Cappadocius

Um homem com uma longa barba que emana algum tipo de brilho. Com uma presença luminosa e translúcida, ele veste uma túnica branca de monge e um sorriso beatífico, falando com uma voz forte, mas gentil. Enquanto ele parece estar sentado, indivíduos perceptivos notariam que ele na verdade flutua menos de uma polegada acima da cadeira.

Cappadocius foi gerado na Primeira Cidade, escolhido por seu intelecto e seu interesse em assuntos envolvendo a morte. Como fundador do clã dos Capadócios, alguns dos quais mais tarde seriam conhecidos como os Precursores do Ódio, ele sempre foi um místico e um sonhador, levando tanto à grandiosidade de seus planos quanto à profundidade de seus erros.   A maioria das pessoas assume que "Cappadocius" é um epíteto para seu ponto de origem (a região da Anatólia da Turquia) em vez de um nome pessoal: sempre que lhe perguntavam sobre suas origens, ele apenas dizia que era "da Capadócia". Os nomes da maioria da terceira geração estão perdidos na história, mas o nome de Cappadocius é desconhecido até mesmo para seus contemporâneos. Para ouvir os estudiosos da Capadócia contarem, o sacerdote que se tornaria Cappadocius escolheu abandonar seu nome original e adotar este antes mesmo de seu Abraço, e este é o único nome que ele ofereceu a Caim e à segunda geração. Alguns até dizem que Cappadocius não tem um nome verdadeiro porque ele próprio não o conhece mais!   Em seus dias como um sacerdote mortal e homem de fé, Cappadocius tinha suas próprias relações com os mortos, uma conversa aqui e ali com espíritos daqueles que se foram, e ele fez vários inimigos em seu tempo. Quando o Antediluviano morreu brevemente durante o Abraço, aqueles espíritos estavam esperando por ele nas terras Abaixo, e eles tentaram se agarrar a ele, para impedi-lo de retornar ao seu corpo quando a maldição de Caim se apoderou. Dizem que, até certo ponto, eles conseguiram.   Parte de Cappadocius nunca retornou do submundo. Muito de seu conhecimento e autoconsciência foram perdidos naquele Abraço defeituoso, e o ser que retornou não era exatamente aquele que começou a jornada. A própria alma de Cappadocius havia sido fragmentada, e é por isso que ele nutria tal fascínio pelos mortos: mesmo quando ele próprio não percebia, ele estava constantemente buscando as partes perdidas de si mesmo. Sua progênie especula que este Abraço defeituoso também é a razão da aparência mortal de Cappadocius; porque o espírito que retornou ao seu corpo estava incompleto, ele foi incapaz de evitar completamente a decadência do túmulo. Também pode ser a razão pela qual Augustus Giovanni não conseguiu devorar sua alma completamente, já que uma parte dela sempre esteve no Submundo.   De qualquer forma, Cappadocius passou a maior parte do tempo na Segunda Cidade buscando respostas para suas várias e diversas perguntas sobre a natureza da vida e da morte, estudando maneiras de questionar os espíritos e – em seu tempo livre – aconselhando os outros Cainitas sobre quaisquer assuntos sobre os quais eles escolhessem consultá-lo.   Cappadocius era excepcionalmente ativo para um Antediluviano; ele abraçou o Cristianismo (embora com seu próprio toque particular), e estava trabalhando ativamente com suas crias até sua morte final. Foi para sua própria ruína ordenar o Abraço de Augustus Giovanni, trazendo os Giovanni como uma linhagem dos Capadócios, e ignorando alegremente todas as evidências de que sua mais nova cria estava indo direto para sua garganta (embora seja muito provável que ele soubesse disso desde o início). Assim, em 4 de abril de 1444, Cappadocius foi voluntariamente diablerizado por sua cria, Augustus Giovanni.   Esse não foi o fim do antigo, no entanto, pois Augustus Giovanni não conseguiu absorver sua alma durante a diablerie. Algum tempo depois, informações foram trazidas à atenção dos Giovanni pelo Capuchinho. Acredita-se que contenha uma pequena quantidade do sangue e da alma de Cappadocius selados por Japheth e Constancia. O Capuchinho também lhe disse que ele estava escondido na biblioteca de Erciyes, mas foi perdido quando Cláudio Giovanni ordenou a queima do templo-fortaleza.   Alguns estudiosos acreditam que Cappadocius tem outro nome, o nome de Ashur. Outros até dizem que Ashur é o nome do pai de Cappadocius, embora nenhum Cainita de segunda geração exista em nenhum mito ou registro com esse nome. Ele realmente existiu?   Este é, de fato, o nome de Cappadocius? Se sim, é seu nome verdadeiro ou apenas outro pseudônimo que este mais enigmático dos antigos adquiriu ao longo do caminho? Ninguém pode dizer com certeza, é claro, mas vale a pena notar que em nenhum momento alguém ouviu o próprio Cappadocius fazer uso desse nome; sempre foi atribuído a ele por escrito por outros.   Também vale a pena notar que alguns creditam a um vampiro chamado Ashur a criação do depravado Baali. Se isso for verdade, isso tornaria os Capadócios e os Baali primos que compartilham o mesmo avô? Irmãos que compartilham o mesmo patriarca? Ou seus laços poderiam ser ainda mais próximos?   Nunca foi verificado que Ashur é Cappadocius, pois algumas teorias sustentam que Ashur pode ter sido Saulot ou um "outro" desconhecido.   Além de Ashur, Cappadocius também foi chamado ou referido como Abu Lazar, Sargon (supostamente o nome que ele usou em vida, como revelado em Dark Ages Clan Novel 3: Cappadocian) e Laodice (o pai de Byzar/Mahatma em Children of the Night). A escolha do nome Laodice é particularmente interessante, pois é um nome feminino, sugerindo que Cappadocius pode ter assumido diferentes formas, bem como diferentes nomes.   Anubis: sendo uma referência pelos Seguidores de Set.   Kizurra: um nome de uma cidade, Kisurra   Pisanob: sendo o nome da linhagem Pisanob