Os Morvaine's

Os Morvaine's seguem um estilo de governo baseado na gerontocracia, acreditando que o conhecimento vem com a idade e que aqueles que viveram mais têm o dever de governar e proteger os mais novos. Por isso, o líder da família será sempre o mais velho da linhagem. Essa regra se aplica tanto dentro de um domicílio, onde o membro mais velho cuida das necessidades da casa e toma as decisões, quanto ao grupo inteiro, sendo seu líder o mais velho da linhagem mais nobre.

Tirando o líder da família, os Morvaine não possuem nenhum título formal, mas mantêm grande respeito pelos mais velhos de cada área, sempre valorizando os anciões de cada grupo. Por exemplo, se for necessário forjar uma espada importante, é costume que o ferreiro busque aconselhamento com o ferreiro mais velho da família.

A família Morvaine é regida pelo respeito à tradição, à sabedoria dos anciões e à continuidade do conhecimento ao longo das gerações. Por essa razão, eles acreditam que aqueles que vivem há mais tempo têm o dever de guiar os mais novos, o que levou a família a ser formada majoritariamente por elfos. Essa preferência é tão grande que, mesmo em pequenos acampamentos, a liderança da família sempre pertence a um elfo.

Essa visão gerontocrática moldou a cultura dos Morvaine, levando-os a enxergar raças de menor longevidade como menos sábias, pois não possuem tempo suficiente para acumular conhecimento como as demais. No entanto, eles não veem essas raças com desprezo, mas sim como parte da ordem natural do mundo. Para os Morvaine, as raças mais longevas têm a responsabilidade de governar sobre as que vivem menos, protegendo-as de decisões precipitadas que possam tomar devido sua inteligência inferior por não ter vivido tanto tempo. Assim, acreditam que aqueles que viveram por mais tempo são superiores pois acumularam mais inteligência e o discernimento em seus anos de vida, que são necessários para liderar.

Os Morvaine's também têm uma grande cultura de guerreiros, visto que suas armas são passadas de ancestrais para ancestrais. No entanto, essa tradição não se prende apenas a guerreiros, pois as armas dos usuários se transformam dependendo da linhagem deles. Por exemplo, uma família de ferreiros passaria para seus descendentes um martelo, mas, se essa família tomasse um caminho mais sombrio—enganando seus compradores, assassinando ou sabotando concorrentes—, a arma poderia mudar para uma adaga.

Com essas armas podendo tomar diversas formas, muitos seguem caminhos de ofícios mais comuns, como fazendeiros, ferreiros e até cozinheiros, ainda utilizando suas armas herdadas para conselhos. Um fazendeiro pode perguntar à sua foice qual a melhor estação para plantar algo, um ferreiro pode consultar seu martelo sobre o melhor metal para a confecção de uma espada, e um cozinheiro pode perguntar a sua faca qual a melhor carne para certo prato. Dizem que essas transformações chegam a ser tão extremas que há até uma lenda sobre um homem cuja arma se transformou em um pote de madeira, pois o tal era um sopeiro.