Prof. Elias Vorvat III
Elias Vorvat III nasceu em Finasterra, no seio de uma família que, apesar da sua riqueza e influência, era constantemente assombrada pelo peso do legado dos Vorvat. Cresceu rodeado por histórias de grandeza e sacrifício, muitas delas centradas no seu avô, Maximillian Ignatius Vorvat, o visionário fundador da Grand Vorvat Tekkō Daigaku. As histórias contadas pelos mais velhos da família pintavam Maximillian como um homem de um intelecto incomparável, mas também como alguém obcecado com a ideia de que o progresso tecnológico deveria servir a humanidade – e não as corporações.
Na infância, Elias teve acesso ao que poucas crianças poderiam imaginar: arquivos holográficos familiares, relatos de encontros secretos entre Maximillian e líderes de resistência tecnológica, e rumores sobre conflitos internos na família devido a acordos obscuros com os Rockefeller. A sua mente jovem ficou particularmente marcada por uma memória nebulosa: uma noite em que ouviu uma conversa entre o seu avò e um aliado corporativo, onde se mencionou algo chamado “ Evento da Singularidade Geral”. Embora fosse demasiado jovem para compreender, essa frase ficou consigo como um eco enigmático, aparecendo frequentemente nos seus pensamentos.
A adolescência de Elias foi dividida entre a exploração das histórias familiares e o estudo da tecnologia emergente. Fascinado pelas cúpulas espirais e portais monumentais da Grand Vorvat, decidiu dedicar a sua vida à preservação do legado académico da família. Contudo, a sua relação com o primo distante sempre foi sempre tensa. Elias sempre viu Largo como o oposto do ideal do avô: um homem que usa a tecnologia como um meio de poder, em vez de progresso. Largo, por sua vez, considerava Elias ingénuo e teimoso, mas respeitava a sua memória impecável das histórias antigas da família.
Hoje, aos 76 anos, Elias é um homem de intelecto refinado, mas fisicamente marcado pelos anos – recusou qualquer forma de longevidade artificial, algo que muitos consideram estranho num mundo dominado por corpos aperfeiçoados.
Elias sabe que Largo está numa demanda complexa e ambiciosa: algo relacionado com um projeto de controle absoluto sobre o tecido da realidade digital. Aparentemente, Largo procura aceder a fragmentos de conhecimento que o avô Maximillian deixou escondidos antes de morrer. Embora Elias não compreenda totalmente a natureza do projeto, sabe que envolve algo perigoso, potencialmente ligado a interfaces de manipulação de consciência coletiva e a um sistema chamado “Nexus Primordial”, uma ideia pioneira que Maximillian abandonou por considerar antiética.
Apesar de ter visto e ouvido coisas perturbadoras em jovem, Elias mantém-se numa posição neutra. Ele acredita que é o seu dever proteger o nome da família, mas não vê com bons olhos as ações de Largo. Contudo, Elias pode ser persuadido a partilhar fragmentos de informação com aqueles que provem ser dignos, especialmente se perceber que a busca dos heróis pode ser usada para conter as ambições de Largo.
Elias é meticuloso, reservado e profundamente ligado à história da sua família. Não se envolve em ações subversivas, mas é o tipo de pessoa que, quando pressionada, pode revelar peças fundamentais do enigma. Ele é um estudioso, não um revolucionário, mas possui uma sabedoria calma que o torna essencial para desvendar os mistérios à volta do Chefe e do legado Vorvat.

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