Menseanos

O povo menseânico possui diversos dialetos diferentes, tendo se formado de diversas tribos e clãs espalhados pelo território, os reinos atuais possuem diversas línguas próprias, sendo a mais comum o kudrani.

Os menseanos são um povo forte e resistente que construiu grandes reinos em regiões muito variadas, passando das grandes savanas e desertos ao oeste às grande florestas tropicais do Mar de Mugoro. Atualmente, a região sofre com a exploração dos seus recursos naturais pelo Shogunato Jiaoying. Não obstante a exploração, o povo menseano se vê em uma batalha de dois frontes: o primeiro contra o Shogunato e o segundo contra a crescente população de monstros que se abrigam nas grandes florestas tropicais e de vez em quando atacam até mesmo as capitais menseânicas.

Por causa destas constantes batalhas, o povo menseano cresceu militarmente, desenvolvendo tecnologias extremamente eficientes contra os monstros que habitam tais florestas, mas apesar de tudo, eles perdem a guerra pelos números.

As cortes e nobreza menseana está ligada aos costumes dos antigos impérios, tais como a justiça e a força perante as imposições culturais dos outros povos.

Devido à necessidade atual, os menseanos desenvolveram técnicas e tecnologias de guerra para combater a infestação de criaturas e monstros nas florestas tropicais dos territórios. Técnicas de captura, execução e domação de tais criaturas são os pontos mais fortes deste povo, assim como o uso de magia e criação de itens mágicos para tais feitos. Os exércitos menseanos são formados por guerreiros extremamente bem treinados e habilidosos, capazes de guerrear tanto nas savanas e desertos do oeste, como nas matas fechadas e florestas tropicais do leste.

As roupas para o povo menseano representa um mecanismo de reafirmação de identidade. Nas aldeias mais afastadas das capitais, o povo mantém as vestimentas típicas, trabalhadas com peles de cabra ou vaca. As meninas usam normalmente somente saias, e também aventais feitos de miçangas cruzado na frente do corpo, sem mais nada por baixo, além dos braceletes grossos no pescoço, nos braços e nas pernas. Na dança há a substituição dos aventais por saias de lã, chocalhos no tornozelo para auxiliar no momento de levantar as pernas e peitos sempre despidos. O Isicholo, um dos adereços mais famosos do povo zulu, é um chapéu usado por mulheres mais velhas e quase exclusivamente em contextos cerimoniais e competitivos. Além de vestimentas, o cabelo é um símbolo cultural importante para esse povo - principalmente entre mulheres. São conferidos aos cabelos aspectos comunicativos que falam dos movimentos mais cotidianos, mostrando status social e diferenças de áreas rurais para as cidades.

A arquitetura dos menseanos é muito variada, dependendo da região ou tribo. Nas capitais, os antigos impérios construíram suas cidades com fundações sólidas de pedra e madeira. Os palácios menseanos são construções piramidais de pedra clara, e a maioria das casas são feitas de madeira. Nas vilas mais afastadas as casas são mais simples, feitas de barro e madeira, chamadas de ocas. Tais ocas podem ser largas o suficiente para caber duas famílias ou pequenas o suficiente para abrigar duas pessoas. Cada tribo possui um estilo diferente de construção, baseando-se na região, nos costumes e tradições de tal tribo.

Cada reino menseano é controlado por uma tribo diferente. Após a morte de um rei-chefe, as tribos de cada reino se juntam para escolher e decidir qual será o próximo a comandar o reino. É feito então uma grande celebração e em determinado momento, cada tribo escolhe um campeão para lutar pelo trono, sendo o vencedor o próximo rei-chefe do reino. Os combates são em duelos, terminando ou em alguém se rendendo ou morrendo. Caso um rei-chefe tenha um filho ou filha maior de 18 anos quando falecer, os campeões de cada tribo entrarão em duelo com tais filhos com as mesmas regras sendo aplicadas, não sendo hereditária a passagem de poder. Durante o reinado do rei-chefe é possível haver duelos entre ele e outros pretendentes ao trono, caso o mesmo aceite o desafio. Este duelo porém é até a morte.

As famílias de um falecido rei-chefe perdem os títulos de nobreza na corte caso outra tribo suba ao poder nos Ritos de Ascensão, mas mantém suas terras e privilégios conquistados anteriormente. Cada tribo possui um líder, este que faz parte no conselho da corte e assiste o rei-chefe durante o reinado.

Os menseanos costumam enterrar seus falecidos de forma simples, não necessitando de grande mausoléus ou tumbas. Suas tradições e rituais funerários variam de tribo para tribo, algumas cremando os falecidos, outras enterrando-os perto de seu local de nascimento. Para os rei-chefes falecidos, é feito um grande festival que une todas as tribos, onde as pessoas podem dar um último adeus ao seu falecido rei. O corpo então é cremado em uma grande pira e o reino entra em luto por três dias, sendo o começo dos Ritos de Ascensão no final do terceiro dia, onde será escolhido o próximo rei-chefe.

O povo menseano possui inúmera lendas, desde os mitos da criação e dos deuses até das criaturas mitológicas dos rios, lago e desertos que cercam e fazem parte dos territórios. Um dos mais conhecidos é o do Grande Rinoceronte Branco, onde lendas dizem que o mesmo caminha sobre a terra anunciando o nascimento de um futuro rei-chefe e a morte do atual. A lenda varia de reino para reino, mas em todos uma criatura albina e majestosa aparece.

As figuras históricas mais conhecidas pelo menseanos são os antigos rei-chefes dos impérios. M'baka, o Rei Gorila, fundador do primeiro reino menseano e responsável por unir as tribos do leste no Mar de Mugoro. Ukudala, a Pantera Dourada, rainha-chefe responsável por expulsar a ameaça da Congregação da região de Mallashn durante a revolta humana e Bhek'abantu Petera, o Gavião Vermelho, responsável por unir as tribos do leste de Athas e formar o grande Império de Petera, que eras mais tarde se dividiu nos dois reinos gêmeos de Enisari e Onynsari. A queda do Império de Petera se deu por conta da grande extensão territorial e da divisão entre as tribos menseanas e os shamenos que estavam em ascensão, vindos do Grande Deserto de Athas. Atualmente, em Enisari a presença de shamenos é predominante.

Os menseanos não possuem ideais de beleza fixos como a maioria dos outros povos. Para eles, a beleza do ser vem de dentro, sendo a demonstração de afeto, simpatia e senso de justiça os maiores ideias de beleza a serem buscados pelos menseanos. Para alguns mais tradicionais, o corpo atlético é bastante cultuado, assim como as pinturas corporais como forma de expressão, seja ela política, religiosa, emocional ou apenas física.

O povo menseano busca pessoas que saibam apreciar a vida e que não possuam temor em expressar suas emoções, seja através da fala ou da linguagem corporal. Os menseanos são um povo rico, mas não são tão ligados aos bens materiais como os povos do norte e seus vizinhos damaranos.