Capítulo 130: A Batalha do Reino dos Sete Palácios - os Colossos são Despertados

De Vives à Féli (5, 6 e madrugada de 7) de Vittan de 5.571

Após lutarem contra o Arquiduque no Sino da Cachoeira, na Floresta dos Espíritos do Oitavo Mundo, Ashter (Capitão General Prata), Kaeltas (Rei do Reino dos Sete Palácios), Léti (a rainha do laço), Sebastian (Capitão do “Domum Pupillus ”) E Einnar Sycamore (o mago élfico) acabam saindo no portal do Sino da Nevasca, no ponto mais extremo nordeste do Primeiro Mundo. Mestre Dratas e Raimond Stonebridge foram transportados para outro sino, ainda desconhecido pela equipe.

Na fronteira do Primeiro com o Segundo Mundo, eles deparam-se com os limites da grande e fria Floresta da Fria Esperança, habitada por dragões, trolls, draconatos e muitos outros seres místicos e desconhecidos. Ouvem filhos estranhos e arrepiantes vindo da Floresta, e ficam em dúvida sobre a real localização daquele lugar. Léti começa a se movimentar logo que ouve os filhos arrepiantes e acorda seu Capitão, Sebastian Saibros, que ainda estava ferido, porém, já mais recuperado. Em seguida o Capitão General Prata do Palácio Magno, Ashter, escala árvores para tentar encontrar referências ou caminhos. Avista apenas uma estrada que corta a floresta, sai dela e vai para um campo com muita neblina. Einnar e Kaeltas também buscam se localizar, verificando a saúde do grupo e marcas da paisagem. Após um pequeno debate decidir entrar na floresta,

Quando se aproximam, veem um Espírito da Natureza: o Dragão-Galhoso (Dracus herbomorfus) indo para o norte, o que lhes dá mais indícios sobre sua localização. Kaeltas usa o Amuleto das Almas Perdidas para invocar espíritos antigos da Floresta da Fria Esperança. Ele tem sucesso e invoca o espírito do Dragão de Mármore, que mostra a direção correta do Reino. O item mágico suga a energia de Kaeltas, que desmaia e está carregado por Sebastian Saibros, que já havia se recuperado.

O grupo caminha por horas até chegar a tribo de Trolls, que evitam contornando-a pela mata do norte. Einnar cria uma densa neblina que os encobre e toma conta da floresta, impedindo que sejam avistados. Porém, quando “Folha d'Ouro”, um cão dos trolls, começa a latir, eles quase são descobertos. O grupo com medo da reação dos guerreiros da tribo, mata “Folha d'Ouro” e seu dono, e continua correndo pela floresta em direção ao Oeste.

Kaeltas recobra sua consciência quando o grupo chega até Árvore Joia, uma Acácia Negra. A árvore que dá joias, metais preciosos e itens preciosos causou discórdia: Sebastian alegava que colher as partes da árvore, principalmente para realização de ritos e como pagamento por seu barco destruído. Ao contrário, Kaeltas alegava que a árvore era sagrada aos trolls da região e a várias espécies, e impediu, como rei, que Sebastian levasse qualquer coisa dali. Após o atrito, os trolls chegaram à Árvore. O grupo se esconde, e vê os trolls coletando galhos e folhas caídas, fazendo a manutenção da árvore e levando suas riquezas (que estava no chão) embora. Kaeltas se surpreende, e após a partida do grupo de nativos, os viajantes seguem pela trifurcação em direção ao sul, para o Palácio dos Diamantes.

Anoitece, e o grupo caminha por muitas horas, chegando ao belo Palácio dos Diamantes apenas em horário avançado. São recebidos pelo Mordomo Goalbos Sebalte, Kaeltas usa sua influência e autoridade, e todos recebem quartos para pernoitar, ambientes muito luxuosos e esculpidos em puro diamante, como todo o Palácio cravejado de joias. Conhecem alguns habitantes do palácio, como a Estátua Margarida, da Sala de Jantar, Padresh e Aquidabal, Magos reais da Biblioteca, a governanta Kargaerth Nurgaz e o poderoso e reservado rei-dragão do Palácio dos Diamantes, o dragão Korkron.

O grupo come e dorme até recuperar suas energias completamente. Acordam na manhã seguinte para uma audiência com o Rei Korkron, que os trata de forma fria. Embora disponibilizasse todo seu Palácio, Korkron não previa ajuda no que se referia a qualquer questão externa a seus domínios. Todos então foram para a biblioteca, para uma reunião estratégica para decidir o que fariam dali em diante. Padresh e Aquidabal fornecem documentos e informações sobre magia, runas, mapas, feitiços e etc. enquanto o grupo tentava se planejar.

Einnar usa a runa de Carter para tentar contatá-lo. Ele consegue, e descobre que Carter foi capturado pelos Tieflings do Arquiduque, sendo levado para o Acampamento onde estavam no dia anterior. Carter conta que seu pai, Chris, está morto, e que o Arquiduque estava usando toda a magia disponível para reconstruir o sino e rastrear o grupo, para recuperar o amuleto. Antes de ser interrompido pelos seus guardas, o garoto contou que era provável que o Arquiduque fosse atrás de Luri assim que retirasse dele sua alma ou memórias. O contato foi perdido e Carter passou a ser incomunicável. Einnar repassou ao grupo algumas das informações sobre a terrível conversa que tivera com Carter de Lach’iel, provavelmente, a última.

Enquanto o grupo conversava sobre o que o Arquiduque faria a partir dali, Padresh percebeu que Léti estava entediada, e resolveu dar-lhe um presente. Entregou para ela uma adaga estranha, e disse que se ela entregasse a adaga de volta, poderia receber um presente mágico. Ela o fez, mas o que ele não contou é que o efeito da adaga era aleatório: quem a dava poderia receber uma graça ou virar um dragão, e de fato foi isso que começou a acontecer com Léti. Suas mãos se tornaram escamosas e suas unhas cresceram, de modo que ela ficou irada e horrorizada ao mesmo tempo com o jovem mago.

Associando as informações que conseguiram, o grupo percebe que logo as forças do Arquiduque usariam o sino para chegar até o Reino dos Sete Palácios, atrás do Amuleto das Almas Perdidas. Tensos, eles cogitam a hipótese de fugir, mas além de não terem certeza de serem seguidos ou não, de qualquer modo o Arquiduque viria até o reino, e a ausência do grupo poderia complicar ainda mais a batalha. Nenhuma solução é encontrada, já que o confronto acabaria sendo inevitável.

Sebastian comenta sobre a lenda da Hidra de Ravujemp, uma criatura gigante que vivia nos limites da Floresta da Fria Esperança. Ele sugere que o grupo atraia o arquiduque para a toca da fera, e deixe o monstro devorá-lo de uma vez por todas. Quando Kaeltas questiona como fariam para atraí-lo Aquidabal comenta sobre o Rito do Pacto Dracônico, onde cada membro do grupo conseguiria um dragão, de modo que poderiam voar até a Fenda de Ravujemp. Ainda duvidoso, o Rei Kaeltas ordena à Goalbos que chame o “Emissário do Triunfo”, barco da Realeza, para que os transportassem até o Palácio dos Dragões, onde fariam o Rito. Aquidabal dá uma poção das Vicissitudes para Léti, que volta ao estado original.

Durante a tarde, o grupo voa até o Palácio dos Dragões, onde a barda Liriana Flamade os recebeu e os instruiu sobre como executar o Ritual. O rei Kaeltas alegou que o Cap. Sebastian não poderia fazer o rito, e por isso, o capitão voltou para o “Emissário do Triunfo”, onde ficou conversando com a tripulação. Enquanto isso, Liriana entregava poções dracófonas para todos, e ensinava que deveriam escolher e tocar uma música, para conquistar uma espécie específica de dragão. Cada um, em sua vez, tocaria uma canção no domo dos dragões, e se a canção agradasse, o rito poderia ser feito. Do contrário, o executor seria devorado impiedosa e rapidamente. Apesar do risco, a jovem tentava incentivar o grupo e parecia muito confiante.

Um após o outro, os membros do grupo executaram o rito. Kaeltas foi o primeiro, e por ser vizir dos dragões, conseguiu aliar-se a um grande e poderoso dragão negro, Darmani. Léti faz amizade com uma dragonesa vermelha, Claudia. Einnar cantou uma melodia suave e conquistou o dragão oriental wyrm Arirang. O Capitão Prata Ashter conseguiu vincular-se a um casal de dragões brancos: Tidus e Yuna. Após associarem-se aos dragões, perceberam que podiam conversar com eles apenas através da mente enquanto os tocavam, e iniciaram um grande voo de reconhecimento. Todos decolaram e voaram sobre a planície, avistando Sebastian no barco e os montes dracônicos por todos os lados. Viram o rio Dracade, que atravessa o reino e cai na Fenda dos Bruxos, e viram o sol se por, no fim da tarde, enquanto voavam. Porém rapidamente a alegria acabou.

Do norte, usando o Feitiço da Nuvem Voadora (só que numa versão muito escura e trevosa), o Arquiduque avançava na direção do grupo, muito provavelmente para reaver o Amuleto das Almas Perdidas. O grupo percebe que não haveria tempo para voarem até a distante fenda de Ravujemp, e que a batalha aconteceria ali naqueles campos, entre as montanhas dracônicas e os Palácios. O arquiduque logo mostra que não está para brincadeira: exibe seu baralho mágico e começa a usar suas cartas.

Einnar e Arirang agem rápido: o dragão lança seu poderoso fogo esverdeado sobre o cartomante, que é atingido em cheio. O feitiço da nuvem se desfaz e ele começa a cair do alto do céu em direção ao rio Dracade. Porém, ele inclina seu corpo e se joga sobre um monte específico, onde estava esculpido o Colosso do Mago. Em questão de alguns minutos, o Arquiduque ativara a estátua e recomeçara seu ritual, agora comandando o Colosso do Mago contra os dragões.

A batalha que se seguiu foi extensa e violenta. O cartomante usou suas cartas mais cruéis e perturbadoras, matou Arirang, Darmani e Tidus. Claudia teve sua calda quebrada, e Yuna também foi atingida, mas sem gravidade. Raios de energia, de luz, de morte, saíram do grande colosso. O inimigo ainda usou a carta “Moundo” para espalhar seu poder por todo o reino, e o resultado foi devastador: todos os colossos foram ativados e começaram a atacar os sete palácios. A força e o poder da magia do Arquiduque assustaram a todos, que perceberam o aumento contínuo de suas habilidades. O grupo gasta todo seu arsenal, mas não consegue derrubar o colosso. Ashter e Léti voam em Yuna para a cabeça do colosso, e conseguem entrar. Einnar acaba caindo ao lado do corpo de Arirang, usa o poder do Amuleto das Almas Perdidas para se salvar e retornar ao seu corpo sem morrer. Kaeltas salva Léti, que quase caíra de grande altura. Ashter, Léti e Kaeltas conseguem entrar pelos olhos do grande mago, e encontram a sala por onde o inimigo estava dissipando sua magia e aterrorizando o povo heptapalaciano.

A luta dentro da cabeça do Colosso do Mago seguiu madrugada adentro e foi intensa. Ashter, Kaeltas Dracade e Léti tentam atingir o Arquiduque de todas as maneiras, atirando todas as armas, flechas e itens que ainda possuíam, tentando imobilizá-lo com sopros de gelo ou cordas. Tudo isso falha, pois o vilão ativava carta por carta, anulando cada movimento e desgastando o já cansado grupo. Léti então resolve se arriscar: ela desvia dos efeitos mágicos das cartas (il baggato, la rotta, la luna, il sol) e apenas com seu punhal, avança sobre o cartomante. Ela fecha os olhos e sai correndo, mirando na luz intensa que emanava do inimigo. Qual ela abre vagarosamente suas pálpebras, vê sua adaga ensanguentada: ela havia acertado o Arquiduque no coração. Imediatamente, todas as cartas tiveram seus efeitos suspensos e as magias foram anuladas.

Para irritação do grupo, o Arquiduque revelou-se como um clone: ao morrer, virou um boneco de argila ensanguentado, com fios de cabelo enrolados e sinais de magia negra. O Colosso que estava se movimentando teve seu corpo paralisado, porém por inércia, começou a desabar para dentro da Fenda do Povo Bruxo, um abismo profundo e sem luz, onde reza a lenda, existe um rio de lava no fundo.

Ashter e Kaeltas tentam encontrar o caminho da cabeça do colosso, mas não conseguir: o grupo fica preso dentro da estatura, com uma única abertura voltada para o abismo. Einnar, que assistia de longe o colosso desabar, invoca o espírito de Arirang para tentar segurar o monte, mas não obteve sucesso graças ao desgaste da luta. Quando tudo parecia perdido, o “Emissário do Triunfo” parece, mergulha sob uma queda em queda, e Sebastian Saibros aparece chamando todos para dentro do barco. Kaeltas agarra Léti e Ashter e voa, justo quando o barco saia do caminho dos escombros do Colosso, que desabava dentro da Fenda Bruxa.

Como o grupo vai lidar com a morte de seus dragões? O Arquiduque e Kotashtar desistirão do Amuleto? Onde foram parar Dratas e Raimond? Einnar, Yuna e Claudia serão resgatados?