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Serpes Solares

O grupo de aventureiros conhecido como Serpes Solares esteve ativo no crepúsculo do Império de Ceres, entre 57 e 60 4E. Inicialmente apenas um bando que regularmente cooperava em expedições a lugares perigosos buscando recursos incomuns, estes aventureiros construíram algo semelhante à amizade após um encontro turbulento com um Arauto do Cem-Olhos em ruínas fundo no Deserto Yan-Saera.  

Membros atuais

 
Estes indivíduos são os membros fixos do grupo e também aqueles mais famosamente reconhecidos.
 
 

Mais sobre os personagens

 

Campanha: Caos é uma escada

  A seguir estão resumidos os eventos da campanha Caos é uma escada, que teve início em abril de 2025.   Arco I: Expedição ao Yan-Saera
12 de Selária, 58 4E   Com uma carroça coberta puxada por dois camelos e escoltada por um dromedário, o grupo de aventureiros que viria a ser conhecido como as Serpes Solares se aproximou das fronteiras do inóspito deserto arcano de Yan-Saera, nas margens do Domínio Alessiano, com a ambição de explorar suas riquezas recém-descobertas. Até aquele momento, com exceção de Obadiah e Meren'Da — veteranos de conflitos passados, camaradas nas guerras que haviam assolado a região trinta anos antes entre o outrora poderoso Império de Ceres e o Principado de Leriones —, os membros do grupo haviam trilhado caminhos distintos. O Yan-Saera permanecera interditado desde que as violentas repercussões de uma das últimas batalhas da referida guerra haviam agitado os já instáveis distúrbios planares de uma área ainda marcada pelas cicatrizes da quase-Terceira Divergência. Contudo, agora, as areias movediças do deserto tornavam-se navegáveis novamente, despertando a cobiça de exploradores e aventureiros.   Kaelen, recostado na parte traseira da carroça que serpenteava por uma trilha rochosa estreita, estendeu a mão e tocou a superfície das areias líquidas do Yan-Saera. Confirmou uma antiga lenda: era, de fato, como um mar de partículas arenosas, mas a textura era líquida. Criaturas estranhas e translúcidas deslizavam em sua superfície misteriosamente quase transparente, revelando uma profundidade impossível, que enganava o olhar descuidado. Não muito longe de Kaelen, repousava Taron, um clérigo de Sarenrae recém-ordenado, enviado à região com a fervorosa missão que era designada a todos os clérigos em seus primeiros anos de serviço: irradiar a benevolência e o calor da Luminosa entre o povo. No entanto, a verdade era que a promessa de riqueza também o atraíra até aquele lugar, assim como motivara o ladino, e também o estoico paladino e a corpulenta guerreira anã que acompanhavam a carroça no dromedário. O elusivo druida Ocre e sua jovem discípula, Eco, que guiavam os animais da carroça, haviam contratado o grupo com um objetivo claro: recuperar o Totem de Edália, um artefato sagrado do Círculo da Figueira Anciã, levado por outros aventureiros para as profundezas do deserto. Subitamente, Ocre interrompeu a marcha, alertando o grupo sobre a aproximação iminente de uma temível tempestade de areia, um fenômeno comum, porém letal, nas vastidões do Yan-Saera. O grupo decidiu que seria melhor acampanhar ao chegar nas instalações que buscavam.   O terreno rochoso, antes insuficiente, mas constante, tornou-se cada vez mais esporádico, e era isso que motivava o grupo a ir em direção às imponentes ruínas das antigas plataformas de extração do Império de Ceres. Erguidas em um surto de atividade logo após a última Divergência, essas instalações, conforme explicou o paladino, tinham como propósito primordial extrair e refinar "algum tipo de magia bruta" — mais precisamente, o excesso residual de éter que permeava a realidade após os eventos cataclísmicos que marcaram o fim da 3E. As instalações foram gradualmente abandonadas após uma série de trágicos acidentes e, finalmente, após a sangrenta e decisiva Batalha da Serpe, travada durante a Guerra das Guerras pelo controle estratégico do local (que, no fim, foi esquecido devido aos danos estruturais irrecuperáveis). O grupo compreendia que as estruturas de ferro retorcidas que se erguiam precariamente acima do mar de areia estavam severamente danificadas, vítimas do tempo e de violentos conflitos. No entanto, paradoxalmente, a ruína do sistema havia propiciado o surgimento de um recurso único e de inestimável valor para os praticantes das artes arcanas: a cristália, singulares formações de éter cristalizado que, se colhidas e tratadas com o devido cuidado e conhecimento, possuíam a capacidade de armazenar grandes quantidades de energia mágica.   Ao alcançarem o emaranhado de plataformas corroídas, os aventureiros logo se depararam com alguns espécimes cintilantes de cristália, que prontamente tentaram coletar. Kaelen, com sua agilidade felina, aventurou-se a escalar algumas vigas de metal enferrujado, descobrindo da maneira mais dolorosa possível que nem todas as cristálias eram seguras ao toque. Algumas delas, saturadas com uma energia instável, emanavam um brilho rosado ameaçador, que causavam tontura intensa e desmaios. O ladino perdeu o equilíbrio e despencou de uma altura de alguns metros, sendo amparado pelos seus companheiros, que logo foram surpreendidos por um grupo de pequenas criaturas bizarras, semelhantes a fantoches com cabeças que lembravam tomates. Ao perceberem que essas criaturas inofensivas não pareciam ser afetadas pela energia instável da cristália saturada, os experientes Obadiah e Meren'da agiram com rapidez e pragmatismo: capturaram uma das aberrações, mataram-na com golpes precisos e esquartejaram seu corpo disforme, utilizando suas partes como um macabro talismã improvisado. Quase que imediatamente, os demais fantoches desapareceram nas sombras das estruturas metálicas ou mergulhando na areia, e o grupo sentiu uma aura protetora envolvê-los, conferindo-lhes imunidade temporária aos perigos da cristália saturada.   Após alguns tensos minutos explorando as plataformas interconectadas, os aventureiros avistaram uma torre de refinaria que ainda possuía um painel de controle rudimentar bem funcional — uma alavanca de metal enferrujada e alguns botões incrustados de areia. O grupo, cauteloso e dividido em suas opiniões, decidiu separar-se temporariamente: o curioso Kaelen se ofereceu para examinar a torre de perto, enquanto o restante do grupo seguiu por uma bifurcação que se abria para o norte, na esperança de encontrar uma rota segura. Quando Kaelen acionou o mecanismo da torre, uma vagarosa energia percorreu a estrutura, fazendo seu topo brilhar em um tom azulado. A torre começou a vibrar ruidosamente, emanando ondas de calor palpáveis, inclusive esquentando os próprios suportes de metal e a passarela. Apesar de obviamente danificada, a torre funcionava. De sua posição, Kaelen conseguiu identificar outras torres semelhantes dispersas pela extensão das plataformas, levando-o a deduzir que se tratava de um sistema interligado de extração, o que era corroborado pela presença de uma intrincada (e quase toda danificada) rede de canos que se originavam da torre ativada e se ramificavam por toda a área da refinaria. Foi nesse exato momento que a temida tempestade de areia engolfou as plataformas, obscurecendo a visão e açoitando o ar com partículas cortantes.   Diante da fúria da natureza, o grupo tomou a decisão pragmática de antecipar seus planos e montar acampamento ali mesmo, buscando abrigo nas estruturas remanescentes em vez de se arriscarem a enfrentar a tempestade no chão exposto do deserto. Foi então, no meio do caos da tempestade e da vibração da torre recém-ativada, que Kaelen foi repentinamente atacado por um predador inesperado, talvez atraído pelo calor incomum que a estrutura emanava: um aterrorizante basilisco-arenoso, uma criatura adaptada aos perigos do deserto, capaz de camuflar-se. Em meio ao pânico, Kaelen tentou chamar a atenção de seus aliados, que prontamente correram em seu auxílio, brandindo suas armas e entoando preces. Mesmo com a intervenção do experiente druida Ocre, cujas magias da natureza tentavam conter a fera, o basilisco-arenoso parecia incrivelmente resistente, e a perspectiva de todos saírem ilesos do confronto era sombria. Todavia, a observante Eco percebeu um comportamento incomum na criatura: ela não parecia estar realmente predando o grupo, mas sim tentando encontrar uma rota de fuga. Ocre, fiel aos seus princípios de respeito e harmonia com o mundo natural, compreendeu a intenção do basilisco e, com um gesto de sua mão adornada por anéis de madeira, abriu um caminho entre os aventureiros, permitindo que a colossal criatura deslizasse pelas plataformas e desaparecesse na cortina de areia, deixando o grupo para trás, exausto e atônito.   Após avaliarem os ferimentos e os danos sofridos durante o encontro inesperado, os aventureiros decidiram, por via das dúvidas, montar seu acampamento improvisado nas imediações da torre recém-ativada, aproveitando o calor residual que ainda emanava da estrutura metálica. Em sua exaustão e relativa segurança, acreditavam que nada pior do que um basilisco-arenoso poderia perturbar seu descanso. Com o raiar de um novo dia e o fim da tempestade de areia, o grupo reuniu seus pertences, reacendeu suas esperanças e seguiu a rota que se dirigia à bifurcação principal, ansiosos para desvendar os mistérios que ainda se escondiam nas ruínas da antiga refinaria e, principalmente, encontrar o cobiçado Totem de Edália.
 
Founding Date
26 de Órion, 58 4E
Veterancy Level
Trained
Demonym
Serpes

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