Capítulo 154: "Manual de Trabalho de Campo: estudando a política dos povos nativos"
- Uma Série de Reviravoltas e Eventos Imprevisíveis (ou muitos enredos e torções).
por Victor Begha
Noite de Vives e Letra (15 e 16) de Ax de 5.571
Após saírem do portal do Sino Perigotto, o grupo - Kite, Dwat, Dranosh, Historié, Cid e Cheese - identifique que estão em Rivolid, na região ao norte do Rio das Doze Horas. Sabendo que precisariam atravessar o oceano para retornar para Androsphera ou para o Terceiro Mundo, eles caminham por horas em direção ao Porto Morto, um ancoradouro pirata e também o porto mais próximo. Contudo, à medida que iam ao norte, Dwat e Historié tiveram um mau pressentimento sobre o local e então eles decidem desviar da rota e chegar na Cidadela do Vento do Norte, a princípio para descansar e comer. Após mais algumas horas eles chegam na cidadela, recebidos por vários guardas e habitantes de baixa estatura e narizes inusitadamente grandes.
O crocodilo Dranosh usa a pedra encantada que havia comprado em Mortórius que mostrava visões do futuro, olhando através dela para a lua e vendo uma grande criatura que violentamente devorava algo - um prenúncio do que ocorreria em breve. O grupo entra na "Hospedaria do Grande Narigudo", e além de descobrir que os habitantes da cidadela se interessavam principalmente que os visitantes gastassem todo seu dinheiro e saíssem logo, eles também ficam sabendo que o porto e a passagem na região era controlada pelo "grande "rei de Cardrid, próximo dali. Percebendo que esse seria o modo de eles irem embora, o grupo passa a noite na hospedaria e logo parte para a cidade de Cardrid, a fim de obter a permissão do rei e com isso conseguir um transporte para o outro lado do oceano.
Chegando lá um pouco antes do meio dia, e na frente do palácio havia uma grande multidão. Querendo descobrir o motivo da desordem, os seis também entram e se deparam com a cena do rei - um meio-goblin, extremamente obeso e corpulento - devorando uma vaca inteira e um grande banquete feito apenas para ele. Uma confusão se tratava da chegada de várias piratas e suas tripulações para falar com o rei - ele, chamado Teobald “Comendor” - já há algum tempo enviara piratas para procurar o grande tesouro do reino perdido de Comindor, (pois ele acreditava ter sangue comindoriano e que o tesouro era seu por direito). Desta vez, ele chamava os piratas mais influentes de Rivolid para uma apenas no dia seguinte, o vencedor seria o Pirata Oficial de Cardrid e comandaria o navio real, o “Braço Direito”.
Há um certo tempo, os ataques dos piratas tinham gerado ira nos reinos vizinhos e do outro lado do Oceano Perigotto, de modo que sugeriram aos La Villaça (donos de um grande arquipélago) um grande embargo comercial à Cardrid, que dependia do comércio para conseguir alimento e recursos. Por consequência, nenhum navio poderia ir para a região de Temperance (o grupo percebe que para poder voltar ao seu continente, essa situação teria que ser resolvida, de uma forma ou de outra). Historié é o primeiro a investigar e vai até a capitã Marzad Homestra, que conversava com o goblin Adebald, da corte real. Ela comenta que a confraria de Rivolid estava se aproveitando da ordem do rei Teobald para invadir e pilhar vilas em Temperance, sob a desculpa de estarem atrás do tesouro comindoriano. Tal situação estava causando instabilidade política na região, de modo que poderia gerar um embargo econômico ou até mesmo reanimar a guerra entre Temperance e Rivolid. Enquanto isso Kite e Dranosh expressam interesse em participar da competição pelo posto de pirata real, mas apenas piratas da confraria poderiam se candidatar.
Como é visto que os goblin velhos de Cardrid educaram o rei e são próximos dele, o grupo tenta inicialmente conseguir algo com eles. Dranosh tenta seguir o velho Narod, mas encontra com um guarda do palácio, que questiona o fato de ele estar seguindo o velho - o crocodilo tenta convencê-lo que não estava fazendo nada, mas o guarda simplesmente o dispensa e diz que suas escamas "seriam ótimas bolsas". Sentindo-se desrespeitado, o crocodilo sai dali, mas assim que o guarda termina seu turno Dranosh o segue - a fim de pegar o emblema real de sua armadura que poderia ser usado para conseguir permissão de passar pelo Porto Morto.
O guarda anda até um beco e conversa com outro goblin, sobre convencer o rei sobre a situação delicada em que se encontram e para que o guarda entregasse "algo" para o monarca. Dranosh tenta se esconder em um canto, mas o guarda o vê, toma sua espada e o interroga - o crocodilo tenta persuadir o guarda, mas este o ameaça com a espada - nesse momento, Dranosh rapidamente tira seu machado e decapita o soldado. Acoplando partes da armadura real à sua, ele pretendia usar isso como prova que estavam à serviço do rei no Porto. O crocodilo então tenta danificar o rosto do guarda para não deixar traços na cena, mas ao invés disso ele é surpreendido por um velho inimigo - o Cavaleiro Dydrake que surge novamente.
Não demora muito para que Kite, Dwat e Cid, que estavam na praça, ouvirem a batalha que logo seguiu entre o cavaleiro e o crocodilo, e eles correm para a cena. Historié, que foi até a taverna de Madame Rúbia, a qual veio de Nysir, logo também vai para lá. Quando chegam, Dydrake estava traçando uma runa em Dranosh com uma adaga de vidro negro, ferimento que nunca poderia cicatrizar. É necessário mais uma vez que todos se juntem para poder combater o cavaleiro - Historié ativa seu urso de pedra, que derruba Dydrake e possibilita que os outros, agindo em conjunto, consigam ferí-lo o suficiente para que desaparecesse. Após a sangrenta batalha, consta-se que o guarda morto tinha uma poção e uma carta, dizendo que esta deveria ser entregue ao rei como prova da lealdade dos goblin. Dois deles, Narod e Guido, observaram a cena e exigem que a poção e a carta fossem devolvidas.
Saindo dali, o grupo logo conclui a partir do que investigaram que só havia um modo de conseguirem ir embora - o rei, tolo e egoísta, estava focado demais em conseguir o tesouro de Comindor - os próprios animais de pedra que haviam encontrado. Eles decidem matar o rei para acabar com a proibição e poderem usar um navio. Dranosh passa para Historié um dos frascos de veneno que coletara da cobra gigante de Androsphera, para que envenenasse a comida do rei. Os outros deveriam causar uma distração para ajudar. Sugere-se que Cid criasse alguma tecnologia para apresentar ao rei e ganhar tempo; eles vão para a taverna de Madame Rúbia pois sabiam que ela também vendia objetos exóticos para que ele construísse algo.
Madame Rúbia fornece alguns objetos metálicos para Cid construir uma pequena engenhoca que "batia palmas", mas ela oferece algo a mais: um dente de ouro amaldiçoado. Aquele que o usasse como amuleto se transformaria totalmente em ouro assim que mordesse algo. Vendo isso como outra forma de assassinar o rei, eles compram o dente, sendo que Kite e Dwat realizam a fusão para entrar novamente no palácio e apresentá-lo "como um presente". Nesse momento, chega ali o capitão Galileu Rubord, que ouviu falar dos estrangeiros e ofereceu contratá-los para ajudar na competição do dia seguinte. Dranosh aceita a oferta para conseguir acesso ao navio do capitão e com isso obter outra possível distração ou, em último caso, uma fuga para o grupo.
Historié havia se infiltrado na cozinha, mas passava por dificuldades para envenenar a comida. Quando Cid e a fusão Dwat-Kite chegam ao palácio, o guarda na entrada dispensa a invenção do sucateiro, mas permite a entrada deles para presentear o rei com o dente de ouro, o qual dizem ser um tesouro de Comindor. Eles dizem ao rei que tudo que ele mordesse enquanto usava o amuleto viraria ouro - mas o efeito era o contrário; o rei pega o dente apesar dos avisos de seus goblins, e com a próxima mordida de seu grotesco banquete, ele torna-se ouro sólido. Porém, não acaba ali: o goblin Guido chega com a poção vista no beco, e com ela retorna o rei à vida. Começa então uma grande perseguição pelos assassinos. Dwat-Kite voa pela janela com Cid. Ao mesmo tempo, Dranosh está no navio do capitão Galileu Rubord tentando ganhar tempo - ele convence o capitão a deixá-lo buscar o grupo, pois este na verdade pretendia matar o rei no dia seguinte e assumir o trono. Para isso o velho Cid seria incriminado e os outros deveriam ser mortos.
O crocodilo os encontra no caminho. Dwat-Kite continua voando, e Dranosh leva Cid para o navio, onde conta para Galileu que alguém tentara matar o rei e a cidade estava em desordem. O capitão vê nisso uma oportunidade de ganhar fama e proximidade do rei antes de ele próprio assassiná-lo, e vai até o palácio. Com isso Dranosh leva Cid para o navio, onde convence o imediato a voar com a embarcação até o centro da cidade, onde eles "encontrariam o capitão após este conversar com o rei" - na realidade possibilitando que o grupo fugisse com o navio.
O Capitão Galileu convence o rei a continuar com seu banquete e deixar que os guardas resolvam tudo. Historié usa o momento para envenenar a comida. Ao mesmo tempo Cid e Dranosh estão descendo do navio e indo até o palácio, acompanhados do outro pirata, o capitão Giordano Albard aliado de capitão Rubord. O almoço é servido e logo o rei, no meio da conversa, cai inconsciente pelo veneno de Historié. Imediatamente, em questão de segundos ocorre uma série de ataques: um goblin corre para tratar do rei, mas é atacado por Galileu, que então é esfaqueado por Historié em retaliação, e então entram Cid, Dranosh e Giordano, que dá um tiro em um dos goblins e está prestes a atirar em Historié, quando é morto por Dranosh.
No fim, o rei não havia morrido, pois usava roupas mágicas que o protegeram do envenenamento. Os dois piratas traidores estavam ali mortos, mas o rei entra em desespero quando vê o corpo do goblin Adebald, que havia o educado toda sua vida. Ele tenta de qualquer forma trazer o velho de volta, sem sucesso, até rezando para a guardiã da vida, Arádia. Historié, a fim de conseguir a aliança do rei e acalmá-lo, oferece um presente: o seu urso de pedra, uma das rochas mágicas de Comindor. O rei fica completamente maravilhado, soltando bruscamente o corpo de Adebald e tomando a rocha. Mas isso já estava feito quando finalmente surge a guardiã Arádia, atendendo o chamado para ressuscitar o goblin morto, mas ela nota o urso de pedra - e imediatamente fica furiosa e questiona como o haviam conseguido.
O rei aponta para Historié, e este equivocadamente diz que encontrou a pedra em um forte - Arádia se enfurece ainda mais, dizendo que se acharam a jóia em um forte, haviam violado o cofre de Androsphera... pronta para puní-lo, é impedida por Dranosh, que afirma que a pedra na verdade tinha sido encontrada em um farol, na floresta externa de Androsphera, e que ela podia verificar suas palavras. Com um feitiço ela vê que ele realmente falava a verdade, e que eles não tinham tirado as jóias do cofre de Androsphera. Mas ela constata que, apesar disso, só podiam ter sido eles que estiveram em Androsphera e foram expulsos por Sucelitta. Ele deixa uma última ameaça: eles nunca mais deveriam entrar em Androsphera, pois violariam a lei dos Guardiões e desta vez, seriam mandados para Kotashtar para serem mortos nas mãos dos Cavaleiros.
No fim, quando a guardiã sai, Dranosh, Cid e Historié persuadem o rei a fornecer um modo de atravessar o oceano, em agradecimento por salvarem sua vida dos piratas. Ele, que já estava mais concentrado na sua comida novamente, diz que poderiam ficar com o navio de Galileu Rubord que agora flutuava fora do palácio. Os três saem com o goblin Adebald (este, ainda furioso pelo que fizeram contra o rei, ele mesmo e seus irmãos), resolve se vingar da tripulação e, apesar de pedidos do grupo para que não o fizesse, mata a maioria dos marujos ao magicamente jogá-los para longe, caindo para suas mortes. Dwat e Kite, que haviam voado para longe e separado sua fusão, usam o cajado celestino para provocar a transcendência das almas dos mortos. Com o navio praticamente vazio, Dranosh, Historié, Cid e Cheese sobem e direcionam o barco para encontrar com os irmãos.
Aparentemente, porém, o goblin não matou pelo menos dois dos marujos: eles perguntam o que aconteceu com o capitão, e descobrindo que havia morrido, pulam com alegria - toda a tripulação estava sendo controlada por colares escravistas, e eles agora estavam livres. Dentro do navio haviam também três prisioneiros que faziam parte de tripulação e haviam se rebelado anteriormente. Dranosh toma o leme do navio e eles logo encontram Dwat e Kite longe da cidade.
Agora com seu próprio barco e a possibilidade de atravessar o Oceano Perigotto, o grupo vê que o navio estava com pouco combustível e não poderia voar por muito mais tempo: é necessário que eles desçam até o mar e viajem pela água até o porto La Villaça para reabastecer. Passam-se várias horas de viagem; Historié troca a bandeira do capitão Galileu por uma bandeira branca, e Dranosh assume o comando do navio. Quando aportam na ilha controlada pelos La Villaça, Dwat e Kite percebem que não tinham investigado o quarto do capitão. Eles se surpreendem quando encontram uma jovem mulher com orelhas e cauda de gato acorrentada ali.
Ela se apresenta como Felicity e não revela muito sobre si, pedindo que a libertem. Os irmãos não conseguem quebrar a corrente, pois há algum encantamento sobre ela; os outros logo chegam e procuram a chave no quarto, e acham um baú marcado como "chave do demônio". Dentro há uma pequena pérola com um encaixe estranho, que combinava perfeitamente com outra pérola que Cid achou no corpo de Galileu. Duvidosos, eles questionam a mulher, que ainda não diz nada além de que foi capturada há pouco tempo e que "era experiente com contratos e acordos" - o fato de relacionarem essa característica com a cavaleira Gerardra, e o rótulo de "chave do demônio" não traz muita confiança ao grupo sobre quem realmente é essa garota.
Tendo agora um navio - rebatizado de "Glutão de Ouro", em referência ao volumoso rei - uma pequena tripulação e ainda essa figura misteriosa, o futuro é incerto: libertarão Felicity ou não? Retornarão a Federard com suas novas descobertas? Voltarão a Androsphera apesar das lâmpadas dos Guardiões?
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