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Drashantyr

Existe um mundo desolado e desértico, tomado por paisagens vazias e ruínas esquecidas. Um mundo hostil, habitado por dragões e diabos, onde os fracos são governados com mão de ferro por aqueles com força, astúcia e, acima de tudo, poder para dominá-los.     Por muito tempo sua origem foi um mistério; o nome escapava à memória de todos, e parecia ter sido apagado mesmo dos documentos mais antigos de Terápolis. Viajantes sabiam apenas que deviam evitá-lo, enquanto os corajosos buscavam seus tesouros de imenso poder. Na falta de opção melhor, inspirados pela sua desolação e habitantes mais proeminentes, chamavam-no apenas de Cemitério dos Dragões.   A maior confusão se dava pelo fato de que os gog’magogues eram, na verdade, a única forma de chegar até lá. Algum efeito desconhecido impedia que magias de viagem planar o tivessem como destino, e exploradores relatavam que pelo menos nos últimos séculos, nenhuma alma artoniana renasceu neste mundo — sua população era totalmente formada por nativos antigos, cujo número diminuía a cada geração. Perplexos, os sábios intermundanos gastavam horas de discussões e debates filosóficos buscando entender qual o seu lugar na cosmologia.   Mas então tudo mudou de forma abrupta. De uma hora para outra os feitiços de teletransporte voltaram a funcionar (com algum esforço), as almas voltaram a renascer ali e, como se o próprio universo sussurrasse em seus ouvidos, todos se lembraram simultaneamente do seu nome perdido: Drashantyr. E todos souberam qual era a sua origem: o reino há muito esquecido de Kallyadranoch, Deus do Poder, dos Dragões e da Tirania, recém retornado ao Panteão.  

Clima & Terreno

Drashantyr é um mundo devastado, mas mesmo no passado nunca foi um local animador para se viver ou visitar. Em tempos antigos, sua superfície era dividida em cinco grandes regiões, cada uma propícia para a existência de uma espécie de dragão. Seis luas de tamanhos e cores diversas viajam pelos céus.   A Geleira do Dia Eterno, no extremo norte, abrigava dragões brancos, onde os dias duravam meses e as noites eram curtas e cruéis; o Oceano de Fogo, um gigantesco oceano de lava entrecortado por ilhotas de vulcões ativos, lar dos dragões vermelhos; a Cordilheira dos Sussurros, uma vasta cadeia de montanhas tão altas que a vida em terra era impossível e as raças aladas e dragões azuis prosperavam; o Continente, uma grande massa de terra tomada de florestas, vegetação densa e dragões verdes; e o Pântano da Noite Eterna, no extremo sul, onde a luz nunca entrava e a própria escuridão tinha vida para o deleite dos dragões negros. Separando estes territórios havia o Grande Mar, um conjunto de águas revoltosas dominadas por dragões marinhos e outras raças aquáticas de grande poder.   A desolação que se seguiu ao esquecimento de Kally mudou a paisagem em todas as regiões e acelerou os efeitos do tempo. A Geleira há muito derreteu, deixando para trás um oceano calmo e infértil com ocasionais icebergs. A lava e o magma dos vulcões do Oceano de Fogo esfriou e endureceu. A vegetação do Continente recede sem reposição, dando lugar a savanas e desertos. Da outrora orgulhosa Cordilheira agora restam poucas montanhas e vales, pouco mais que planaltos açoitados pelo vento. O Pântano deu lugar a uma terra seca e sem vida. E o Grande Mar, outrora revoltoso e cheio de força, hoje é uma imensidão de calmaria.   A vida, por outro lado, não se tornou mais fácil. A terra se tornou infértil, e a agricultura impossível sem a ajuda de magia. Os que podiam fugiram para outros mundos; para quem isso não era possível, restou apenas aceitar o domínio dos mais fortes e poderosos que, em troca da servidão, eram capazes de garantir a subsistência.   Com o retorno de Kallyadranoch ao Panteão, a situação começou a mudar outra vez. Marinheiros já relatam movimentos hostis ao navegar pelo Grande Mar, e há quem acuse um calor que não se sentia há séculos ao caminhar pelo antigo Oceano de Fogo. São indícios pequenos, no entanto, e ainda deve levar muito tempo para que os efeitos da desolação sejam revertidos.  

População & Aventureiros

A primeira coisa que chama a atenção em Drashantyr são, obviamente, os dragões. De todas as espécies, em todos os lugares, assumindo formas humanoides e ocupando o papel de reis, governantes e tiranos. Este mundo é provavelmente o único em que eles podem ser considerados uma raça nativa, e não um monstro raro.   Mas mesmo aqui eles são territoriais e mesquinhos, propensos a entrar em conflitos com os irmãos de raça e a se deixar levar por longas disputas de poder. Assim, ainda que sua população total seja grande se comparada com a de outros mundos, seu número absoluto ainda é menor do que o de algumas outras raças comuns.   Destas, a mais facilmente encontrada em Drashantyr são os kobolds. Descendentes antigos dos dragões, em outros mundos são considerados uma praga, mas talvez aqui seja o local onde sua presença é mais predominante. Escondidos nos subterrâneos, habitando cavernas, formando tribos em áreas selvagens... para onde quer que você olhe, corre o risco de se deparar com um bando deles.   Adaptáveis a qualquer situação, mas ainda frágeis demais em comparação com seus vizinhos, os humanos são o segundo grupo mais numeroso em Drashantyr. São o gado deste mundo, criados em abatedouros disfarçados de cidadelas e trocados como propriedade entre os poderosos. E, devido à presença dos diabos rhayrachay, os sulfure também são uma presença numerosa entre os habitantes de Drashantyr.  

Encontros & Aventuras

Séculos de desolação deixaram sua marca em Drashantyr. Outrora coberta de civilizações poderosas governadas por tiranos intocáveis, hoje pouco resta delas além de ruínas abandonadas. As sociedades que ainda existem habitam pequenas cidadelas e fortalezas, em geral comandadas por dragões ou diabos que tratam os habitantes como parte de seus pertences.   Para exploradores corajosos, há muitos tesouros a serem encontrados — de itens mágicos de grande poder a pilhas de joias e metais preciosos em antigos covis abandonados. No entanto, os perigos são equivalentes aos prêmios . Todo tipo de criatura aparentada com dragões pode ser encontrada aqui. Desde dragões verdadeiros, de todas as espé- cies e sub-espécies, a androdracos, centopeias-dragões, hidras e incontáveis outros. Mesmo espécies comuns acabam alteradas aqui, recebendo características dracônicas como escamas, garras, presas ou armas de sopro, como se fossem meio-dragões.   Drashantyr é também a terra dos kobolds. Para onde quer que você vá, os encontrará — escondidos nos subterrâneos, formando tribos em áreas selvagens, ocupando ruínas de civilizações antigas. Os tiranos que governam este mundo os detestam como a qualquer praga, mas mesmo todo o seu poder se mostra insuficiente para acabar com eles, que, afinal, também gozam das graças de Kallyadranoch.   Outros habitantes característicos deste mundo são os diabos conhecidos como rhayrachay. Desterrados desde que o Tirano Cromático foi banido e Drashantyr foi isolada do contato com os outros mundos, eles têm aos poucos retornado para cá, retomando suas antigas bases e cidadelas.  

Locais de Interesse

As Minas de Aço-Rubi

Em Arton, o aço-rubi é um material raro e cobiçado. Um metal com aparência de vidro avermelhado, mas dureza equivalente à do aço verdadeiro, uma arma forjada com ele é capaz de ignorar as proteções físicas do alvo, tornando-o especialmente desejado para enfrentar os lefeu.   O que poucos sabem é que a verdadeira origem do aço- -rubi são os subterrâneos de Drashantyr. No passado, ele se formava naturalmente no interior do mundo, acumulando a força e o poder dracônicos que emanavam do próprio Kallyadranoch. Seus veios eram conectados magicamente com os subterrâneos de Arton, de onde eram extraídos com muita dificuldade por anões.   Com o esquecimento do deus dos dragões, as jazidas pareciam ter secado, levando também ao seu esgotamento em Arton. Mas com seu retorno elas começaram a reaparecer, e aos poucos as antigas minas voltaram a ser ocupadas por rhayrachay e dragões que extraem o minério com o uso de trabalho escravo para armar seus exércitos ou vender a outros mundos.  

O Cemitério de Itens Mágicos

Além de deus dos dragões e dos tiranos, Kallyadranoch também é o deus do poder em sua forma bruta. Mesmo após seu desaparecimento, alguns locais de Drashantyr ainda emanam esse poder, e ele contamina tudo o que pisa sobre eles.   O Cemitério de Itens Mágicos é um destes locais. Localizado em algum ponto no coração do Continente, trata-se de uma clareira imensa, coberta de esqueletos de monstros e humanoides e dos objetos que esses deixaram para trás.   Neste local, qualquer item mágico com um bônus numé- rico tem seu valor aumentado em 2 pontos. Itens mágicos com PMs (como varinhas e cajados) ou com usos limitados por dia (como muitos acessórios) podem ser utilizados sem gastar PM ou usos diários. Outros itens mágicos podem ganhar novos poderes à critério do mestre. Os efeitos cessam uma hora depois do item ser retirado do local. No entanto, a cada mês que permaneça ali, há uma chance não-cumulativa de 10% de que o efeito de aumento de bônus mágico seja permanente.   Muitos buscam o Cemitério para aumentar o poder dos seus equipamentos, ou para procurar itens que já tenham permanecido tempo suficiente para se tornarem extremamente poderosos. Muitos mais, no entanto, morrem nas mãos das criaturas mágicas de grande poder que habitam a região.  

O Covil de Kallyadranoch

A antiga morada do Senhor dos Dragões não era um grande castelo ou fortaleza, como ocorre com a maioria dos outros deuses. Seu Covil, na verdade, era Drashantyr como um todo; seu centro de comando e sala de tesouros era a totalidade dos subterrâneos deste mundo.   Muitos pontos de Drashantyr possuem cavernas e entradas que levam para incontáveis redes de túneis, com caminhos tão sinuosos e labirínticos que mesmo minotauros já se viram perdidos entre eles. Centenas de quilômetros adentro, muitos destes túneis começam a ser substituídos por corredores regulares, escavados na rocha como o interior de um grande palácio. É o sinal de que os exploradores chegaram ao covil do Deus dos Dragões... e que provavelmente nunca mais verão a superfície.   Kallyadranoch não pisa no próprio Covil desde que foi banido do Panteão. Seu corpo físico ainda está preso em Arton, enquanto seu espírito anda com o corpo da elfa Yadallina. Lendas dos tesouros incalculáveis que ele guarda são comuns, bem como os fins cruéis e dolorosos daqueles tolos o bastante para buscá-los — o local é considerado sagrado para os dragões, que são capazes de colocar as diferenças típicas da raça de lado para caçar e torturar aqueles que pensarem em violá-lo.  

O Império da Kobold-Mãe

Os kobolds existem em abundância em Drashantyr. Onde quer que haja vida neste mundo, você pode encontrá-los — alguns dirão que você poderá encontrá-los mesmo onde não houver vida nenhuma! Com um número tão grande, há quem estranhe o fato desses pequenos monstros manterem como forma de organização básica a tribo, em vez de buscarem formas mais complexas de civilização, como reinos ou impérios. Um claro indicativo de intelecto reduzido, diriam os estudiosos.   Porém, uma lenda recorrente desafia essa visão. Segundo ela, assim como cada tipo de dragão possui, em Arton, um Dragão-Rei ou Dragoa-Rainha (um exemplar máximo da espécie), também existiria em Drashantyr uma kobold-rainha, conhecida como a Kobold-Mãe: a kobold mais poderosa de todas, adorada como uma deusa por seus semelhantes. Ela seria a governante de um vasto império subterrâneo, uma terra mítica onde os kobolds seriam os donos do poder e às demais raças caberia o papel de cidadãos de segunda classe.   Alguns vão mais além nas especulações, e propõem mesmo que todo kobold de Drashantyr — talvez mesmo todos os kobolds, de todos os mundos — secretamente pertence a este império. As “tribos” encontradas em diversas regiões não passariam de postos avançados, guardas de fronteira encarregados de avisar seus conterrâneos de possíveis ameaças.   Na verdade, poucos acreditam nessas histórias. Na maioria dos lugares, a mera menção das palavras “império” e “kobold” na mesma frase é capaz de gerar grandes risadas. Para esses, cada vez que um grupo de kobolds demonstra organização um pouco mais desenvolvida do que o esperado, a história da Kobold-Mãe é lembrada, e aquela pequena ponta de dúvida sobre a sua óbvia falsidade é alimentada...  

Organizações

O Conselho dos Seis

No passado, Kallyadranoch tinha sob seu comando seis generais dragões de imenso poder, que comandavam, cada um, uma das regiões de Drashantyr. Esses generais formavam o Conselho dos Seis, encarregado de aconselhar e aplicar os ditames do Deus dos Dragões sobre seus súditos.   Os seis generais morreram na guerra que se sucedeu à Revolta dos Três, embora haja dúvidas sobre o fato de terem realmente desaparecido — alguns dizem que eram poderosos demais, e que suas almas persistiram, renascendo em novos corpos em outros mundos. De qualquer maneira, o Conselho ainda existe, e no longo período de ausência de Kally tornou-se o mais próximo que Drashantyr possui de um governo central.   Desde a morte dos generais, nenhum dragão conseguiu permanecer por muito tempo como membro do Conselho. As disputas são constantes, e os antigos membros são substituí- dos após serem vencidos em combate ou caírem ante grandes conspirações e intrigas. Atualmente, ele é presidido por Tamait [dragoa vermelha, monstro 40/gênia do mal 10, LM], uma dragoa vermelha anciã de enorme poder  

O Exército de Abahddon

Abahddon é conhecido pelos habitantes de muitos mundos como o líder incontestável dos diabos rhayrachay, encarnações da Lei e do Mal. Ardiloso e inteligente, foi ele que desenvolveu o ritual que salvou sua raça da destruição quando Kallyadranoch foi banido do Panteão e Drashantyr foi tomada pela desolação.   Com o retorno do Deus da Tirania, os rhayrachay também voltaram em peso para Drashantyr. Embora continuem sem um mundo nativo, e com isso tecnicamente imortais (seus corpos apenas renascem em um local aleatório sempre que destruídos), voltaram a ocupar seus antigos postos e a angariar seguidores para combater na eterna guerra do Expurgo contra os lacharel, os demônios caóticos.   O Exército de Abahddon usa como base a antiga Fortaleza da Desolação, localizada no interior de um vulcão do Oceano de Fogo. De lá, o general diabo comanda as operações de extração de aço-rubi, recrutamento e conquista de territórios. Como aconteceu com muitos outros locais governados por criaturas poderosas, desde que a desolação atingiu Drashantyr muitos refugiados buscaram abrigo nos arredores, formando uma grande cidadela de casebres e barracos constantemente visitada pelos diabos atrás de escravos e trabalhadores.   O próprio Abahddon raramente é visto neste mundo, preferindo dar prosseguimento aos seus planos de aniquilição dos lacharel em outros locais, e delegando o comando direto do Exército a generais subordinados. Um de seus projetos atuais é reestabelecer a ligação dos Nove Infernos com Drashantyr, criando um acesso permanente a vários mundos.  

Os Guerreiros do Poder Supremo

Embora não sejam propriamente uma organização, existe em Drashantyr um tipo peculiar de guerreiro, que domina energias misteriosas para aumentar suas capacidades físicas, mentais e espirituais. Através de disciplina e treinamento rigoroso, acumulam grande poder, sendo capazes de destruir montanhas e enfrentar dragões adultos com as mãos vazias.   Mais do que qualquer outra coisa, esses guerreiros vivem para o combate. Sua dedicação é absoluta; outros interesses simplesmente desaparecem à medida que seu treinamento se intensifica. E ele abrirá mão de qualquer compromisso com um sorriso no rosto sempre que um inimigo poderoso o bastante o desafiar para um duelo. Rumores falam de um torneio secreto realizado em algum ponto deste mundo, onde disputa- -se o título de guerreiro mais forte do universo.   O mais conhecido guerreiro do poder supremo é Kenishiro [humano, monge espiritual 7/guerreiro do poder supremo 7, LB], um nativo de Sora praticante de uma arte marcial secreta, vivendo em Drashantyr desde que o gog’magogue em que viajava naufragou anos atrás. Ele então adotou a vida de andarilho, percorrendo o mundo em busca de aprimoramento físico e espiritual, usando seu poder para ajudar os necessitados. Tornou-se uma espécie de figura lendária, como um farol de esperança para aqueles cuja a vida é mais difícil, com o nome sussurrado em segredo por aqueles que sofrem sob o domínio de diabos e dragões.   Há quem diga que quando caiu em Drashantyr, Kenishiro estava indo para o Torneio do Deus Guerreiro, em Werra. E que seu gog'magogue teria sido derrubado para evitar sua participação. Ninguém em Drashantyr sabe dizer quem seria responsável por este aparente atentado, mas viajantes vindo de Sora falam em um guerreiro que se tornou o mais poderoso de lé desde o "sumiço" de Kenishiro: Yuka [humano, monge espiritual 7/guerreiro do poder supremo 7]. A verdade sobre o atentado ainda precisa vir à tona.

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