Serpenteando desde o Lago Cristedeme por entre os montes das
Colinas Mortas, até por fim desaguar pelo declive estreito dos morros de
Alma, o
Rio Sarparila é um grande corpo d'água que corre por 192km, com uma foz de meio quilômetro de largura. Apesar de não ser o maior rio do
Cinturão dos Vinhos, tem uma importância naval considerável, sendo historicamente decisivo no povoamento do atual
Condado de Alma, e o coração do sistema conhecido como
Bacia Sarparila.
O nome do rio é possivelmente uma corrupção de
Sarsaparilla, um tipo de uva rara que teria chamado a atenção de
Olidammara na 1E. O deus teria se informado a respeito de um raríssimo vinho feito de uma uva única da região, e após muito esforço, encontrou uma reserva dos vinhos em uma casa abandonada, tendo trocado suas botas e até seu alaúde por informação na jornada. Ele nunca encontrou as uvas, mas ficou satisfeito de encontrar a reserva. Foi ao provar o vinho que descobriu que ele não passava de uma cópia barata do já lendário
Baco (que tinha sido inventado pelo próprio Olidammara), supostamente apenas renomeado e com canela. O velho risonho teria gargalhado tanto que não conseguia falar a palavra
Sarsaparilla por inteiro.
Características
A passagem para o terceiro século da 3E viu as cidades se isolarem cada vez mais em suas regiões e as caravanas esperarem cada vez mais por segurança para que desbravassem suas viagens. Primeiro com a
Divergência e, depois, com a crise interna e externa proveniente da
Guerra das Guerras, o
Condado de Alma viu cada vez mais bandidos tomarem as estradas e estruturas militares abandonadas após os avanços e recuos das forças lerionenses. O rio é largo (com pelo menos 1km na maior parte de sua extensão) e fundo (até 14m) o bastante para navegação de pequenas naus, o que significa dizer que é possível navegá-lo rio adentro. Isso incentivou piratas a tomarem o rio, usando torres militares abandonadas como base de operações.
Geopolítica e Geografia
O rio foi usado para dividir a fronteira entre os povos orsínios e os elfos ernianos que ali estavam assentados no final dos Anos do Caos. Os orsínios eventualmente foram expulsos da região ao tentar avançar dentro de território humano, na 1E, e o sul do rio, então, foi habitado pelos
Nortumbrianos, que salvaram os proto-luari em combate. Atualmente, esforços imperiais medíocres têm sido destinados a parar as
Hienas do Rio de controlar a navegação no Sarparila.
A maior parte do Sarparila é cercada de pradarias de grama alta e densa. No Lago Cristedeme, onde nasce o rio, está o burgo vinícola
Edessa, e uma estrada acompanha o leito até
Esna e, posteriormente,
Alma, tendo atravessado os carvalhos do
Bosque das Borboletas. O rio, portanto, escoa a produção vinícula de toda a região para a lucrativa
Baía das Espadas.
Aorta Prismática
Na altura em que o rio Sarparila precisa cruzar os morros das
Colinas Mortas, um estranho fenômeno pode ser observado. Por causa dos minerais únicos de rochas dessas colinas, a água refrata um espelho de cores no ar, como um arco-íris. Como resultado, especialmente em dias ensolarados, a região é coberta por uma "nuvem prismática", dando um aspecto maravilhoso e faérico ao trecho de aproximadamente 1km. Animais e bestas são atraídos por esse efeito, assim como artistas, bardos e viajantes.
A
Aorta Prismática, como é conhecida, está a menos de duas horas de
Esna e é um destino popular para os curiosos. Aventureiros são comumente escalados para fazer a escolta contra as criaturas que lá podem também estar aproveitando o espaço. Magos já tentaram estudar as interações entre os minerais e quaisquer leis físicas que podem estar em ação, bem como arcanas, mas sem muito sucesso.
Ninfa do Rio
A
Ninfa do Rio é uma criatura rara que já foi avistada algumas vezes pelos habitantes da região. Ela foi vista pela primeira vez em 233 3E, e por isso acredita-se que tenha vindo do Plano Elemental da Água para o Plano Material durante os eventos de
Prelúdios da Divergência.
A Ninfa é capaz de conceder habilidades relacionadas à água. Folclore local a considera um bom agouro, que protege mercadores de bandidos e piratas quando os vê em perigo. Esse tipo de criatura, entretanto, não se alinha às morais dos mortais de
Centúria, e por vezes tem interesses próprios por trás de sua generosidade. O desafeto da ninfa com os piratas das
Hienas do Rio certamente advém da ameaça ao seu próprio território, já que considera o Sarparila seu por direito.
É dito que um único morador de
Edessa conseguiu, certa feita, encontrar a Ninfa e barganhar com ela um pouco de seu poder. Esse aventureiro se tornaria renomado na região, inclusive sendo considerado uma espécie de herói do povo. A mando de sua patrona, entretanto, viajou até o Deserto Yan-Sera atrás de um determinado artefato, nunca mais retornando.
Batalha de Sarparila

Charge by Piotr Foksowicz
A
Batalha de Sarparila foi um conflito da 1E onde a disputa de 8 anos entre os
Fierardi e os
Nortumbrianos se encerrou, com ambos os lados concluindo que a luta já não fazia mais sentido. Historicamente, os dois povos nunca possuíram boa relação, diversas vezes avançando em território do outro.
Após a batalha, o potencial militar da
Nortúmbria ficou enfraquecido durante uma geração inteira. Essa batalha, como muitas outras, foi resultado da crise interna que se deu com o
Surto do Regicida, na qual o trono esteve vazio por uma década e as províncias passaram a disputar influência sem que o Império pudesse pará-las. A situação foi resolvida quando um herdeiro foi encontrado e eleito pelo Conselho Imperial, e o
Condado de Alma foi anexado ao
Domínio Alessiano, para "protegê-la de forças externas".
Eesh, frickin' pirates. Sounds like a nightmare for a river caravan, you'd have to set up camp at night to not get ambushed... They need some cleaning out. You got some bb-code broken somewhere, which breaks the buttons. I had to cheat with the Tab key to reach the like button, since it's not clickable.
Too low they build who build beneath the stars - Edward Young
Thank you, Michael! I'm still working on the layout and bb-code... hopefully I will finish it today! I always enjoyed the idea of river pirates. In South America, even during the XIX century, they were pretty common, since there is so much rivers with potential here.