gog’magogues
“É tão bonito... E você me diz que isso viaja pelos
planos? Como, exatamente?”
— Verner Iuliy, clérigo de
Tanna-Toh em sua primeira visita a Terápolis
As grandes naves-vivas dos sklirynei sobreviveram e evoluíram por conta da baixa gravidade. Evoluindo de uma antiga
criatura de silício, habituada a períodos encalhada no lodo, os
gog’magogues libertaram-se das garras da gravidade para o frio
do éter. Seus ossos e filamentos, livres do peso das colunas de
ar, se expandiram rapidamente. Os primeiros indivíduos sobreviventes já contavam com duas vezes seu tamanho normal,
meras três décadas após o fi m das catástrofes que destruíram
seu mundo natal. Suas crias eram ainda maiores.
Hoje, um gog’magogue adulto pode chegar a quarenta
metros de comprimento. Seu corpo relativamente esguio é
coberto por um couro rígido, de silício, repleto de pequenas
marcas e crateras. Barbatanas compridíssimas se espalham à
toda volta e atrás da criatura, como as folhas de um gigantesco
capim-limão, captando luz e servindo ao mesmo tempo como
artérias e vela solar. É possível ver o fluxo de luz percorrendo
cada fi lamento e penetrando no corpo do gog’magogue.
Mas esta não é a única fonte de alimento de que dispõem;
sua carantonha filtra o plâncton que flutua no limite da atmosfera de cada mundo e suas mandíbulas engolem pequenos
asteroides, que são triturados por uma fileira de dentes e músculos constritores. O interior de um gog’magogue é tomado
não só pelos órgãos e músculos “comuns”, como o estômago
ou o coração, mas também por bolsões de gás, produzidos pelo
estômago, que se localizam sob a couraça mineral e principalmente na parte do abdômen.
Apesar da aparente tranquilidade e de seus movimentos
suaves e poéticos, os gog’magogues são criaturas territoriais,
habituadas a se lançar em combate quando sentem a presença de outro macho da espécie, ou quaisquer outras ameaças.
Ancestral(is) Genético(s)
Descendentes Genéticos
Nome Científico
piscium Tractus
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