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Luari

Os que se entregaram ao luar.

"Sempre conte com um Imperial para chutar o seu traseiro e outro para limpar ele logo depois. É como se os mais sensíveis se sentissem culpados pelo comportamento dos mais agressivos. Os deuses sabem que um dia vão acabar sendo engolidos também."
— Ahmad Ichabod, numa conversa sobre os tradicionalistas luari.
 
Aqueles chamados de Luari são os Humanos da Costa da Lua de Prata provenientes da mistura entre os Humanos Originais com os elfos de ernas. Eles formam uma minoria étnica e cultural, raramente deixando suas terras natais e, entretanto, controlando a maior parte da política continental.   Mais do que qualquer outra etnia centuriana, os luari são herdeiros do antigo Império de Ernas — na ocasião de sua queda, a cidade de Aléssia e a fortaleza de Torremar foi tudo que restou em boas condições daquela cultura élfica, e sem dúvida o único lugar em que se misturava pacificamente com as tradições humanas do local. É devido a isto que ser um Meio-elfo ou mesmo elfo nas regiões luari não é um problema de qualquer tipo.  

Características físicas

  Na aparência, os ideais de beleza Luari valorizam cabelos escuros e olhos cinza-prateados, verdes ou castanhos — especialmente tons de âmbar —, e traços andrógenos são particularmente admirados. Todavia, séculos e mais séculos de tradição cosmopolita tornaram os Luari notadamente miscigenados, primeiro com os Jordunos da Bacia do Grinais, depois com os enumianos e, por fim, com os icatianos que migraram para as terras imperiais na 2E. O ideal de beleza luari permaneceu o mesmo, sendo encontrado apenas raramente, em especial nas famílias nobres mais antigas que recorreram a casarem entre si.   Os luari vêm como um mau-presságio os cabelos prateados e olhos ametista, lilases e arroxeados que ocasionalmente apresentam, um preconceito que herdaram dos povos élficos que ocupavam a região. Ninguém sabe explicar exatamente a origem dessas crenças. Há uma família nobre luari, os Alabaster, que apresentam esses traços em todas as suas gerações. Também é possível encontrar um ou outro desses traços, com alguma frequência, em Carim.  

Cultura

  O povo Luari é definido por uma profunda dualidade cultural, uma cisão que molda sua sociedade e sua relação com o mundo. De um lado, os Espiritualistas se apegam às raízes esotéricas, valorizando a busca pela ordem interior e o respeito ao oculto. Do outro, os Imperiais, influenciados pelo legado do império, adotam uma visão pragmática e política, buscando impor a ordem sobre o mundo. Essa divisão é tão marcante que deu origem ao ditado provinciado: "Um luari será sempre um herbalista ordinário ou um incrível canalha". A mesma fratura se reflete na religião: enquanto os espiritualistas honram as duas Irmãs-Lua, Nora e Selune, os imperiais devotam-se principalmente a Nora, o aspecto da Ordem e dos Ciclos.   A língua ancestral, o Luarino, embora não seja mais usada na comunicação cotidiana, permanece como o pilar litúrgico e filosófico de sua cultura. É o idioma das escrituras sagradas e cada palavra carrega um denso significado sobre a ordem e o caos. Essa inclinação para o simbolismo e a profundidade se manifesta no povo, que é conhecido por formar excelentes leitores, escritores, pensadores e dançarinos exóticos desde a infância.   Socialmente, a cultura luari é matrilinear, com as mulheres ocupando uma posição de maior importância nas esferas de poder e religião. Eles valorizam profundamente os laços platônicos, considerando grandes amizades tão passionais quanto romances, e não praticam o casamento formal. A sexualidade, no entanto, é um ponto de discórdia: os espiritualistas a veem como um ato ritualístico e sagrado, enquanto a facção imperial, mais cosmopolita, a trata como uma expressão natural de prazer e liberdade.  

Costumes

  A vida Luari é permeada por rituais e costumes distintos. Sua conexão espiritual com o mar, personificada pelas Irmãs-Lua, os leva a tomar vários banhos ao dia. São um povo supersticioso, que vê maus presságios em noites nubladas e evita jogos de Sorte por considerá-los um desafio ao destino. O uso de ervas e incensos alucinógenos é comum, reservando-se os de melhor qualidade para rituais de meditação em noites de lua cheia.   A tradição mais sagrada é o Batismo Quori. Ao nascer, cada criança recebe uma frase-quori, um verso único derivado da configuração dos céus. Na maioridade, através de um ritual de transe, o indivíduo recorda a sua frase, recebendo com ela um vislumbre de seu futuro. Nada na cultura luari é mais importante que este verso, e revelá-lo sem permissão é um dos maiores tabus.   Seus costumes funerários também são singulares: os mortos são cremados e suas cinzas, guardadas em gemas, são lançadas aos céus em balões-lanternas encantados durante o festival anual da Balada das Nove Noites.  

Estilo de vestimenta

  Suas vestimentas são leves e de adornos simples, com homens e mulheres se vestindo de forma semelhante. Tradicionalmente, as roupas não são reveladoras, pois o corpo é considerado sagrado e a nudez, reservada a rituais.  

Arquitetura

  Por ter preservado e aprendido muito com a arquitetura élfica de Ernas, a capital Astrea e outras cidades mais antigas, como Torremar, são dominas por uma arquitetura quase etérea, com formas elegantes e fluidas, arcos graciosos e torres esguias que servem como observatórios astrais ou torres de vigia. Os telhados têm curvas suaves e o motivo de luas é comum. Os edifícios são feitos quase completamente de mármore-lunar, uma pedra pálida com veios prateados que brilha suavemente sob a luz das luas. Diversos espelhos d'água refletem o céu noturno e canais fluem pelas cidades.   Mas muito foi construído desde a queda de Ernas e a arquitetura humana não é, afinal, a mesma que a dos elfos alessianos. Se a arquitetura tradicional, abraçada pelos espiritualistas, é mais aberta e orgânica, usando madeira viva e integrando elementos naturais, a arquitetura propriamente humana, imperial, é a que passou a dominar os séculos de expansão das cidades (principalmente a capital). Ela utiliza o mármore-lunar de forma mais polida e simétrica, com linhas imponentes e formas geométricas tradicionais, mantendo certa elegância, mas deixando claro o papel pragmático daqueles edifícios.   Casas maiores e menores incorporam o mármore-lunar e a prata como conseguem, dependendo do poder aquisitivo de seus moradores. Nas margens de Astrea, é comum encontrar casas de alvenaria tradicional, com tijolinhos pintados de branco, ou com as bases da casa feitas de mármore-lunar e o resto de madeira.  

Arte

  Os Luari não são vanguardistas tecnológicos, a maior parte de sua contribuição vem da adaptação de tecnologias élficas para o cotidiano, mas nem todo o continente recebe de braços abertos essas invenções. A mais notável delas é o levitador, um painel arcano, geralmente instalado no chão, que permite que um indivíduo "levite", com um impulso até um andar superior — muito útil na capital e suas torres.   A pintura Luari é vibrante e alegórica, enquanto sua literatura investe em um lirismo simbólico e hermético. A música, por outro lado, favorece as práticas relacionadas a recitais e elegias.
Sacra Imperadora Corallia Dei Astrea
Coralie Astrea, reverenciada como Santa e fundadora do Império de Ceres, era uma Luari com traços que, em sua cultura, prenunciavam um futuro envolto em tragédias.

  Figuras notáveis
Corallia Dei Astrea (Coralie Astrea)
Cirius Alabaster
Merlim de Ambrósia
Circerus, o Sábio
Inara Elariel-Belifor

Nomes Luari

 
Muitos dos sobrenomes Luari são compostos devido à tradição de acumulação matrística que ganhou força com os costumes imperiais. Nomes pessoais costumam derivar de ocupações ou termos élficos do tempo de Ernas.
 

Tipicamente femininos:

 
  • Aurore; Aelene; Agate; Astrid...
  • Carin; Carine; Calarel; Cassandra...
  • Diana; Daena; Dália; Dafne...
  • Elois; Elient; Elionor; Eldrin...
  • Helie; Helene...
  • Louise; Lorelai; Lúthien...
  • Mersa; Monique; Mona...
  • Sophie; Sibeli; Senira...
 

Tipicamente masculinos:

 
  • Abel; Altes; Arsene...
  • Cédric; Círdan; Cirius...
  • Eric; Elashor; Ered...
  • Gael; Gérard; Gregor...
  • Henri; Haemir; Hermend...
  • Ludovic; Lenore...
  • Miriel; Mirandir; Monac...
 

Sobrenomes:

 
  • Albania; Ambrose; Andines...
  • Belmont; Bertillon; Beauregard...
  • Chauveron; Castedras; Celeria...
  • Estiegre; Elferic; Eladriel...
  • Lamargné; Laurent...
  • Melville; Mistel...
  • Ravenica; Rosenburg...
  • Sussuer; Sarerac; Sumont; Suderi...
 

Figuras históricas

 
A família imperial é tradicionalmente luari. A maior das figuras históricas deste povo é Coralie Astrea, fundadora do Império de Ceres e Santa não só para a crença luari, mas todo o Império. Outra figura importante é Cirius Alabaster, o primeiro de seu nome, declarado como o maior e mais poderoso arcanista de seu tempo até mesmo pelo primeiro Rei-Mago de Alíria. Ele deu origem ao título e casa Alabaster, bem como a academia que recebe seu nome.

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