Samsara
Samsara
Samsara tem um bom coração, mas isso não a faz ter pena de quem fica em seu caminho. Pela liberdade ela derrama sangue, dela e dos outros, pois sonha com um futuro onde todos podem viver sem ter medo de serem subjugados.
Suas mazelas não lhe definem, e cada cicatriz sua é parte de sua história. Uma história de sofrimento e dor, mas que não foi o suficiente pra corromper o coração desta Moreau. Seus aliados se sentem seguros, e seus inimigos lhe temem, pois é assim que uma Vanguarda hei de ser.
Physical Description
Condição Física Geral
Samsara é consideravelmente alta e magra, possuindo um físico bem tonificado e treinado para um combate com um estilo ágil.
Traços Corporais
O lado esquerdo de seu corpo está coberto de cicatrizes de queimadura, e o seu braço esquerdo foi decepado, possuindo um braço mecânico no lugar.
Traços Faciais
O olho esquerdo de Samsara é cego, e possui a íris descolorida. Um pedaço de sua orelha esquerda está cortado.
Peculiaridades Físicas
Ela possui pernas compridas e rápidas, além de um par de orelhas e um rabo de coelho, características de sua herança Moreau.
Equipamento e Acessórios
Samsara usa uma capa clara para cobrir a cabeça do sol do deserto, uma armadura de placa em seu peitoral, calças, botas, e uma luva que cobre parte do seu braço direito.
Equipamento Especializado
Sua arma, Ajna, é um híbrido de uma katana cerimonial, roubada de seu antigo "dono", e um tambor de revólver. Uma arma exótica para quem quer que a olhe, mas, para ela, usar é tão natural quanto respirar.
Mental characteristics
História Pessoal
Samsara já teve outro nome, um dia. Um que ela já não se lembra mais, pois preferiu esquecer. Talvez, um dia, tenha se chamado Almaren. De sua memória esse nome foi queimado quando recebeu o seu novo, que significa o ciclo do renascimento, da reencarnação.
Mas, por que renascimento? Bem, Almaren já teve uma outra vida também, além de um outro nome. Era uma guerreira mercenária, tipicamente vendendo seus serviços para escoltar caravanas de mercadores que passavam pelo deserto, afinal, os perigos das areias são vários, e sempre havia uma demanda alta e um bom pagamento.
Mas onde há um bom pagamento, há olhos grandes, e uma caravana que ela escoltava um dia foi emboscada por um grupo de bandidos. Ela e seus colegas não conseguiram vencê-los, em grande desvantagem numérica e estratégica. Muitos dos mercenários morreram, mas ela esteve entre os capturados, pois o líder dos bandidos notou sua aparência exótica, e sua malícia lhe fez ver isso como lucro.
E, bem, ele estava certo, infelizmente. Almaren foi vendida para um sultão por um preço gordo, pois este adoraria uma "decoração" tão única. Levada para seus aposentos, a Moreau tremia de medo, pois sabia o que seria o seu destino.
Almaren perdeu a conta de quantas vezes foi torturada, de diferentes maneiras. A dor física do chicote. A dor psicológica de perder a noção do tempo, escutando seu nome repetidas vezes sendo dito por alguém que ela odiava. A dor incurável em sua alma de ter tido seu corpo estuprado por essa pessoa desprezível.
Tanta dor, todavia, vira apatia. Sem esperança, seus olhos perderam o brilho, e o sultão, que divertia-se com sua dor, buscava maneiras cada vez mais extremas de fazê-la sofrer. Um banho de óleo quente lhe manchou a pele pro resto da vida e lhe cegou dum olho, mas ele ainda queria mais. Seu braço esquerdo foi cortado pedaço à pedaço, mas os gritos de agonia não bastavam pro sultão. Então, em uma festa em seu salão, cansado, ele pretendia descartá-la para os convidados, como uma criança faz com um brinquedo quebrado.
Seu maior erro foi ter feito essa festa.
Julien, um Vanguarda, tinha seus olhos nesse sultão. A festa era uma oportunidade perfeita. Com tantos convidados, e tanto barulho, ninguém iria notar. Haviam crimes que nem todo o ouro das areias poderiam servir de fiança. O Vanguarda invadiu os aposentos do sultão com um disparo explosivo na porta, chutando os restos dela, com os olhos em fúria. Ele sabia que ele era um escravagista, um manipulador, e um torturador horrível, e estava pronto pra estourar seus miolos, mas... ali, ele viu uma moreau indefesa, em lágrimas, com um braço lhe faltando e um corpo despedaçado.
"Guardas, Guardas!" gritava o sultão, mas sem sorte. Julien tinha companheiros, seus guardas estariam muito bem ocupados. Não havia ninguém mais próximo para lhe ouvir ali. O sultão recua pra parede, tremendo, enquanto o Vanguarda recarrega sua arma. Seus olhos, por um momento, encontram-se com os da moreau, e ele sente uma dor profunda, como se visse por trás dos olhos dela um vislumbre do que ela sofreu. Ele, então, pega uma katana cerimonial da parede, desembainhando e avaliando-a. Era uma arma incrivelmente bem feita, provavelmente um presente muito caro.
Girando-a na mão, ele estende o cabo para a moreau, que ainda está no chão.
"Eu sinto muito por não ter vindo antes. Eu lamento cada segundo desse sofrimento que não pude lhe poupar, mas, agora, eu lhe ofereço algo, garota." - disse o Vanguarda, ainda oferecendo-lhe a katana. - "Você pode ir embora conosco, você pode fugir agora, ou você pode dar o troco. A escolha é sua."
Almaren agarra a katana com a mão que lhe resta, se pondo de pé. À medida que ela sentia o peso de uma arma na sua mão, era como se seu corpo lembrasse do que ela era. Ela não era uma escrava, ela era uma guerreira. Seus olhos, em alguns segundos, vão de terror à fúria absoluta, no que ela caminha passo a passo na direção do sultão.
"Almaren, pare! Pare! Eu lhe fiz a minha favorita, a minha única, e eu posso lhe dar a liberdade! Você ainda vai ser caçada se fizer isso, vão saber o que você fez, você nunca terá paz, e-" - dizia o sultão, querendo convencê-la, mas foi interrompido por uma lâmina lhe atravessando o esôfago, perfurando até a parede.
A moreau empurra lentamente a lâmina até o cabo, fazendo o sultão dar um grito ensurdecedor, e lhe agarra pelo queixo.
"Sua língua podre não tem o direito de me chamar pelo nome", ela rosna.
A moreau mostra suas presas, mordendo a língua do sultão e arrancando pela raíz, fazendo Julien fazer uma careta com a brutalidade. Ele acreditava que ela pudesse ser uma guerreira, pelo seu físico, mas aquilo ele não esperava. O sultão morre, gorgolejando sangue, e esmorece, e Almaren arranca a katana de seu corpo e segura em sua mão, voltando a não ter muita expressão.
"Você é... Almaren, certo?", perguntava o vanguarda, mas foi interrompido.
"Por favor... não. Ouvir meu nome me dá...", ela murmurava, voltando a chorar um pouco.
"Ei, ei, desculpe. Não foi minha intenção", dizia o vanguarda, acalmando-a, e se aproximando. "Vou lhe chamar de, uh... Samsara, então, pode ser? Olha, Samsara, nós precisamos sair daqui agora, pois isso vai dar merda se nós ficarmos. Você pode vir conosco junto com os outros escravos, e aí a gente vê que rumo você toma depois, que tal?"
A moreau levanta o olhar, olhando para o vanguarda, ainda confusa. Agora, as coisas começavam a fazer sentido. Ela tinha escutado sobre essas pessoas insanas, que vagavam pelo mundo, com armas bizarras e fazendo deus-sabe-o-quê. Mas ela nunca achou que eles fossem ser seus heróis. Em prantos, ela o abraça.
"O-obrigada. Obrigada, eu..."
"Ei. Ssh, pare. Não precisa dizer nada. Vamos, eu vou lhe arrumar algo pra se vestir, e vamos dar o fora daqui."
Julien arrumou algo para cobrí-la e guiou a moreau pela sáida, encontrando alguns guardas no caminho, que não lhe paravam por muito tempo. Com poucos minutos, seu grupo se reunia, com os escravos libertos e joias pilhadas dos nobres pútridos. Em uma fuga à carroças, eles conseguiram escapar dos guardas, e se estabeleceram em uma base temporária para abrigar os escravos.
Poucos dias depois, Samsara estava tremendo de frio, com os ventos do deserto, envolta por um manto, dentro de uma tenda do acampamento, quando Julien entrou.
"Ei, Samsara. Posso lhe chamar assim, né? Bem, estamos ajudando os refugiados a retornarem para suas cidades e famílias, e, agora, só preciso falar com você. Onde quer que seja, a gente vai te ajudar a refazer sua vida, eu te prometo isso."
"Eu... eu não tenho família. Nem uma vida, mais. Eu tinha alguns colegas mercenários, mas... acho que não sobrou mais ninguém.", dizia a moreau, olhando para baixo. "Olha... eu estive pensando. Você... você me deu uma nova vida, Julien, e... eu não sei dizer, eu... eu posso ficar aqui mais um tempo?", pergunta ela, nervosa.
O vanguarda abre um largo sorriso. "Todo o tempo que você quiser. Se quiser se juntar a nós, eu mesmo posso lhe ensinar. Se um dia quiser seguir seu caminho, nada me faria mais feliz, também. Você é dona do seu próprio destino, agora. Você é uma vanguarda.", ele completa.
Ela não sabia por que, mas aquela palavra ressoava em seu peito, com uma força inacreditável. Se ser um vanguarda era lutar pela liberdade, pelo que cada um acha certo, era essa caminho que ela queria seguir. Julien e o grupo lhe conseguiram um presente especial de boas vindas, um braço mecânico, para lhe restaurar as funções.
No grupo ela se sentia acolhida, e, como se ironizasse o destino, refez a katana roubada como sua lâminarma companheira, e a mesma arma que lhe libertou agora libertaria muitos outros.
Quatro anos depois ela se separou do grupo, mas não por conflitos internos. Ela se envolveu nas guerras secretas tomando o lado de Naihan, mas o resto do grupo tinha seus próprios objetivos. Ainda assim, reconheciam sua luta pela liberdade, e lhe desejaram sorte e bons ventos.
No exército, ela conheceu um certo Capitão Lagamar...
E o resto é história.
Gender Identity
Mulher cis.
Sexuality
Samsara é bisexual, pendendo mais para se relacionar com mulheres.
Estudo
Samsara não é uma pessoa tão estudada, mas é um pouco mais esperta do que a média.
Emprego
Samsara é uma soldado, trabalhando sob o comando direto de Rogerinho Lagamar, que responde à Tenente-General Kajibana.
Conquistas e Realizações
Samsara mordeu fora a língua de um comandante da máscara negra, fazendo-o se engasgar com o próprio sangue, e se sente muito satisfeita com isso.
Traumas Mentais
Seu maior trauma é ter sido escrava de um sultão de Nahad. Capturada enquanto viajava com uma caravana, foi vendida à ele por ser uma criatura exótica, devido à sua herança Moreau. Sendo abusada fisicamente, psicologicamente e sexualmente, qualquer coisa que a remeta às memórias dessa época facilmente lhe afeta.
Características Intelectuais
Uma área de especialidade de Samsara é com o cuidado de sua arma. Vanguardas possuem conhecimentos específicos para o cuidado das Lâminarmas companheiras, que desafiam mesmo o mais experiente ferreiro.
Moral e Filosofia
Não há prazer nesse mundo que valha a liberdade de outro. Não há derramamento de sangue que não valha a liberdade.
Personality Characteristics
Motivação
Samsara associou-se ao exército de Naihan para lutar pela liberdade da nação, entrando na tropa do capitão Lagamar. Tendo um histórico pesado com um Sultão de Nahad, ela sente repulsa por uma nação que acha normal fazer escravos, ainda mais uma nação que sente que é dona da outra.
Vícios e Falhas de Caráter
Samsara ocasionalmente fuma, tanto apenas por prazer quanto para se acalmar depois de acontecimentos intensos.
Social
Contatos e Relações
Capitão Lagamar (que na verdade é um sargento) do exército de Naihan, um goblin ladino bucaneiro que é o líder do grupo. É uma pessoa excêntrica, porém confiável
Baah'l D1-ST4, um golem de metal e fogo bárbaro movido pela violência. Ela se identifica com ele na atitude de agir primeiro e pensar depois.
Nori Verde, o inventor goblin. Sendo o mais frágil do grupo, ela se sente na obrigação de protegê-lo.
Buk, o Huskar caçador. É uma criatura interessante, e engraçada. Parece calmo demais, mas atira pra doer. Confiável.
Brilvan... o Brilvan que não cruze o caminho dela.
Laços Familiares
Samsara não possui nenhum familiar conhecido vivo, pelo menos de sangue. Ela possui um pai adotivo. A pessoa que lhe libertou, lhe deu uma segunda vida e um novo nome. A pessoa que lhe mostrou o valor de ser um Vanguarda: Julien.
Visão Religiosa
Samsara sabe que os deuses existem, mas questiona seu poder e benevolência, pois ela, assim como muitos outros, sofreram enquanto nada se fazia. Ao ver uma pessoa pregar sobre sua fé, especialmente de um deus que "se faz de bom", ela se irrita, levando isso como uma ofensa.
Aptidão Social
Samsara é uma pessoa um pouco nervosa com interações estranhos devido à seus traumas, especialmente homens.
Fala
Samsara não é muito boa em falar elaboradamente, e costuma usar de palavras curtas e objetivas para transmitir o que quer.
Riqueza e Situação Financeira
Ela não é uma pessoa rica, pois normalmente investe seu dinheiro em equipamento, especialmente em sua arma companheira, Ajna.

Uma Moreau Vanguarda ex-escrava. Com um coração bom, e uma lâmina afiada, segue o Capitão Lagamar em suas empreitadas insanas. Há muitas razões pelas quais um homem pode lutar, mas para Samsara, é sempre pela liberdade.
View Character Profile
Tendência
Caótica-boa
Age
26
Local de Nascimento
Stampália
Children
Residência Atual
Naihan
Gender
Feminino
Olhos
Amarelos
Cabelo
Preto
Cor da Pele
Oliva
Altura
1.78m
Peso
66kg
Citações e Frases de Efeito
"Onde estava seu deus quando centenas precisaram dele? Seu sol se põe hoje, fiel de Azgher."
A excursão na Ruína de Pedras
3 de Tziganen de 677 A.C.
Recentemente, conseguimos concluir a investiação, a custo de muito suor e sangue, e determinamos que certamente HÁ algo nas Ruínas de Pedras. Nosso grupo decidiu entrar assim que a oportunidade surgiu, confiando as linhas à Kajibana. Ao entrar lá, nos encontramos com o filho da puta do Brilvan, aquele desgraçado, e umas sombras esquisitas que eram subordinados dele. Ele ficou de conversinha, querendo se achar, mas eu não pensei duas vezes, e só saquei a arma e parti pra cima. Essas sombras lutavam de uma maneira estranha, mas eu aguentei. O Baah'l deu uma porrada sinistra no Brilvan, e ele se jogou no chão pra se proteger, bem na minha frente. Eu nunca puxei um gatilho com tanta satisfação, escutar a carne daquele arrombado arder na chama de Ajna foi a luz do meu dia. Ele ainda teve a cara de pau de me chamar de vagabunda, mas perdeu o nariz por isso. Porrada vai, porrada vem, o novato do grupo se mostrou mais que capaz, conseguiu provocar o Brilvan a dar uma sequência sinistra de ataques nele, que foram completamente ineficazes. Conseguimos, apesar de tudo, vencer o Brilvan e as sombras dele. Ele quis pedir piedade, e o caralho, mas eu não tou a fim de ouvir nada da boca dum traidor, e estourei o saco dele no tiro. Eu faço os furo, quem mata é deus, se é que eles existem.
O Rogerinho finalizou o Brilvan com o clássico dele, só que duma maneira ainda mais nojenta, até eu me arrepiei, e seguimos em frente, desbravando as ruínas. No fim, não conseguimos chegar tão rápido quanto gostaríamos, e aquele bando de esquisitos que matou o grupo mensageiro estava lá, e eles conseguiram alguma coisa que eu não sei o que é. De qualquer forma, agora tou cara a cara com o Ardonnes, e o Buk tá me dando cobertura. É matar ou morrer.
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