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Cap. 198 - A Vila das Belas Elfas - Damas da Luz - Parte I

Verão de 5.571   Norte de Villas   Um pequeno trio de mercadores viajava pelas estradas de Villas, quando se depararam com uma bifurcação. A frente da caravana seguia o ferreiro urso Kuma, seguido por Dhigory, um jovem arcano bruxo, e Solomon, um imponente mandril capaz de preparar muitas poções naturais. Perdidos por conta da bifurcação mal sinalizada acabam seguindo para o norte, na tentativa de chegar às regiões onde houvesse conflitos bélicos para que pudessem vender armas.   Solomon encontra uma placa que indicava o caminho em direção a alguma “VILA DAS BELAS ELFAS - DAMAS DA LUZ”. Kuma diz já ter ouvido histórias sobre a tal vila, onde moravam elfas muito poderosas donas de uma voz mágica. Aquele que as ouvisse cantar ganharia vida prolongada e muitas graças e riquezas. Por conta disso, decidem tentar encontrar a vila, e quem sabe conseguir riquezas e vida prolongada, além de poderem apreciar a companhia das famigeradas elfas.   Depois de algum tempo passam por uma cabana abandona, e encontram uma região cheia de casebres desertos. Solomon adentra uma das casas e encontra um porta retrato de uma família de elfos, chamada FAMILIA TIZZIANO. Ele pega o porta retrato para si e os três decidem continuar a viagem, seguindo pela estrada que apresentava sinais de circulação de outras carruagens.   Chegam então a um grande castelo cercado por muita névoa e uma sólida muralha. Uma pequena ponte de cordas conduzia para o interior da construção, cujo portão estava aberto. Em seu impulso de curiosidade, Kuma deixa sua carruagem na beira da estrada e parte para dentro do castelo. Encontra uma cidadela deserta, porém muito bem preservada. Ele urra intensamente para chamar a atenção de qualquer um que estivesse ali, mas ninguém responde. Solomon e Dhigory, embora contrariados em deixar suas carruagens, correm na direção do amigo quando ouvem seu urro de urso.   Kuma explica que a cidadela parecia deserta. Eles decidem então arrombar e invadir uma das casas próximas com o intuito de verificar que o local ainda era habitado. Quando arrombam a porta de madeira de um sobrado, encontram uma casa rústica, muito limpa e com muitos objetos de valor. Começam a explorar e pilhar o local, mesmo com indícios de habitação. Kuma encontra uma espécie de bacia/ disco mágico com um brilho prateado peroláceo, com as inscrições IN VOX CANTUS VITTA.   Os três continuam explorando o casebre, e decidem ir ao segundo andar. Encontram indícios que aquela casa pertencia a Família Solennia, com inscrições mágicas associadas aos seus retratos: INCANTUS MALDITUS. Na parte superior do sobrado, encontram dois quartos: no primeiro, havia um rico mobiliário com várias joias, que pertenciam a alguém que admirava as cantoras elfas. No outro aposento existia um berço e mobiliário infantil, preservado, mas sem sinais de uso. Após encherem seus bolsos de pertences (com exceção de Dhigory, que estava desconfiado), decidiram sair da casa.   A esta altura, o sol já havia se posto. Uma forte neblina tomou conta do lugar, e vultos brancos começaram a se materializar, conforme a luz do maior sol sumia. Solomon preocupa-se e corre para as carruagens, e lá chegando constata: as três carruagens desapareceram no ar, como se tivessem sido abduzidas. Nenhum rastro, nenhum sinal de batalha ou fogo. Simplesmente desapareceram.   Enquanto isso, dentro da casa surge uma mulher, de nome Uma, que parece cozinhar algo. Ela não se espanta com sua porta arrombada e parece continuar a preparar um bolo muito tranquilamente, apesar da presença dos invasores. Kuma conversa com ela, pergunta onde estão e o que estava acontecendo ali.   Uma responde que estava acontecendo o grande festival anual das cantoras elfas. Naquele dia, os homens que ouvissem as cantoras elfas na cerimônia aos pés da grande árvore, viveriam por muitos anos, com graças e riquezas. Ela os convida para a cerimônia, e diz que está a fazer um bolo de castanhas.   Solomon retorna e avisa aos amigos o que percebeu, e o trio fica confuso. Os três decidem voltar ao ponto onde deveriam estar as carruagens, mas desta vez os portões do castelo estavam fechados. Solomon escala as muralhas, que não possuíam nenhum tipo de guarda, para verificar se poderiam sair, ou se percebia algo na região a partir da grande altura. A névoa impedia a visão de qualquer coisa para além de alguns metros.   Enquanto isso, dezenas de pessoas surgem pelas ruas da cidadela, agindo normalmente como se sempre estivessem ali. Comerciantes, crianças, elfas dando flores aos transeuntes. Não havia mulheres, mas existiam muitas elfas e criaturas de várias raças, aparentemente todos guerreiros, comerciantes, mercadores, artesãos, entre outros. Algumas crianças sobem em Kuma, por conta de sua pelagem roxa, que chama a atenção. Ele rosna e as espanta.   Depois de algum tempo, no avançar da noite, a multidão de pessoas segue para um alto pátio no centro da cidadela, onde estava plantada uma grande e vultuosa árvore. Sob seus galhos, dezenas de bancos e mesas, recheados com comida de festival. Ao redor do tronco, um palco circular estava montado.   Solomon tenta se aproximar da árvore, mas é impedido por algumas elfas, que alegam que a árvore é sagrada. Enquanto o trio observa as pessoas festando, comendo e bebendo, percebem uma preparação perto do palco, onde dezenas de elfas de cabelo branco e vestidos leves se juntavam.   A alta rainha élfica então surge, com uma coroa com chifres de cervo, ela passeia entre o povo e cumprimenta os viajantes. Kuma conversava com Dhigory sobre a possibilidade de encontrar um par para si, e a Rainha Élfica o ouve. Ela então pergunta se ele estaria disposto a sacrificar algo para isso, pois “amar é sacrificar”. Ele alega que sim, e ela responde que no futuro eles descobririam. Depois, ela seguiu para o palco.   Dhigory permanece desconfiando de toda a situação. Ele não come e não bebe daquilo que estava sendo ofertado, e manteve uma posição recuada em relação ao resto dos homens, que disputavam lugar perto do palco. Kuma percebe que as crianças élficas haviam roubado o disco de platina, e estava com o objeto próximo a rainha élfica. Quando ele tentar recuperar a peça, é avistado pela rainha, que pega o disco e repreende as crianças.   Aos pés da Grande Árvore, as elfas começam a entoar uma canção tétrica. Os homens as admiram e ficam chocados (e hipnotizados) com a beleza de suas vozes e aparência. Ao longo da melodia, alguns homens, posicionados mais a frente, começam a flutuar no ar, como se a leve das vozes deixa-se também o espírito mais leve, proporcionando esse delicado voo.   De súbito, os homens começam a ser enforcados por algo invisível que os suspenderam no ar. Um a um, os guerreiros e senhores são puxados ao ar e começam a morrer, desesperadamente para todos que assistiam. As elfas pareciam não se importar, e parte do público agia como se nada estivesse acontecendo. Por estarem mais ao fundo, Dighory e Solomon tentam fugir. Em estado de choque, Kuma não consegue se mover.   Todos são capturados, e então a rainha élfica se revela como uma drider fantasma: suas teias invisíveis conseguiam interagir com a matéria, ao mesmo tempo em que ela era inatingível. Ela se prepara devorar Kuma, enquanto Solomon e Dhigory conseguem se soltar. Kuma tenta invocar seu martelo mágico, mas este não veio. Através do diálogo Kuma tenta ganhar tempo, mas é devorado. Seu martelo então cai próximo a rainha drider pouco antes de ele ser completamente engolido.   Solomon pega o martelo mágico de Kuma, e para vinga-lo, ataca a criatura. O martelo mágico, capaz de interagir com espíritos, atinge e destrói a drider, liberando Kuma (porém, já desacordado). Quando a rainha drider é derrotada por Solomon, os elfos somem, e o lugar revela sua verdadeira forma: tratava-se de um castelo em ruinas, e a bela árvore tinha dezenas de corpos enforcados.   Kuma recupera sua consciência dentro do Palácio do Castelo. Lá, encontra todos os espíritos de elfas, crianças, comerciantes e guerreiros. Todos estavam sob o comando da rainha drider, que ali estava ainda existindo, em outro corpo. Ela alega que pode existir na alma de cada um daqueles que devorou, e por isso era indestrutível. Ela ordena que os espíritos capturem Solomon e Dhigory, e todos partem para realizar esta tarefa. Todos menos Kuma, que ataca com uma poderosa mordida o pescoço da rainha. Ela morre, mas então ressurge consumindo o corpo/alma de uma das suas servas elfas.   Enquanto isso, Solomon e Dighory são cercados por uma centena de fantasmas na praça central. Embora o martelo de Kuma lhes ajudasse a enfrentar as criaturas, os inimigos eram muitos, e provavelmente não conseguiriam vencer. Cercados, eles tentam conversar com os fantasmas, que explicam estar sob o controle da rainha drider (alegando que ela ainda estava viva).   Uma, a mulher que havia conversado com eles antes, surge de um canto e chama-os para uma entrada dos esgotos, por onde conseguem fugir. Depois de correr por uma perseguição fantasmagórica, chegam a um pequeno riacho, onde podem finalmente descansar.   Uma então pede ajuda para os comerciantes, pois precisava deles para vencer um terrível desafio.    
  Essa história faz parte da jornada da caravana de Villas em sua tentativa de descobrir o mistério por trás das lendas reerguidas e derrotar o Matador dos Matadores.   As surpresas do comércio em Villas - A Vila da Viúva Espectral   A Vila das Belas Elfas - Damas da Luz - Parte I   A Vila das Belas Elfas - Damas da Luz -- Parte 2   As cidades ocultas de Vilas - A Vila das Treze Bruxas e a Vila do Cavaleiro Sem Cabeça   O Reencontro, o assalto, a Vila do Bosque das Cachoeiras e a Cidade Secreta do Lago   O Complexo Episódio na Cidade Secreta do Lago   De Volta a Estrada, Segue a Vida e o Mistério   O segredo de Bagunga, a derrocada de Oxixahc, e Espelho de Vidro Preto   Encontro, Reencontro e o Fim

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