Audazes e resistentes, os anões são conhecidos como hábeis guerreiros, mineradores e trabalhadores em pedra e metal. Embora tenham menos de 1,50 metro de altura, os anões são tão largos e compactos que podem pesar tanto quanto um humano 60 centímetros mais alto. Sua coragem e resistência compete facilmente com qualquer povo mais alto. A pele dos anões varia do marrom escuro a um matiz mais pálido, tingido de vermelho, mas os tons mais comuns são o castanho claro ou bronzeado, como certos tons terrosos. O cabelo é longo, mas de estilo simples, geralmente negro, cinzento ou castanho, embora anões mais pálidos frequentemente possuem cabelos ruivos. Anões machos valorizam altamente suas barbas e preparam-nas com cuidado.

Os anões possuem dois sexos: o feminino e o masculino. Sua reprodução vem do acasalamento de dois indivíduos de sexos diferentes, onde a fêmea é fecundada e geralmente gera um ou dois filhos. O filho cresce dentro do útero da fêmea por nove meses e após esse período ele sai como um filhote ou bebê. O bebê então é amamentado pela mãe através das mamas da mesma por um período que varia, dependendo da saúde dos pais e da criança, mas que geralmente dura um ou dois anos.

Onde o indivíduo é dependente da mãe para alimentação. Esse estágio dura, em média, um ano e seis meses após o nascimento.

Onde o indivíduo passa a se movimentar por conta própria, aprende a se comunicar verbalmente e por gestos, porém ainda dependente dos pais. Este estágio dura, em média, onze anos.

Onde o indivíduo começa a se tornar mais independente dos pais, desenvolvendo seus ideiais e interesses. Este estágio dura por volta de cinquenta anos.

É neste estágio que o individuo é verdadeiramente independente dos pais, podendo se afastar de sua residência de nascimento e crescimento e passar a explorar melhor o mundo à sua volta. Este estágio é o maior de todos, durando por volta de trezentos anos.

Neste estágio, o indivíduo passa a perder suas forças naturalmente, onde ele envelhece e seu corpo começa a diminuir de tamanho, tornando-o muitas vezes dependente de outros anões para alimentação e locomoção.

Os anões são conhecidos pelos seus extensos reinos subterrâneos, minas gigantescas e palácios profundos em montanhas. Seus reinos porém, não se limitam ao subterrâneo, se estendendo por vastas terras ricas e bem populadas. Os reinos anões são Gernoluhm, do clã Hylar Elmoprata; Khom Koldhur, do clã Bemdur Forjafúria; Kighfaldur, do clã Kharnun Bravopunho e Fava Ennore, do clã Dun Morogh Escudoeste.

Anões possuem uma dieta variada, com maior presença de carne e cerveja. Anões são conhecidos por sua forte constituição e usam disso para beber a maior quantidade de cerveja e hidromel possível.

Anões podem viver mais de 400 anos, então os anões mais antigos ainda vivos muitas vezes lembram-se de um mundo muito diferente. Essa longevidade concede aos anões uma perspectiva sobre o mundo que falta às raças de menor longevidade, como os humanos e os halflings. Anões são sólidos e duradouros como suas amadas montanhas, resistindo à passagem dos séculos com estoica resistência e poucas mudanças. Eles respeitam as tradições de seus clãs, traçando a história de seus ancestrais a partir da fundação de suas mais antigas fortalezas, na juventude do próprio mundo, e não as abandonam facilmente. Uma parte dessas tradições envolve a devoção aos deuses dos anões, aqueles que defendem os ideais anões de ser trabalhador, hábil em combate e devoto à forja. Os anões são determinados e leais, fiéis à sua palavra e decididos quando agem, às vezes a ponto de serem teimosos. Muitos anões têm um forte senso de justiça e demoram a se esquecer de erros cometidos contra eles. Uma injustiça cometida contra um anão é uma ofensa para todo seu clã. O que começa como uma busca por vingança de um único anão, pode se tornar a ambição de todo um clã.

Os reinos anões estendem-se pelas profundezas das montanhas, onde eles mineram gemas e metais preciosos, e forjam itens admiráveis. Eles amam a beleza e a arte dos metais preciosos e das joias finas e, em alguns anões, esse amor transforma-se em avareza. O que não pode ser encontrado em suas montanhas, eles adquirem através do comércio. Eles não gostam de barcos, embora os comerciantes humanos e halflings lidem frequentemente com o comércio de bens anões por rotas marítimas. Membros de confiança de outras raças são bem-vindos em assentamentos anões, embora algumas áreas dessas cidades sejam vetadas até mesmo para eles. A unidade mor de uma sociedade anã é o clã, e os anões valorizam altamente o status social. Mesmo anões que vivem longe de seus próprios reinos valorizam suas identidades e filiações de clãs, reconhecem os anões parentes, e invocam os nomes de seus ancestrais em juramentos e xingamentos. Não possuir um clã é o pior destino de um anão. Anões em outras terras são tipicamente artesãos, geralmente ferreiros, armeiros e joalheiros. Alguns são mercenários ou guarda-costas, procurados pela sua coragem e lealdade, e bem recompensados por seus serviços.

Apesar de anões serem robustos e fortes, muitos são adeptos ao estudo da magia. Muitos anões se tornam magos renomados e conduzem inúmeros estudos sobre os mais complexos temas, não se limitando à forja ou mineração.

Anões estão acostumados em viver sob a terra e nas profundezas de suas montanhas, por isso eles são capazes de enxergar no escuro.

O nome de um anão é concedido pelo ancião de um clã, de acordo com a tradição. Todos os nomes próprios anões têm sido utilizados e reutilizados através de gerações. O nome de um anão pertence ao clã, não ao indivíduo. Um anão que o usar indevidamente ou trouxer vergonha ao clã tem seu nome retirado e está proibido por lei de usar qualquer outro nome anão em seu lugar.

As maiores organizações dos anões são guildas renomadas de comércio e mineração, fortalecendo a ideia que os anões amam o ouro e pedras preciosas, assim como são ótimos comerciantes. Apesar de não ser uma organização ou igreja, o Panteão dos Anões é amplamente conhecido, principalmente Moradin, o deus da Criação.

Anões são mestres na forja, seja para armas e armaduras, como para instrumentos e ferramentas de todos os tipos. Mas a maior tecnologia criada pelos anões foi a pólvora. Acredita-se que os tamashi do Shogunato Jiaying foram os primeiros descobridores de tal tecnologia, porém a verdade é que a mesma foi roubada dos anões, que a desenvolviam a muito tempo antes dos orientais. Apesar dos humanos ainda possuírem receio de manusear tal elemento volátil, os anões tomaram a dianteira e desenvolveram inúmeros armamentos baseados em pólvora, como mosquetes, canhões, pistolas e armas de artilharia pesada como os Canhões Infernais. Canhões mais finos que os usados nos navios de guerra, porém mais longos e mais munidos de pólvora. Por serem feitos de Zaspina, os Canhões Infernais podem suportar pressão e temperaturas extremas, expelindo projéteis a extremas velocidades e que alcançam distâncias absurdas, causando uma chuva infernal de fogo e morte aos desafortunados que estiverem contra tal arma.

O idioma Anão é repleto de consoantes duras e sons guturais, e essa característica influencia, como um sotaque, qualquer outro idioma que o anão falar.

Anões que seguem uma vida de aventuras podem ser motivados pelo desejo por tesouros – para uso próprio, para um propósito específico ou mesmo a partir do desejo altruísta de ajudar os outros. Outros anões são guiados pelo comando ou pela inspiração de uma divindade, um chamado direto ou simplesmente o desejo de trazer glória a um dos deuses anões. O clã e os ancestrais de um anão também são motivações importantes. Um anão pode buscar restaurar a honra perdida de um clã, vingar uma antiga ofensa sofrida pelo clã ou reconquistar um lugar no clã depois de ter sido exilado. Ou um anão pode buscar por um machado empunhado por um poderoso ancestral, perdido no campo de batalha há séculos.

Anões existem em Mardahar desde tempos imemoriais, sendo que nem mesmo eles próprios sabem realmente das circunstâncias de sua existência. Acredita-se que eles sejam a raça inteligente mais antiga do continente, até mesmo mais antiga que os draconatos e os dragões. Todos estas eras que se passaram, os anões viveram sob suas montanhas, escavando caminhos e cidades sob a rocha. Estima-se que seus túneis são tão extensos que podem cruzar o continente, recebendo o nome de Estradas Profundas. Milhares delas, porém, foram tomadas por monstros e outras raças que fugiram da superfície. Muitas das escrituras e runas anãs descrevem tais criaturas como aberrações sombrias e deformadas que consumiam de tudo, mas principalmente uma energia estranha de cor arroxeada. Apesar da extrema habilidade com pedra dos anões, muitas destas escrituras se desgastaram com o passar do tempo, restando poucas em bom estado atualmente.

A primeira vez que as raças da superfície entraram em contato com os anões foi durante a Era da Congregação Dracônica, quando os draconatos reinavam sobre o continente e escravizavam as outras raças. O aparecimento dos anões tomou a raça dracônica de surpresa, e como a ganância dos dragões não conhecia limites, uma grande guerra foi travada entre as duas raças, ficando conhecida como a Guerra de Emersão. Hordas de draconatos e dragões avançaram sobre as entradas das cidades anãs, estas que repeliram o avanço, impedindo que a Congregação pusesse de joelhos os anões. Milhares de vidas foram perdidas e a guerra finalmente encontrou um fim quando os líderes dos maiores clãs anões ordenaram que as entradas das Estradas Profundas fosse seladas. Dois mil anos se passaram após a guerra, até que novamente os anões re-abriram as entradas de seus túneis e descobriram que a Congregação tinha sido derrotada pelos humanos e que a superfície presenciava uma época de paz. Os anões e os humanos então fizeram uma aliança afim de unir forças e prevenir que a Congregação jamais voltasse a assolar as terras de Mardahar. Aos anões então, fora incumbida a tarefa de proteger as terras do sul de Athas e guardar as Passagens do Fogo, na Cordilheira dos Dragões, formando um escudo contra qualquer avanço dracônico que viesse dos Reinos dos Lordes Caídos.

Apesar de serem muito parecidos com os humanos, os anões não são capazes de se reproduzir com outras espécies, não limitando, porém, as relações entre anões e tais raças.