de seu plano.
Conforme a conversa avançava, Théo foi ganhando intimidade com o grupo, até pedir ao porco uma cerveja. Embora Uma, Solomon, Dhigory e Kuma tenham tentado impedir, o porco cervejeiro preparou uma caneca e entregou ao bruxo. Quando a caneca penetrou a barreira de luz e gerou sombra, Théo usou a abertura para escapar, fugindo e deixando todos para trás. Antes de ir, ameaçou voltar e acabar com todos, para enfim recuperar seu colar.
Irritados com o porco cervejeiro, mas cientes de sua ignorância, o grupo decide ir embora da Cidade Secreta do Lago. Voltam para suas carruagens, onde reencontram conhecidos gratos por terem salvado a cidade. Madame Swan dá a Kuma um item mágico chamado “O Incrível Chapéu das Ocasiões”, enquanto a jovem srta. Swan pede que o grupo entregue gemas mágicas para Lady Swan, a druidisa coelha que estava nos bosques pesquisando a vida selvagem.
O príncipe Ildefonse e princesinha Évora veem agradecer a colaboração e dão 100 moedas para cada comerciante, além do perdão pelos “crimes” e consideração futura em futuras passagens pela Cidade. Um pouco irritados, mas ainda preocupados, os comerciantes decidem partir.
Pouco depois da partida, já fora da cidade, Kuma é honesto com Uma e diz a ela que não se importa com o paradeiro do filho da camponesa. Basicamente, ele separa os problemas de Uma das prioridades do grupo, colocando-a numa situação de desconforto que faz os viajantes permanecerem em silêncio. Uma diz que não seria mais um peso para o grupo, mas que continuaria lhes acompanhando até encontrar pistas sobre o paradeiro de seu filho.
Dentro do amuleto azul, o grupo descobre um demônio de nome Yubel. A entidade, que dizia proteger seu mestre-usuário, mostrou-se leal e poderosa, e Kuma deu o colar a Uma, na esperança de mantê-la protegida no futuro, apesar da distância que fora criada.
No balanço do segundo dia, o grupo percebe que Théo ainda estava solto, e que as maldições e lendas continuariam a se abater por Villas. Por isso, se queriam continuar percorrendo as estradas fazendo seu comércio de mercadorias, precisariam de ainda mais poder, e isso incluía uma visita a cidade de Hendry, o inventor.
Essa história faz parte da jornada da caravana de Villas em sua tentativa de descobrir o mistério por trás das lendas reerguidas e derrotar o Matador dos Matadores. As surpresas do comércio em Villas - A Vila da Viúva Espectral A Vila das Belas Elfas - Damas da Luz - Parte I A Vila das Belas Elfas - Damas da Luz -- Parte 2 As cidades ocultas de Vilas - A Vila das Treze Bruxas e a Vila do Cavaleiro Sem Cabeça O Reencontro, o assalto, a Vila do Bosque das Cachoeiras e a Cidade Secreta do Lago O Complexo Episódio na Cidade Secreta do Lago De Volta a Estrada, Segue a Vida e o Mistério O segredo de Bagunga, a derrocada de Oxixahc, e Espelho de Vidro Preto Encontro, Reencontro e o Fim
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