Sua Inocência, Corallia Dei Astrea
A Santa Imperadora.
Poucas figuras na história de Centúria projetam uma sombra tão longa e monumental quanto Corallia Dei Astrea, ou apenas Coralie Astrea, na língua comum. Para os cerianos, ela é a Santa que, sob liderança de Nora e Selune, pôs fim a um dos períodos mais sombrios da história e construiu um império milenar. Para os lerionenses, ela é a usurpadora da Luz e o ponto de origem de uma teocracia opressiva e intolerante. Independentemente da interpretação, sua vida e seu legado são os pilares sobre os quais a história moderna do continente foi construída.
A Crise das Almas (clique aqui para expandir)
Fundação do Império de Ceres (clique aqui para expandir)
O Grande Mal (clique para expandir)
História
Juventude (clique aqui para expandir)Juventude (Anos do Caos)
Crônicas fragmentadas da 1E descrevem Coralie como uma jovem órfã alessiana que foi adotada pelo Lendário Merlim, o Mago das Flores. Ela nasceu no Longo Solstício do fim dos Anos do Caos, cerca de dois séculos depois do Grande Expurgo Élfico, em que os elfos centurianos foram quase completamente aniquilados — os sobreviventes fugiram para a Agrestia das Fadas, Nuncavisto ou aventuraram-se para Além-Mar. Naquela época, o reino alessiano estava sob o domínio de um rei cuja tolice rendeu-lhe a perda de seu nome para a história. Obcecado por poder e imortalidade, ele estava vulnerável à influência do mais brilhante e corrupto de seus conselheiros: Circerus, o Sábio. Sem que ninguém percebesse, Circerus estava orquestrando um plano para tornar-se, ele mesmo, um deus, inspirando-se na mais recente ascensão ao divino da Mãe dos Corvos e de Nora e Selune, que caíram nas graças do povo Luari. Ele foi capaz de enganar até mesmo seu amigo de longa data, Merlim, um arcanista lendário que havia sobrevivido ao lado de Circerus ao longo do Grande Expurgo Élfico. Ambos eram meio-elfos e conselheiros de duas gerações de reis alessianos — a expectativa de vida meio-elfa e humana sendo consideravelmente maior na época. Enquanto Circerus plantava as sementes da catástrofe no coração do poder alessiano, Merlim teve uma nebulosa professia de que deveria encontrar e proteger uma garota Luari fadada à tristeza. Ele sonhou com Corallia e, após encontrá-la, tomou a jovem como discípula. Ela aprendeu magia, línguas, as três grandes tradições élficas, a Lógica dos Nomes e muitos outros segredos que só o Mago conhecia. Mas quando os planos de Circerus começaram a ganhar forma, Coralie era apenas uma entre muitos guerreiros sagrados que sentiam uma crescente dissonância espiritual, uma sombra que se avizinhava sobre a terra, também enganada pela fachada de prestatividade do Sábio, que era como um irmão para o seu mestre. Segundo os registros, foi Corallia quem desmascarou os planos de Circerus, após comprovar que ele havia criado uma arte de profanação arcana (mais tarde conhecida como necromancia, para sempre manchada pelo estigma da maldade). Quando Circerus foi exposto diante de seu amigo Merlim, os eventos da Crise das Almas foram desencadeados. A Ruptura em Aléssia gerou destruição em massa, o fim da dinastia alessiana original e forçou Coralie e Merlim a fugirem da capital.A Crise das Almas (1 a 17 da 1E)
Circerus era secretamente membro da Gnose Cinzenta, uma ordem que servia a Vontade do Sol Negro, uma entidade extraplanar que desejava consumir os Nomes de Ilienel. O objetivo dessa ordem era consumir a divindade do planeta e "tornar-se um" com o Sol Negro. Não se sabe quando Circerus tornou-se um seguidor da Vontade. Circerus apresentou ao seu rei uma tese grandiosa que o permitiria superar a mortalidade de seus domínios. Na realidade, o chamado "Rito da Ascensão Silenciosa" era uma blasfêmia. O objetivo de Circerus era usar o rei como um canal para sacrificar a vitalidade espiritual da capital, Aléssia, e "corrigir" o que ele via como a principal falha do universo: a própria vida. Seu plano era rasgar o véu planar e transformar o Reino Alessiano no primeiro domínio do Pendor das Sombras no plano material, desejando também tornar-se ele mesmo o Pendor. Entretanto, o Sábio havia sido ironicamente enganado por seu patrono, e a "morte" que ele trabalhar para trazer não era a "morte material", mas a morte da própria existência, que existia apenas nos confins mais distantes do Oceano Astral. A sombra se manifestou quando o ritual blasfemo de Circerus rasgou o véu entre o mundo material e o tecido multiplanar. No clímax, uma onda de energia negativa explodiu do palácio; o céu sobre Aléssia se partiu, revelando não estrelas, mas um vazio frio e faminto de onde espreitava algo muito maior que um planeta. Uma névoa pálida e gélida, a Névoa Anímica, começou a vazar do Oceano Astral, espalhando-se rapidamente. A capital, Aléssia, foi engolida rapidamente. Mortos começaram a erguer-se e o ciclo da vida e da morte foi quebrado. Enquanto clérigos enlouqueciam e reinos tremiam, a fé de Coralie permaneceu inabalável. Ela se tornou um farol de esperança divina, imune ao desespero espiritual que consumia os outros. Reunindo os destroços do exército alessiano e inspirando milícias populares, ela liderou uma contra-ofensiva desesperada. Sua campanha culminou na retomada da Cidadela Imperial, onde confrontou Circerus em meio à sua transformação em uma entidade de pura sombra. A vitória de Coralie não foi meramente marcial; com a bênção direta de Nora e Selune, ela realizou um sacrifício de sua própria força vital para selar a ruptura planar, um ato que restaurou o equilíbrio e a marcou para sempre. Com as barreiras enfraquecidas, o Pendor das Sombras de fato também começou a "vazar" para o plano material. A terra começou a morrer, a água se tornou-se turva e amarga, e criaturas que gozam da escuridão e do medo passaram a caçar os vivos, saindo de suas sombras. Circerus, enlouquecido pelo ritual, tornou-se ainda mais perigoso. A explosão psíquica da Ruptura havia matado instantaneamente milhares de pessoas na capital, cujas almas foram as primeiras a alimentar a fenda. Clérigos e devotos por todo o reino sentiram um "grito" espiritual que os enlouqueceu ou os deixou sem poderes, como se seus deuses tivessem se calado. Coralie, protegida por Merlim, sobreviveu e foi levada à segurança, ao custo do próprio Merlim, que foi gravemente ferido. Ela então começou uma campanha desesperada para reunir as forças humanas e superar a crise. No ano que viria a ser chamado de 17 da 1E, Coralie e seus campeões invadiram a Cidadela Imperial e confrontaram Circerus. Ao mesmo tempo, as forças humanas buscaram retomar o controle de Aléssia dos mortos-vivos. Na batalha que se seguiu, Coralie não apenas derrotou o Sábio corrompido, mas, com a bênção direta de Nora e Selune, sacrificou parte de sua própria força vital para selar a ruptura planar. O ato a deixou marcada — seus amigos registraram de diversas formas que ela tonrou-se uma mulher completamente diferente —, mas ela restaurou o equilíbrio do continente.Fundação do Império (17 a 66 da 1E)
Com a crise terminada e o Reino Alessiano em ruínas, os povos da região e os reinos vizinhos, testemunhas de seu poder e sacrifício, a aclamaram como sua única e verdadeira líder. Coralie inaugurou um novo calendário, em honra às deusas apoteóticas que servia, o "Calendário das Estrelas", e declarou como data inicial desse calendário o ano em que a Crise das Almas começou. Em 17 da 1E, ela foi coroada Imperatriz pelos vários reis jônicos e alessianos, não por conquista, mas por aclamação popular e divina, sendo proclamada "Santa Astrea". Sobre as fundações do antigo reino, ela estabeleceu o Império de Ceres, um nome que, segundo os textos sagrados, foi sussurrado a ela pelas próprias deusas Nora e Selune como um símbolo de renascimento e ordem. O recém-nascido Império de Ceres logo se viu desafiado por outros reinos e nações centurianas. Alguns atacaram o Império, enquanto outros se uniram a ele através de alianças e vassalagem. Mas é dito também que muitas nações foram conquistadas naquela época, tudo em nome da ordem que Coralie estava trazendo ao mundo. Quando a maior parte do continente estava sob domínio alessiano, a expansão de Ceres subitamente parou, talvez desafiada pela força militar dos vários povos landorianos. No extremo oeste do continente, os reinos forossianos sempre desafiaram a autoridade da Imperadora, acusando-a de ter usurpado a Verdadeira Luz para solicionar a crise. Ela também nunca conseguiu tomar os reinos alirianos ao sul. Coralie, que ainda parecia tão jovem quanto o dia em que ergueu-se contra Circerus, por fim desapareceu em uma expedição ao Mar dos Fantasmas, em 66 da 1E. Ela foi sucedida por Natasha Ravenica, uma cavaleira da Ordem de Prata que era a segunda filha de uma das antigas companheiras de Coralie na Crise das Almas. A protegida da Santa Imperadora, ao ascender ao trono imperial, estabeleceu uma dinastia que durou toda a 1E."Muitos debatem a natureza da Santa de Astrea. Foi ela uma mortal elevada à divindade por seus feitos e pela fé de seus seguidores, ou era ela, desde o início, um avatar divino enviado para reparar o mundo? Os textos da Ordem da Lua Pálida são inequívocos, mas a verdade, como muitas coisas daquela era, pode residir em um espaço mais complexo entre a mulher e o mito."
— Anotação do Arquimeistre Fúlvio
O Grande Mal (~28 da 1E)
Em algum momento entre 28 e 29 da 1E, uma criatura de influência extraplanar a serviço da Vontade do Sol Negro ameaçou a estabilidade não só do Império de Ceres, mas também de todo o continente centuriano. Não há registros escritos dessa época devido ao Grande Esquecimento, um mal que caiu sobre a população centuriana durante e após a conclusão da crise, mas sabe-se que a Imperadora foi crucial para banir essa poderosa entidade do plano material.O mundo em uma tela
Após a conclusão da Crise das Almas, quando Coralie já era Imperadora há alguns anos, a Santa passou a ter visões proféticas que passou a pintar em lindos e grandiosos quadros cuja beleza podia comover o mais duro coração. Os quadros da Santa estão hoje guardados na Torre da Pintora, na Citadela Imperial. Coralie pintava dias a fio e frequentemente delegava suas responsabilidades para continuar pintando. Ela tinha a habilidade de trazer essas pinturas à vida, ao custo de um pouco da própria energia vital, mas é dito que ninguém que entra em suas pinturas pode sair delas. A personalidade da Inocência tornou-se cada vez mais reclusa à medida que os anos passaram e o Império ganhava forma ao seu redor. Ninguém a ressentiu por isso, em parte porque os poucos comandos e diretrizes que dava garantiam que o Império continuasse em expansão e florescendo. Naquele tempo, nenhum ceriano ousava desafiar o Trono Imperial e a sabedoria daquela que o tinha. É dito que a súbita parada da expansão ceriana se deu após Coralie pintar uma tela sobre o futuro do continente que a encheu de tristeza; mesmo confusos e com suas ambições frustradas, nenhum lorde ou general ousou questioná-la.O Coralismo
O legado mais duradouro de Coralie Astrea não é o império de pedra e lei, mas o de fé e doutrina. Após sua morte, os relatos de seus feitos e sua filosofia foram codificados pela Ordem da Lua Pálida, dando origem à filosofia que orienta religião de estado de Ceres, a Igreja Ceriana. Esta fé foi uma manobra teológica brilhante, hibridizando a nascente e mística Fé Luari com o popular secto Selunita, uma herança élfica que já venerava as luas enquanto corpos celestes, o avançado interesse astronômico dos Elfos de Ernas. Ao fazer isso, a Ordem posicionou Coralie como a conclusão divina de ambas as tradições, a salvadora não apenas dos mortais, mas dos próprios deuses. O dogma central do Coralismo é o título póstumo concedido a Coralie: Sua Inocência. Este conceito a define como um ser de pureza absoluta, incapaz de cometer erros, culpa ou crime. Teologicamente, isso a eleva a um status divino de infalibilidade. Politicamente, este se tornou o instrumento mais poderoso da Ordem. Se a fundadora é inerentemente pura e correta, então a instituição que fala em seu nome detém um monopólio sobre a moralidade e a verdade, tornando qualquer forma de dissenso um ato de heresia. Corallia Dei Astrea foi, sem dúvida, uma das figuras mais importantes da história de Centúria. A mulher que, com fé e espada, enfrentou o fim do mundo e deu-lhe um novo começo. No entanto, a sombra que ela projeta sobre o presente é dupla. De um lado, há a luz de seu heroísmo e do império que trouxe estabilidade por mil anos. Do outro, há a escuridão de um dogma absolutista que, nas mãos de seus sucessores, se tornou uma ferramenta para justificar a tirania e a opressão, ironicamente semeando a discórdia que a Santa um dia buscou aplacar através da ordem.Relationships
Corallia Dei Astrea, ou Coralie Astrea, é a lendária fundadora do Império de Ceres. Ela foi um avatar de Nora e Selune que encerrou a Crise das Almas e derrotou o Grande Mal. O culto ao seu legado, especificamente à sua filosofia, é chamado de coralismo.
Divine Classification
Santa; Avatar
Species
Ethnicity
Church/Cult
Date of Birth
Anos do Caos
Date of Death
66 1E
Circumstances of Death
Desapareceu no Mar dos Fantasmas
Spouses
Siblings
Eyes
Lilases
Hair
Branco-prateados
Skin Tone/Pigmentation
Branca
Height
1.76m
Aligned Organization
Other Affiliations
Soleniss (Arsene)
O Grande Vazio (Aneiros e Anionis)
Rainha Solar Isabel (Aneiros, Anionis, Arinna?)

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