Capítulo 116: Fogo Branco e Sangue Carmim

Letra e Féli (26 e 27) de Callero de 5.571

Após conseguirem fugir pela parte externa, Talos V, a princesa Vilda, Kaeltas Dracade, Raimond Stonebridge e o mercenário Dratas escalavam a Torre de Artavask por entre gárgulas e janelas para chegar ao solo. Em meio a esta fuga, soldados vasculhavam o interior da torre e periodicamente, criaturas das trevas voadoras vigiavam os céus.

Durante a descida, o grupo é identificado através de um vitral. Eles acabam caindo numa sacada e os guardas os capturam, sob ordem d'Ela. Vilda e Talos V são levados para a cela 18, e Raimond, Dratas e Kaeltas para 13. Na cela 18 os dois procuraram Fravin de Hyarith e seu ganso prateado Zulin de Nyunth. Já o trio procurando um encapuzado e um esqueleto de tiefling.

Enquanto Dratas estava desacordado por ter sido agredido na captura, Kaeltas e Raimond conversam com o encapuzado, que conta que as portas se movem com o poder de manipulação de ossos contaminados e que sua tribo foi presa acusada de traição. Conta que é possível ter uma audiência de julgamento com Ela, mas que é muito difícil ser inocentado.

Já Fravin mostra-se uma maga recém-formada de Rudrin, que estava viajando e foi capturada. Ela e sua ave estavam presas ali há dez dias, e por isso conseguiram descobrir algumas coisas, como a existência de túneis subterrâneos que ligam Kotashtar ao Mundo Primeiro. Ela ensinou Runas de Contenção de Maldição para Vilda se proteger, e falou sobre os ossos que estavam usados nas portas para movê-las. Também comentou sobre as torturas que eram feitas nos prisioneiros, as quais ela já foi submetida algumas vezes:

"Eu estava na estrada de Hyalin, perto da Mansão Negra, estava viajando para comprar ingredientes mágicos e para pegar ervas no planalto proibido. Fomos atacados durante o anoitecer, mataram o meu cavalo e me trouxeram para cá. Já me torturaram algumas vezes. Eu não sei como eles pegaram vocês, mas estamos correndo perigo grave. Todos os dias são preenchidos por gritos de desespero e horror dos prisioneiros, alguns aparentam estar aqui há dezenas de anos! Mas não podemos desistir, temos que voltar e avisar às autoridades do Palácio Magno para que se prepare para esta batalha que se aproxima! Temos que avisar ao Rei sobre tudo isso para que eles mobilizem moldes para lutar contra estes seres, tenho provas irrefutáveis, como uma bandeirola que arranquei de um uniforme de soldado e um punhal com brasão desta torre !!!

Há um jeito de sair daqui. Túneis subterrâneos distribuem produtos roubados de outros mundos para as torres de Devion. É preciso descer um pouco mais e encontrar músicas que não atraídas sendo usados. Alguns deles vão acabar em fortalezas abandonadas, poços e outros lugares. "

Ambos os grupos tentaram buscar formas de escapar, mas não obtiveram sucesso. Eles passaram horas presos até começarem a elaborar planos para quando a comida fosse entregue. Um guarda traria a comida e possibilitaria uma fuga. O encapuzado conselha Kaeltas a tentar ouvir uma audiência e Stonebridge a subir nos cabelos negros dos incubus. Já Fravin diz que Talos V e Vilda explorou formas de fugir se foram chamados para uma tortura.

Quando a comida chega, Kaeltas inicia o plano, e consegue persuadir o íncubus guarda a leva-lo até Ela. Stonebridge se esconde na cabeleira do monstro com sucesso furtivamente. O plano de Fravin fracassa porque ela é levada com Kaeltas para o encontro dela, deixando Zulin com um mapa da Fortaleza nas mãos de Vilda e Talos V.

Ela faz o ritual de roubo de poderes mágicos, e acaba matando Fravin. Essa cena foi assistida por Kaeltas e Raimond, que não interviram. Após terminar com Fravin, Ela mostra-se impaciente e impiedosa, e condena Kaeltas a prisão eterna. Durante o retorno, Raimond se esconde e assume a forma humana, fugindo do cárcere.

Ele ouve Omerin conversando com Ela sobre um homem, numa taverna no Terceiro Mundo, que citou um “menino” e um garoto “esqueleto”. Também falou sobre a captura do garoto “esqueleto” por uma confraria de Piratas no Mar do Lótus de Jade. Ela ordena que o garoto “esqueleto” seja trazido a ela imediatamente, pois mesmo sendo ex-namorado de Omerin, ele pagaria o preço pela sua traição.

Raimond resolve se esconder e entra acidentalmente no quarto de Shanuy. Ele encontra a Cavaleira em meio a vários cadáveres de ex-parceiros da criatura. Para sobreviver, finge ser um grande fã da mesma. Ela toca no humano, e contamina-o com seu toque mortal. Sem esperança de sobreviver, ele seduz a cavaleira e pede para ser transformado em um íncubus. Após ter seu ego inflado e ter sido provocada eroticamente, Shanuy atende ao pedido de Raimond, num ritual profano que dura cerca de três horas. A Cavaleira vampiriza Raimond e depois tem relações com ele, de modo a transformá-lo em um íncubo demoníaco.

Quando volta a si, Raimond recupera sua memória e decide salvar seus colegas. Ele finge que é um guarda, roubando a roupa de soldado de um cadáver de Shanuy. Depois, vai até a prisão e finge ser um guarda novato, e pede para levar comida aos prisioneiros. Ele usa seu corpo de íncubo e liberta Kaeltas, o Encapuzado (que carregou Dratas), Talos V e Vilda. O encapuzado insiste para que todos os presos daquela sessão sejam libertos, de modo a causar mais confusão e ter um efetivo para lutar pela fuga. Raimond percorre o corredor libertando todos os prisioneiros das celas, chamando-os para liberdade.

São encontrados dez prisioneiros, dentre eles, o Imperador Andore e um Eugi de Guardião, que não poderia ser quebrado com a força física. Raimond liberta Andore das algemas e então ele começa a abrir um túnel de fuga para todos usando o Eugi como fonte de magia. Os íncubus percebem toda a situação e a fuga que estava em andamento, e atacam os fugitivos. Kaeltas, Talos V e Vilda lutam para ganhar tempo, e Andore consegue abrir o túnel. Eles correm para se salvar, mas Talos V lembra que precisam recuperar seus itens. Andore abre um caminho para a sala dos armamentos, e Raimond consegue voar (usando suas novas asas) até lá e trazer os itens de todos em apenas uma viagem curta.

Dentro do túnel, todos correm por caminhos cavernosos e câmaras extensas. De repente, após um tremor de terra causado por vermes come-terra, surge Ela de dentro de uma trifurcação. Ela confronta Andore e o grupo, dizendo que não conseguiriam fugir. Ela então usa seu mais assustador poder: a Explosão das Almas, criando uma onde de fogo branco que engole o túnel e avança na direção do grupo. Andore tenta fechar o túnel, mas diante do desespero, Vilda toma o Eugi de Andore e tenta quebra-lo. A princesa falha e o Eugi rola em direção as chamas brancas. Quando Vilda tenta recuperá-lo, é pega pelo fogo branco e tem sua alma absorvida. Seu corpo cai desanimado no chão.

Talos V grita pela perda da filha, mas todos fogem agora que Andore estava sem poderes. Eles recuam pelo túnel enquanto Talos V pede para que invoquem um guardião para ajuda-los. Kaeltas tenta criar uma parede de gelo, mas gera apenas uma pequena película. Quando Talos V discursava, a película se rompe e as chamas avançaram, e engoliram também o rei. Seu corpo caiu desacordado e sua alma também foi absorvida.

Kaeltas emprestou seu colar mágico das Quatro Rochas e Andore recupera sua capacidade arcana, criando uma parede para bloquear as ondas de chamas. Ele começa a criar um túnel alternativo, para que todos pudessem seguir sem serem rastreados, até encontrarem outro túnel que estivesse vazio e saísse no Primeiro Mundo. Quando Andore perguntou quem eram os dois mortos, Kaeltas disse que eram nobres monarcas do Primeiro Mundo.

Quando Ela vai embora para continuar sua busca pelos fugitivos, Andore retorna para pegar o Eugi e os corpos de Talos V e Vilda, e leva-los embora. Ele promete homenageá-los pelo sacrifício, e entrega seus corpos aos sobreviventes. Assim, ele continua usando toda sua energia mágica e o amuleto de Kaeltas para abrir o caminho sob a terra e leva-los até o Norte / Noroeste do Primeiro Mundo, onde finalmente encontrariam liberdade e segurança. Eles caminham por 12h até serem vencidos pelo cansaço.