Pedreira Mata-fogo
História da Pedreira Mata-fogo
O Legado de Ferro e Pedra
A Pedreira Mata-fogo foi estabelecida no ano de 1875 em Solheimar, o nome "Mata-fogo" (ou ElDRSØK no dialeto local mais antigo) não vem de um incêndio, mas sim da capacidade da pedra ali extraída de suportar e isolar o calor extremo. Essa rocha (um tipo de granito ou gnaisse muito denso, comum em Serrafjord) era ideal para a construção de Lareiras Rúnicas (grandes fogões centrais) e, mais importante, para fornos de fundição de metais. Ela "mata" o fogo ao contê-lo perfeitamente.
A pedreira era a principal fonte da Pedra-Runar (ou Pedra-Mãe), uma pedra de cor avermelhada ou escura, famosa por sua dureza e por possuir veios de minério de ferro de altíssima qualidade incrustados naturalmente.
Antes do Clarão Verde, a Pedreira Mata-fogo era o coração econômico da região de Serrafjord. O produto mais valioso não era o ferro em si, mas sim os "Blocos de Ancoragem". Estes eram blocos perfeitamente cúbicos de Pedra-Runar, maciços e esculpidos para atuarem como contrapesos e pilares estruturais para os veículos de carga e transporte (como enormes caminhões mineradores) que navegavam as estradas sinuosas da Serrafjord.
O ambiente era um microcosmo da cultura de Solheimar. Os trabalhadores eram organizados em "Bandos" (HAKK-LAG), cada um competindo para atingir a maior produtividade, celebrando seus feitos com festas regadas a hidromel de cana-de-açúcar (um destilado local), os mineradores costumavam carregar a maior pepita que já encontraram como um colar. O trabalho era árduo, mas honrado.
Cinco anos antes do apocalipse, a Pedreira Mata-fogo começou a enfrentar problemas que foram ignorados. Para manter a produção da Pedra-Runar, os mineiros tiveram que cavar muito mais fundo do que o usual, criando uma vasta rede de túneis e galerias sob a Serrafjord. Há 10 anos, uma nova camada de minério foi descoberta. Embora fosse rica em ferro, a pedra tinha uma tonalidade estranha, esverdeada (talvez com sulfeto de ferro). Embora alertados por geólogos, os capatazes ordenaram a extração. O minério não era estável; a poeira verde causava doenças respiratórias graves e, diziam os mineiros, "mexia com a mente" dos mais jovens, tornando-os irritadiços e paranoicos.
Meses antes do Clarão, um desabamento catastrófico revelou um Vazio (uma caverna natural ou abismo) subterrâneo de tamanho impossível. Os mineiros relataram que a caverna estava silenciosa demais, e tinha um cheiro de ozônio e algo metálico e podre. A Pedreira foi selada e encobriu o acidente para evitar pânico e multas.
No dia do apocalipse, a Pedreira Mata-fogo estava em plena atividade. O Clarão Verde não apenas varreu a superfície, mas também desceu pelos buracos de ventilação e elevadores. Acredita-se que o Clarão tenha reagido violentamente com o "Ferreiro Verde" e, mais crucialmente, com o Vazio que havia sido selado. Os últimos registros de rádio da pedreira eram gritos, seguidos pelo som de pedras se quebrando de dentro para fora e, finalmente, um silêncio oco, como se toda a rocha tivesse sido esvaziada de sua densidade.
Hoje, a Pedreira Mata-fogo abriga um buraco silencioso nas colinas, uma porta de entrada potencial para o terror que se aninhou nas profundezas da Serrafjord.
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