Capítulo 100 - O passado é encontrado para trás.
De Sunea (29 de Lucitta) a Cresta (3 de Calero) de 5.571
Mar de Zalor
Ivo, Chaya e Lora estão na Ilha de Eríon Thera, e chegar ao Lago Estrelado para poder mergulhar em Coroa de Fohrn em sua água mágica e restaurar seus poderes. Seus companheiros de exploração na Ilha, a entidade Malthus e os vinte piratas disponibilizados pela Capitã e Duquesa Okinami próximos perecido na noite anterior, devorados por wendigos. Eles então caminharam até não aguentarem mais e repousaram numa campina verde, de onde era possível avistar um enorme castelo abandonado. Sabiam agora que a Ilha não era desabitada, como diziam os relatos de Mestre Eríon.
Eles precisaram caminhar na direção norte durante todo o dia, fazendo pausas para descansar e comer. Ao chegarem aos pés da grande cordilheira do Vale do Vento, decidiram não entrar na caverna designada, pensando nas terríveis coisas que podem encontrar por lá. Continuaram caminhando até o sol se por, na direção nordeste, para entrar no Desfiladeiro pela Passagem entre as montanhas.
O vale estava completamente morto: sua terra escurecera e secara, como árvores perderam todas as folhas e os troncos pareciam incinerados. Não grama havia. Apenas rochas pequenas e fraturas, de coloração escura, por todo lado. Haviam também muitos cadáveres de animais e pessoas mortas, que provavelmente estavam ali há anos. Chaya decide usar seu metamorfismo em sombras para avançar pela planície sem ser detectada, portando consigo a Coroa Mágica.
Quando chega à beira do lago, percebe que este emana vida e energia, mas principalmente, que ele é o responsável pela senescência. O lago mata a ilha para manter a magia em suas águas, e Chaya ideal que, caso caísse na água, poderia ter sua vida consumida. Quando ela mergulhava a coroa no lago, esta se regenerou e recompôs, dando sinais de que seus poderes mágicos anteriores se reestabelecido. Ela também enche seu cantil com água mágica, que dizem ser curativa para fora do lago. Porém, quando Chaya virou para voltar para o Passagem Nordeste, os cadáveres ganharam vida e atacaram, atirando-a no lago.
Ivo Protenus usa um feitiço de levitação, de modo que ele e Lora correm sobre a multidão de cadáveres enfurecidos até o ponto onde Chaya caíra. Com Ivo impedido de usar feitiços, foi Lora quem usou a levitação corpórea para retirar a Coroa e Chaya da água. Porém, assim que a Coroa foi pega por Ivo, Lora se desequilibra e cai na água também. Ivo usa toda sua força para retirar as duas da água, atirando-as do lago para o meio da planície morta. Com isso, caiu de grande altura, se machucando gravemente.
Chaya e Lora recuperam suas energias rapidamente, já que fora do lago, a água mágica passava a ser curativa. Elas lutam e resgatam Ivo, e continuam lutando até conseguirem sair do Vale do Vento pela Passagem Nordeste. Ela restaura o corpo e a mente de Ivo com parte da água de seu cantil.
A Senescência sai do Vale lentamente e começa a perseguir o grupo através dos pântanos e campos. Eles correm madrugada adentro, passando por campos, ruínas e rochedos, até conseguirem grande vantagem espacial. Dormem nas proximidades do Grande Palácio Abandonado, onde dormiram no dia anterior.
Na manhã seguinte, percebem que as árvores da floresta próxima começavam a perder suas folhas, indicando que a Senescência estava chegando àquela região. Por isso, logo após o café, continuam caminhando em direção ao sul, até as proximidades do Rio Des Arts. Reencontram o acampamento destruído e tentaram investigar o local buscando algum vestígio de Malthus. Lora acabou se separando da dupla, e então eles abandonaram suas buscas para achar a garota.
Correram em direção a leste até reencontrarem o Chalé Abandonado no qual Ivo vira um demônio habitando seu interior. A porta estava arrombada, e o grito de Lora pode ser ouvido vindo de dentro do local. Quando adentram no espaço, viram a maga encolhida num canto, sentada no chão, e um temível Wendigo procurando-a pelo aposento. Chaya e Ivo iniciam uma batalha contra a criatura, mas ele acaba ferindo ambos gravemente. Ivo usa a água restante do cantil para curar Chaya e usa sua magia para que sua alma não se perdesse. A dupla consegue derrotar o Wendigo e salvar Lora, que transtornada, permanece muito triste e chocada.
Na praia, o bote que os trouxe para Eríon Thera desapareceu. O Leque da Imperatriz permanecia a alguns quilômetros da praia, então Ivo usa seu feitiço de andar sobre os ares para que todos possam caminhar até lá. Ao recebe-los e saber que todos morreram, a capitã até pensa em voltar para buscar seus corpos, mas Chaya explica que a ilha está sendo consumida pela Senescência, o que tornaria a tarefa muito insegura.
Ao anoitecer do dia 1 de Callero, o Leque da Imperatriz zarpava para Salut.
Durante a madrugada, uma tempestade gigantesca atingiu a rota do Leque. A Capitã e todos os marujos se esforçavam ao máximo para evitar prejuízos e sair da rota. Acordados pela tempestade, Chaya e Ivo foram os primeiros a perceber uma enorme serpente do mar envolvendo o navio. Alertava, a tripulação abriu fogo contra a criatura, que se envolvia como uma anaconda no barco de cinco mastros. Ivo usa seus mísseis mágicos contra a serpente, ferindo-a gravemente e fazendo-a recuar. Mas a criatura, antes de partir, esmaga o mago com seu peso. Chaya usa toda o resto de água mágica que possuía para impedir que Ivo morresse. Para segurança da viagem, Okinami decide ligar os motores do navio e voar acima das nuvens até Salut.
Em agradecimento, a Capitã Okinami transfere Chaya e Ivo (e inconvenientemente, Lora) para a Suíte da Imperatriz, um aposento de luxo onde a Imperatriz Allegra se instala quando viaja. Impressionados pela tecnologia (chuveiros e banheiras de água quente, abajures de luz elétrica, vitrola, etc), eles exploram o aposento e encontram um kit pessoal de poções da Imperatriz. Ivo decide que um frasco aleatório de cor azul não faria falta a monarca, e agrega-o para si.
Quando a capital de Salut já era avistada, a Capitã desferiu o aviso: depois que Ludovic pusesse a Coroa, ela deveria ser pega e imediatamente levada para a Imperatriz Allegra, que a fez com a Guardiã Yuka. O grupo resiste a tal ideia, mas Okinami explica que, caso houvesse resistência, o reino inteiro padeceria, pois a Imperatriz era impiedosa com ladrões e opositores. O Leque da Imperatriz aporta e a Capitã, Lora, Chaya e Ivo vão até a Sala do Trono.
Com a cidade repleta de guardas por todos os lados, Ludovic ditava ordens para conter o efeito da Senescência sobre o Palácio e as casas. Vigas de madeiras eram colocadas sob as paredes, mas pareciam pouco efetivas. A Rainha Antoniette usava a Cornucópia de Ériah para criar comida e restaurar plantações, mesmo que por tempo limitado. O Rei alegrou-se quando viu a coroa e rapidamente vestiu-a sobre sua cabeça. Em poucos segundo, uma onda de energia mágica se espalhou por todo o Reino de Salut, restaurando tudo a seu estado original, devolvendo vida às plantas, firmeza e consistências às construções, e restaurando o que estava degradado.
Então a Cap. Okinami intimou Ludovic a devolver a Coroa roubada. Ele a ameaçou, dizendo que agora seu exército poderia fragmentar seu amado navio e prendê-la em suas masmorras. Mestre Eríon, que veio ver a coroa restaurada, reconhece Okinami, e todos descobrem que um dia, Eríon já estivera no Quinto Moundo, nas terras da Imperatriz. Diplomaticamente, ele pede mais tempo, até o por do sol, para que o rei possa considerar sobre a devolução da coroa. Devido a amizade que possuía com o velho mago, a capitã decide voltar ao navio e aguardar uma resposta.
Lora e Lenna se reencontram e conversam animosamente sobre as aventuras que viveram durante a separação temporária. Eríon leva as duas para a biblioteca, e é seguido por Chaya e Ivo. O grupo então reencontra Luri, o garoto capaz de retirar os espíritos dos seres vivos. Eles todos demonstram preocupação com o futuro do reino diante da arrogância de Ludovic, e tentaram criar vários planos para devolver a coroa ou quem sabe, matar a capitã Okinami. Decidiram então que roubar a coroa seria a melhor forma de garantir a paz, mesmo que a própria coroa tivesse esse poder (se Ludovic atacasse o navio da Capitã, a magia da Coroa não impediria um contra ataque).
Quando o grupo vai consultar o rei sobre a decisão, logo após o almoço, Ludovic convocava todo seu exército para preparar flechas flamejantes e atirar sobre o Leque da Imperatriz, do alto das muralhas da cidade. Eríon explica para Ivo que o poder do Leque era muito maior do que imaginava o Rei, e seus canhões poderiam destruir a cidade inteira rapidamente. O monarca sobe até o alto da cúpula palacial com sua guarda pessoal, e preparavam flechas de fogo.
Quando o anoitecer chega, mestre Eríon sobe até o encontro de Ludovic, na torre mais alta do Reino. Usando uma poção de camuflagem, Ivo segue Eríon, para protegê-lo e tentar roubar a coroa. Com o tempo se esgotando, começa uma agitação no Leque da Imperatriz. O velho sábio tenta convencer Ludovic, mas este se irrita e tenta mata-lo. Ivo tenta salvar Eríon e sem querer, lança-o na direção do mar.
Para a surpresa de todos, o Leque da Imperatriz na altura da torre, e Eríon cai no convés. É socorrido pela Capitã Okinami, que raivosa, ordena que se atirem na torre onde estava o Rei. Ivo usa seus feitiços mais uma vez e tira a coroa de Ludovic, e a atira no navio. Ludovic, pensando estar sendo assombrado, foge do alto da torre quando os canhões começam a destruí-la. Durante as explosões o cajado de Ivo cai da torre e se parte ao meio. Dezenas de soldados morrem e a torre começa a desabar. Ivo se joga da torre e projeta sua alma para fora do corpo, conforme aprendera nos livros. Seu corpo cai no pátio de entrada do Palácio, e ele flutua até a biblioteca.
Chaya, que estava batalhando durante a situação, alerta Panello, Lora, Lenna e Luri que todos deveriam partir imediatamente. Eles saem da biblioteca logo que a torre desaba, e Chaya carrega os restos mortais de Ivo. Ludovic, que sobrevivera, ordena que os guardas restantes prendam o grupo, por traição, e ordena também que todos atacam o navio da Capitã Okinami.
Uma correria começa e Chaya lidera o grupo para a saída da Capital. O Navio de Okinami preparava-se para partir, já que esta já tinha a coroa que veio buscar. Próximos ao portão do Palácio o grupo é cercado por guardas. Carter, o protetor de Luri, aparece em sua forma demoníaca, incendeia os guardas e abre caminho. Eles avançam até a Cidadela, onde são novamente cercados, desta vez por uma centena de guardas. Quando tudo parecia perdido, o Pizzaiolo abre a porta de seu estabelecimento e lhes oferece abrigo.
Eles trancam a porta com mesas e cadeiras, e Lora vê o navio da Capitã Okinami pela janela. Ivo, em sua forma astral, explica que mestre Eríon garantiria que todos pudessem subir a bordo. Carter pega Luri, Panello e Lenna, e os leva voando até o navio. Lora faz o feitiço de andar nos ares, que aprendera com Ivo, e ela e o pizzaiolo saem correndo pelo penhasco na direção do barco. Todos chegam a salvo.
Chaya usa sua máscara de corvo para voar e tenta carregar os restos mortais de Ivo até o navio, mas quando os guardas atiram flechas de fogo, eles caem no mar. Chaya ainda pede a Carter que este tente recuperar o cadáver do amigo, mas este quase fica para trás do navio, conseguindo trazer apenas a túnica de Ivo, que agora os seguia como um espírito.
Assim, como Magas Lenna e Lora, seu Mestre Eríon, Luri e Carter, Chaya e Panello, e o Fantasma Ivo, viajavam para a Cidade das Cachoeiras, capital do Império de Allegra, para onde levarão a Coroa de Fohrn e iniciarão uma nova vida, longe das maldades e corrupções de Ludovic e Antoniette.
Comments