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Tratado dos Espinhos

Nome do documento assinado entre os primeiros reinos de Samertia e os dragões anciões do domínio provisório de Ghartora pós Império de Ametista, instituindo o isolamento entre os dois continentes. Entre leis diversas, o tratado proibia qualquer organização ghartorana de interferir nos assuntos de Samertia, impunha muitas restrições e burocracia à presença de ghartoranos dentro dos reinos humanos, negava aos povos nortários o direito de criar comunidades próprias e, mais importante de tudo, limitou (e depois proibiu) a presença da igreja kranista e qualquer forma de culto ao deus dragão.

O Tratado dos Espinhos era largamente vantajoso para os reinos de Samertia. Foi criado após as revoltas humanas que sucederam a Primeira Guerra da Queda. Com o Império de Ametista em ruínas, o exército imperial em fragalhos e as múltiplas lutas internas para estabelecer ordem e dominância depois da morte da Imperatriz, nem mesmo os poderosos dragões tinham como governar Ghartora e as colonias em Samertia ao mesmo tempo.

A lei do isolamento foi obedecida à risca. Insultados e fragilizados, os dragões do norte viraram as costas para a herética Samertia e lavaram as garras de qualquer responsabilidade para com suas colonias. Foram anos de prosperidade para os reinos humanos, embora também repletos de paranoia e intolerância.

Qualquer um visto como nortário era segregado, detestado e, em alguns reinos, expulso ou morto. É uma situação complicada quando mesmo os povos dentro dos reinos humanos eram compostos em grande parte de descendentes de colonistas. Os reinos mais tolerantes eram Gamestri e Elodia (reino cujo dois terços da população tinha ancestrais ghartoranos), enquanto Aynnir e Therann proibiam qualquer coisa que aludisse ao continente do norte. Colonias sobreviventes foram exterminadas ou anexadas aos reinos existentes e grande parte de sua população fugiu para os Dominios de Niethir ou para terras não colonizadas, que futuramente formariam os reinos de Ardenia, Harben, Ysov, entre outros.

Apesar de proveitoso para Samertia por algum tempo, a distancia entre seus reinos e Ghartora se provou uma desvantagem do ponto de vista comercial e até mesmo em questões de segurança. O tratado ruiu na época da invasão rhazenkah em Therann graças a esforços diplomáticos excepcionais do arquimago Turvak e da princesa Loranne, que apelaram a fé de Ederkran para lembrar os dragões de sua responsabilidade em deter o Adversário não importa onde ele apareça. Therannos e ghartoranos foram capazes de engolir seu orgulho e trabalhar juntos naquilo que foi lembrado como a Queda de Siains. Após esse marco histórico o Tratado foi abolido aos poucos, um reino de cada vez.

A tensão entre reinos samertios e os povos de Ghartora existe até hoje, de maneira mais sutil. A população comum mantém histórias sobre os tiranos do norte ou sobre os bárbaros do sul. Mesmo assim, o comércio é constante e todos os reinos fazem questão de manter seus diplomatas atualizados.

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