Ganlard nascido em Zhiguroh. Pobre garoto, antes mesmo de nascer já havia perdido seu pai em um dia de caça, foi pego por um mutka, seus companheiros não conseguiram ajudá-lo a tempo, e seu nascimento levou sua mãe à óbito. Foi acolhido peor uma família orc, que mesmo com as diferenças entre as raças ainda sim puderam se entrelaçar em uma amizade, colhiam frutos juntos, e apreciavam distribuí-las para a população da vila.

Agora viveriam apenas com o legado da família, Ganlard, ele tinha seu amigo, irmão Zharg, brincavam juntos e se divertiam bastante, com o passar do tempo eles foram atrás de coisas excitantes, pelo menos para eles, então foram atazanar a vida dos mutkas, mesmo que bem perigoso os dois conseguiam sobreviver e acabou virando um modo para eles treinarem, Ganlard gostava tanto disso que às vezes saia sozinho e de propósito chamava a atenção de um mutka, mas de alguma forma que nem mesmo ele sabia exatamente, escapava do mutka sem este perceber, ele achou isso bem útil que arriscou tentar fazer isso 2 vezes, falhando miseravelmente e correndo como uma galinha, incrivelmente não foi pego pelo mutka.

Enquanto exploravam juntos, uma folha caiu no lago em que um mutka se encontrava, porém nenhum dos dois haviam percebido, levando Zharg a ter um ataque surpresa, Ganlard tentou ajudá-lo com sua habilidade, mas esta não funcionaria com os dois juntos, levando seu precioso irmão à morte, sem reação, ele lá ficou por um momento, até correr pra vila, com péssimas notícias, os pais adotivos tendo agora conhecimento do que acontecera, quebraram, não apenas um amigo, mas seu filho, ambos levados pelos mutkas, não estavam preparados para receber essa notícia, em verdade, estavam prestes a contar a verdade para Ganlard, no dia seguinte fizeram exatamente isso, foi automático, estavam tão perdidos que apenas falaram o que haviam ensaiado, e quando se deram conta do que fizeram, já estava lá, ele, trancafiado no quarto, e assim se sentiram péssimos, tristes, ruins, tão ruins que acabaram por adoecer, tendo que parar assim a coleta de frutas para mantè-las seguras, um médico foi tentar ajudá-los mas não havia muito o que se fazer.

Lá preso em seu quarto, preso em seus pensamentos, questionando quase tudo que podia, até o momento em que decidiu sair, percebendo a situação dos pais, ele fez o que pôde para ajudá-los, enquanto rumores passavam pela cidade de que ele era amaldiçoado, e assim cada vez mais as pessoas se afastavam dele.

Prometendo proteger ou se afastar de qualquer um que se tornasse importante para ele, preparou-se para sair da vila, para não amaldiçoar o lugar que viveu e amou, e vagou sem destino.