Tamashi

Os tamashi possuem inúmeras línguas e dialetos diferentes. O Shogunato Jiaoying fala o jiiang, um dialeto que nasceu a partir do tradicional quihan falado nas grandes Dinastias do centro das Terras Orientais. Há também o pomsu, do Império Gyeongungung e outros dialetos de reinos menores espalhados pelo Oriente.

Além da guerra, o povo tamashi é conhecido pelas suas obras de arte e literatura, reflexo de um povo culto e capaz de espalhar a cultura além das balas de canhões de seus navios. Os chamados samurais são guerreiros formidáveis, com técnicas precisas e ágeis, capazes de subjugar até mesmo o maior dos oponentes. Mas para isso, tais guerreiros trilham caminhos difíceis que testam o espírito e a honra de qualquer um que queira se tornar um samurai.

O povo tamashi é extremamente avançado tecnologicamente, principalmente sua marinha, onde a mesma usa de um composto alquímico altamente volátil conhecido como pólvora, usada nos chamados canhões que são poderosas armas capazes de causar um grande dano à navios e construções fortificadas. Isso deu uma grande vantagem ao Shogunato no início da Guerra de Thyr contra o Império Pendragon, mas tais tecnologias a muito foram roubadas e replicadas pelo Império, mantendo a guerra empatada, em muitos aspectos.

A Dinastia Qin é vasta e antiga localizado na região central das Terras Orientais e foi responsável por definir um tipo relativamente comum entre as outras etnias orientais.

O pien-fu é um antigo traje a rigor de duas peças, incluindo um tipo de túnica que ia até o joelho, e uma saia que alcançava os tornozelos; para estar adequadamente vestido em certas ocasiões, a pessoa tinha de vestir uma saia.

O oshen-i é a roupa mais pesada dos três diferentes tipos; é a roupa de ficar em casa para as pessoas comuns e o traje moderadamente formal de funcionários governamentais e intelectuais, apropriado tanto para os homens letrados quanto para guerreiros.

As mulheres usam freqüentemente o chi-p’ao, uma forma modificada da moda tradicional da Dinastia Ch’ing, em ocasiões formais. Há infinitas variações de altura, comprimento, largura e ornamentação no colarinho, mangas, comprimento da saia e corte básico desta elegante e feminina moda oriental.

O Shogunato Jiaoying se expande por uma grande parte da costa oeste das Terras Orientais e é a região de origem dos samurais em Mardahar.

Os Kimonos são tradicionalmente feitos de tecidos de seda, mas os de lã ou sintéticos, são usados durante os meses mais frios. Yukata (quimonos de algodão) são usados por homens e mulheres durante os meses de verão e após o banho em onsen (resorts de fontes termais) e Ryokan (pousadas tradicionais). Muitas vezes eles são usados com geta, calçado de madeira. Originalmente usado para a casa de banho da classe alta e feito de algodão branco liso, yukata se tornou popular entre as pessoas comuns. Hoje, yukatas coloridas são comuns em festivais de verão e fogos de artifício, principalmente para mulheres jovens e crianças.

A arquitetura tamashi é muito diferente das outras etnias não-orientais de Mardahar. As construções tamashi, sejam do Shogunato Jiaoying ou do longínquo Império Gyeongungung são, em sua grande maioria, feitas de madeira e possuem ênfase horizontal, com plataformas largas que dão a impressão de que os telhados "flutuam" sobre a construção. Outra característica importante é sua ênfase na articulação e simetria bilateral, que indica equilíbrio e é onipresente nas construções tamashi, desde os grandes complexos palacianos às humildes casas de fazenda. Suas colunas e vigas são adornadas com grades wyrms e dragões, presentes nas tradições de todas as etnias orientais. Os telhados são complexos e possuem características onduladas que dão movimento e leveza à construção assim como o uso comum de peles de vidro e biombos para delinear os cômodos ou encerrar o edifício, com ênfase em paredes que suportem muito peso nas construções de padrão mais elevado.

A tradição mais comum entre os tamashi é a comemoração do ano-novo, onde grandes festivais são feitos e há a queima de fogos-de-artifício com grandes e belos shows de luzes nos céus. Muitos festivais de rua são feitos em outros dias de ano comemorando o nascimento de um filho do imperador, o casamento de figuras importantes ou de alianças políticas entre duas nações.

Os costumes tamashi variam quanto ao ritos funerários, mas a grande maioria costuma cremar os falecidos, colocando-os em barcos sobre rios importantes ou grandes lagos. O povo tamashi costuma acender as famosas lanternas funerárias, que são pequenos balões de peso leve, que após o início da queima de uma pequena chama em seu interior os mesmos passam a flutuar no ar como se levados pela brisa. Os tamashi acreditam que tais lanternas ajudam o falecido a enxergar seu caminho durante sua passagem deste mundo para o mundo espiritual.

Um dos maiores tabus tamashi, principalmente por parte dos samurais do Shogunato Jiaoying é a perda da honra, fugindo do combate ou cometendo assassinato. Após a perda da honra e envergonhando sua família, os samurais se sentem forçados a pagar por tal erro cometendo o Seppuku, este que é o nome de um tradicional ritual de suicídio, praticado principalmente pelos guerreiros e samurais. O seppuku faz parte do código de honra dos samurais, chamado de Bushido.

Os tamashi apreciam indivíduos de altura média, pele clara e olhos azuis ou verdes. As mulheres tamashi costumam apreciar os homens magros e altos e geralmente com barba, o que lhes dá uma aparência mais velha. Os homens apreciam as mulheres mais baixas com curvas delineadas e cabelos longos.

Os tamashi, em sua maioria, apreciam os rituais e tradições de corte. Vindos de um território onde as tradições são milenares e as famílias de grande poder formam alianças através de casamentos, tais costumes onde o homem é devoto à sua amada e deve ser honrado para com a mesma são incentivados e, muitas vezes, cobrados.