Ordem dos Cavaleiros de Candela

Os Cavaleiros Penitentes são os soldados militantes do Culto de Candela. Seu lar é o Monastério da Sacra Penitência, em Carim. Esta ordem de elite tem como objetivo libertar a humanidade de seus pecados, e para isso, eles tomam para si o fardo de cometer os males que o mundo pode precisar.   O credo do Culto de Candela afirma que é impossível curar o mal sem fazer o mal, e que a maldade é inerentemente humana. Portanto, como parte de seu dogma, os cavaleiros "sacrificam a própria integridade" para que outros não precisem fazê-lo. Sua reputação é a de cavaleiros e paladinos brutais e violentos, uma fama merecida, embora cada ato de crueldade seja racionalizado como um passo necessário para alcançar um objetivo puro.  

O dogma penitente

  Raramente os cavaleiros são vistos sem suas armaduras e elmos. É dito que isso ocorre porque os penitentes não são considerados merecedores de ver ou sentir a luz do mundo, já que sua presença nele é uma mácula. É dito que aqueles que servem como um Cavaleiro Penitente serão recebidos no Sonhar como mártires e santos, uma promessa que todo penitente se repete ao despertar.   Sua armadura é uma peça imponente forjada em aço negro, uma liga de prata-lunar e ébano que lhe confere um tom grafite fosco, quase absorvendo a luz. A superfície é adornada com espinhos nos ombros e antebraços, e um manto escuro e esfarrapado completa o conjunto, conferindo ao cavaleiro uma silhueta temível e austera.   Todos os cavaleiros pagam dízimo à Igreja de Ceres. Alguns, excepcionalmente, são designados como guardiões de Oráculos da Ordem da Lua Pálida, acompanhando seus protegidos até o fim da própria vida. Estes são Paladinos de Candela. Quando morrem, os penitentes são cremados com luz radiante e seus ossos levados para as Catacumbas de Carim.  

O papel dos cavaleiros

  Os Cavaleiros Penitentes serviram como uma das ordens militares mais eficazes e violentas do Império de Ceres durante a guerra contra Leriones. Eles dizimaram batalhões inteiros da Falange Solar e se tornaram um símbolo da fanática resistência ceriana. Aos olhos do Culto de Candela, a Fé Luminosa é uma heresia, porque nega a existência das Irmãs Lua.   Ao fim da guerra, esperava-se que a ordem fosse extinta pelos termos da Concordata Centuriana. Em vez disso, em uma reviravolta, a ordem foi poupada para cumprir uma nova e amarga missão: perseguir a chamada Heresia Solar dentro do próprio Império de Ceres. Esta heresia prega que a Luminosa (Sarenrae) é a deusa suprema, e que as Irmãs Lua são usurpadoras dessa divindade. Ao fazê-lo, indiretamente consideram Candela uma farsa.   Essa missão é uma manobra política de Leriones, que também venera a Luminosa como deusa suprema, mas considera as Irmãs Lua seu "espelho". Ao forçar os Penitentes a caçar os hereges, Leriones semeia a discórdia em Ceres e exporta seu próprio fanatismo, usando os heróis de guerra de seus inimigos como ferramenta para enfraquecer o império de dentro para fora.  

Estrutura

  O líder dos cavaleiros penitentes é a Mão Sombria de Candela, Lázaro Kruv. Ele responde à autoridade espiritual da Arcebispa Melissa, mas tem considerável autonomia. A ele servem três importantes figuras: Gideão Malacov, o Lâmina Aflita, que é o mestre-inquisidor; Helana Vorga, a Quebrantadora, que é a mestre-de-armas; e Silas o Iluminado, Sentinela de Candela, o divinador responsável por designar paladinos aos oráculos.   A ordem, como as demais ordens militares de Ceres, está submetida à Ordem da Lua Pálida. Ela suplantou a decadente e praticamente extinta Ordem de Prata, que tornou-se apenas uma divisão das Legiões Cerianas.   No dia a dia, a hierarquia da ordem, que não é complicada (em parte devido ao seu pequeno efetivo de 400 integrantes), garante que os cavaleiros penitentes treinem novos recrutas (a Guarda Penitente), busque a heresia para puni-la (na forma da Inquisição) e proteja os oráculos da Ordem Pálida e outras figuras de autoridade da Igreja de Ceres, especialmente do Culto de Candela.