Yan-Saera
O Deserto de Yan-Saera é uma anomalia geográfica resultante da quase-Terceira Divergência. Essa região traiçoeira é, em termos simples, um deserto de areia líquida. Trata-se de um extrato denso e frio de finíssimos cristais minerais que se move em correntes lentas, formando redemoinhos e ondas silenciosas. Viajar por sua superfície é impossível a pé; a areia fluida e quase transparente engole qualquer coisa com peso, tornando a navegação a única forma de travessia.
Espalhadas por esta paisagem erguem-se colossais e antigas plataformas de extração e mineração. Essas estruturas de metal, agora corroídas pelo tempo, se erguem sobre imensos pilares que descem até um leito rochoso profundo, ou se agarram às laterais de raras mesas de pedra que se projetam acima da areia como ilhas. As instalações foram construídas na última década da 3E, entre 260 e 275 3E. Pontes suspensas e dutos enferrujados conectam algumas dessas plataformas, testemunhas de uma tentativa ceriana de tirar vantagem da quase-Divergência.
O deserto na 4E
Atualmente, mesmo cinco décadas após o abandono das instalações, alguns sistemas ainda podem ser utilizados. Como o deserto é uma região traiçoeira, poucos arriscam explorar as antigas instalações; todavia, aqueles que se arriscarem a visitar as plataformas encontrarão uma abundância de Cristálias, formações calcificadas de éter que podem ser vendidas a valores consideráveis, já que servem como matéria bruta para diversas práticas arcanas. Muitos pensam que os cerianos buscavam explorar na região as hoje muito bem conhecidas Cristálias. Esse é um palpite razoável, mas há indícios de que os imperiais buscavam explorar antigas reservas de mana líquida que, descansando nas profundezas rochosas, teriam sido justamente o motivo pelo qual a Divergência agiu ali. A descoberta de ruínas élficas próximas fortalecem essa teoria, já que os Elfos de Ernas tinham uma sociedade notadamente arcanista. Os habitantes Yuan-ti que aqui permanecerem ao final da Guerra das Guerras são os mestres deste mar de areia. Eles usam esquifes delgados que deslizam silenciosamente pela superfície para navegar a região, caçando as diversas formas de vida mágica que "vazaram" para o deserto líquido durante a Divergência. Os Yuan-ti habitam as seções inferiores e os túneis ocultos das plataformas e antigas ruínas élficas, vendo os imperiais como invasores. Goblins que também ficaram para trás formaram pequenas vilas em algumas das raras formações rochosas no deserto, às vezes se aproveitando das instalações cerianas deixadas para trás.Podridão
Apesar do risco de uma nova Divergência ter sido praticamente aniquilado na 3E, os efeitos das Divergências que já aconteceram ainda marcam o continente centuriano com graves cicatrizes. Talvez por isso o Deserto tenha se tornado palco de fenômenos cada vez mais perigosos, acontecendo longe dos olhos da civilização. Um grupo de aventureiros conhecido como Serpe-dourada relatou ter se deparado com marcas claras de Podridão em ruínas no fundo do deserto, confirmando que alguma coisa caótica está se aproveitando da instabilidade arcana que as Divergências deixaram para trás.
Location under
Anotações
Ruínas de Medina
Parcialmente descobertas, mas nunca exploradas na época da atividade ceriana na região, as Ruínas de Medina são um conjunto de instalações pertencentes ao ancestral Império Élfico de Ernas. Elas foram quase completamente soterradas quando a Divergência trouxe o mar de areia líquida para a região.
Em 58 4E, a Serpe-Dourada investigou a ruína em busca de um grupo de aventureiros que havia roubado o Totem de Edália de um círculo druídico das Estepes de Téliss. Nas ruínas, o grupo encontrou artefatos élficos muito bem preservados, além de sinais claros de Podridão e indicativos sinistros de que um mal maior está se espalhando pelo Condado de Alma.
Comments