A Capitã do Cisne Dourado, Carmelitta de Laquilla
A Capitã Pirata do Cisne Dourado, Carmelitta de Laquilla, é uma grande aliada dos viajantes do Primeiro Mundo. Conhecida por sua energia e personalidade forte, Carmelitta já desenvolveu amizades por vários mundos de Kereato, e é a única pirata titular viva após a Guerra Nova que já visitou os Impérios de Andore, Allegra, Temperance, Rivolid, o Arquipélago de Dratas e as geleiras de Alindela.
Nascida da luxuosa família de nobres piratas descendentes de sereias, seus antepassados são há muito governantes da cidade portuária de Laquilla. Carmelitta cresceu em meio às artes e aos requintes da boa vida da corte pirata. Seus pais, Cornélio e Lucille de Laquilla, investiram muito dinheiro em sua educação, sendo que esta chegou a estudar alguns anos em Rudrin, sem avançar nos estudos. Voltou-se para os estudos navais e da Geografia de Kereato, tornando-se experiente com a Cartografia humana e navegação aérea. Fortaleceu sua imensa curiosidade a respeito dos outros continentes, decida cada vez mais a visitar as terras não mapeadas.
Quando atingiu dezesseis anos, após uma briga séria com seus pais, fugiu de casa em um barco emprestado, decida a abandonar tudo e seguir a vida da pirataria. Conseguiu com a ajuda de seus parentes piratas (Bellaquas, Gedaquas e Hidraquas) um barco e uma tripulação pequena e leal. Sua viagem partiu em direção ao Segundo Mundo, e a rota traçada costeou os reinos de Al’Erhar, Mar do Lazúli Cristalino, Reino das Ilhas Orientais, Armenincus e Yudá, limites do mundo permitido.
Na época, Yudá era governada pelo Rei Kogarashi Yuko, que travava muitas batalhas contra a Cavaleira Bruxa das Serpentes-do-Mar. Durante um dos triunfos de Yuko, a jovem Carmelitta e sua tripulação participaram da batalha contra a Bruxa, enfrentando e derrotando serpentes marítimas. Seu navio, na época “Cisne Branco”, avançou para o Mar do Lótus de Jade Oriental, rompendo o bloqueio de monstros do mar que a cavaleira impusera.
Após conhecer Rivolid e Temperance, Carmelitta cruzou o Canal Gargundér, atravessando o Oceano Perigotto até as portas do Thertio Moundo, na cidade portuária de Delear. Lá, conheceu o célebre Capitão Silarin de Delear, a quem rejeitou por achar que ele “parecia meio endemoniado”. A partir daí, seguiu pelo Arquipélago dos Magos Alquimistas até a Cidadela dos Nobres, onde fica o Palácio do Imperador Andore.
Durante sua passagem pelo Thertio Moundo, conhece Ada Lovelace. Anos depois, quando retorna para fazer comércio com o Imperador Andore, acaba ajudando Ada e Everardo La Villaça a fugirem para o Primeiro Moundo. É graças a Carmelitta que a Ada e Everardo foram trazidos para a região da Costa Dourada, onde puderam fortalecer suas amizades.
Do Terceiro Moundo, seguiu para o sul, pelo Oceano Aqualídamo, percorrendo a Costa Sudeste do Quinto Moundo, ou as Terras da Encantriz Allegra. Sua passagem pelas terras da Imperatriz ou Encantriz não costumam ser relatadas, pois Carmelitta alega respeitar muito a monarca e preservar sua vontade: “-Devemos proteger o que ela está fazendo lá. E se para isso ela quer sigilo, então não vai ser eu que sairei espalhando seus segredos aos quatros ventos”.
Quando chegou a Nysyr, se impressionou muito com as paisagens exuberantes e a ótima relação que os humanos e seres mágicos tinham entre si. Lá permaneceram alguns meses, conhecendo e visitando aldeias, cidades e a capital. Sua tripulação foi atacada pela feiticeira Yurucuacuabaka, (a mesma que criou o livro que enviou Nazyra para o Primeiro Mundo) que controlava sobreviventes do povo de Callencis para tentar fugir do continente em sua embarcação. Após lutar e vencer Carmelitta foi levada à Rainha Nysyr, quem conseguiu impressionar pela sua simpatia e força no soco. Da Rainha, recebeu a Espada de Marfim, um item extremamente poderoso que só usa em batalhas realmente importantes e especiais.
Meses depois, no Arquipélago de Dratas, mais precisamente no Porto Dratáltico, sua tripulação e barco foram capturados pela Gangue dos Piratas Bruxos de Zunamb, e levados para o interior das montanhas nevadas Tzarkh’a. Utilizando poucos recursos e sua lábia, formou uma pequena milícia no porto e viajou para enfrentar os ladrões e resgatar seus companheiros. No interior das montanhas encontrou uma enorme mina onde centenas de golens e criaturas diversas (incluindo seus tripulantes) estavam sendo escravizados para trabalhar na extração de metais preciosos. Seu barco estava sendo modificado para o chefe da gangue como barco pessoal. Por dois dias a milícia externa esperou, até que os próprios golens de Kolobum começaram mais uma de suas revoltas contra os opressores. Aproveitando a oportunidade com explosivos e algumas baixas, a batalha das Cavernas Kalobin foi vencida por Carmelitta e aliados, e os piratas Bruxos de Zunamb, derrotados.
Após a batalha, Carmelitta resolveu ir embora do Arquipélago, e ofereceu aos golens uma carona até as ilhas Ymaripará, ilhas montanhosas ao noroeste de Nysyr, que estavam desertas desde algumas batalhas recentes. Algumas famílias de golens que aceitaram partir colonizaram e transformaram a Ilha numa referência cultural e portuária da região. Conforme os anos foram se passando, os golens de mármore Kolobum foram gradativamente ingressando na tripulação da capitã, e possuem dela muito respeito e confiança. “-A Alma delas é sólida, e nunca trairiam a confiança de ninguém. Não apenas por serem do inteligente e amável reino Nysyriano, mas principalmente por serem meus amigos, elas e eles são minha família no mar. Prefiro milhões de vezes dois golens comandando meu barco do que cem homens sob meu comando.”
De volta ao Primeiro Mundo, já poderosa e saudosa de sua família, Carmelitta foi bem recebida, e em dos Bailes piratas de Bellaqua, acabou conhecendo Alexander Strauss. O jovem pirata mulherengo acabou captando o desprezo da capitã, mas provou algum valor quando foi esfaqueado para protegê-la de uma invejosa agressora (Victorya Spaunt). Alexander e Carmelitta tiveram relações conturbadas, e passaram a se considerar um casal após o nascimento da filha dos dois, Angelitta.
Aos 25 anos, foi nomeada Pirata Real do Mar de Luxor, capitã do Cisne Dourado. Desde então, já participou de muitas batalhas. Lutou na Guerra contra o Palácio Magno, na Guerra Nova, e inúmeras outras batalhas menores em defesa da Costa Dourada, do Palácio Magno, Yudá, Reino do Pardo-Carmin e até Nirthon. Ajudou a invadir a Baía da Caveira Velha, a levar e trazer pessoas entre os continentes, e principalmente teve importância chave no desenvolvimento de relações diplomáticas entre o Rei Magno, Nysyr e a Encantriz (quando este pretendia enfrenta-las).
Grande mecenas de viagens, tem amigos como Joshua Croft (Nobre do Segundo Mundo), Everardo La Villaça (General Verde do Palácio Magno), Genevieve de Bellaqua (Rainha Pirata), Khâr Eatnam (Rei de Yudá), Dália de Artis (Professora de Rudrin), Ragnar Fidazzio (Rei de Armenincus) e Yuekina Eiko (Rainha do Povo Tigre) e guardiões como Ada La Villaça (Perdão), Yuka (Paz), Marzla (Justiça), Lalitta (liberdade) e Arkarom (Resistência).
O filho do rei Yuko, Tsugari Kogarashi, foi apaixonado por Carmelitta. Ela então lhe entregou um anel simbólico de sua amizade, mas ele teve que se desfazer do item para salvar um amigo. A partir de então a relação entre os dois nunca mais foi reestabelecida, graças a intervenção da mentirosa Charlotte Infernal. Eventualmente Koga morreu, e a verdade só foi esclarecida meses depois pelos amigos do rei deposto.
Dentre seus principais inimigos, estão os Cavaleiros Irick (boataria), Édouard Croft (Vingança), Bruxa do Mar (cobiça) e Maletus de Tutan (Roubo/Mentira), a infidelidade de Alexander Strauss, os piratas externos à Confraria da Costa Dourada, os nobres do Terceiro Mundo (que a veem como conivente com o sumiço da Lady Lovelace) e alguns machistas babacas que aparecem de vez em quando.
Carmelitta tem uma filha jovem, nascida após a Guerra Nova, de nome Angelitta Strauss de Laquilla, que tem grande vocação artística e é incentivada pela mãe. Às vezes ela viaja com a pequena para lhe mostrar o mundo e saciar sua sede de aventura.
CURIOSIDADES:
Carmelitta sempre teve o dedo podre no que se refere ao amor. Nenhum de seus pretendentes se aproximou de seus feitos ou da nobreza de suas ações. Apesar disso, ela sempre considerou Alexander “seu príncipe do mar”.
Carmelitta leva Angelitta em suas aventuras por acreditar que a filha não deve ser reprimida nem confinada como ela fora em juventude. Ela se mostra uma mãe muito preocupada e compreensiva, tentando deixar as habilidades mágicas de Angelitta aflorarem ao máximo, mesmo que isso não seja de seu agrado. Seu maior medo porém é dar liberdade demais a filha de modo que isso a coloque em risco de vida, como já aconteceu durante as intervenções do Cavaleiro Édouard Croft nos sonhos da garota.
O Guardião Helpsos gostaria de transformar Carmelitta em Guardiã da Amizade. Já Marzla e Aramis, gostariam que ela fosse elevada Guardiã das Boas Batalhas. Felton pensa em fazê-la Guardiã da Pirataria, enquanto Yuka, Guardiã da Paz nos Mares. Nanam pensa que a pirata se daria bem como Guardiã da Segurança dos Golens no Mar. Dormenan e Aroten querem que seja Guardiã da Descoberta, enquanto Rudrica e Ériah defendem que ela seja a Guardiã do Destino, ajudando aqueles que estão prestes a morrer a evitarem suas terríveis maldições. Fux defende que ela seja Guardiã da Cor Dourada, por conta de seu cabelo e seu navio, motivos muito brilhantes, segundo o próprio guardião. Alguns guardiões como Ganth são contrários a qualquer elevação “-Não posso falar o porquê, mas envolve um segredo” - disse.
As histórias de Carmelitta ainda não acabaram e estão sendo compiladas em livro escrito por Quill e Dormenan.
Nome: Carmelitta de Laquilla
Hostilidades: Confraria dos Mortos, Kotashtar, Cavalaria das Trevas, Imperador Andore.
Conjugês: Alexander Strauss (ex).
Parentescos: Angelitta de Laquilla, (Filha), Lucille de Laquilla (mãe), Genevieve de Bellaqua (prima), Tartarus (primo), Cornélius de Laquilla (pai).
Barco: Cisne Dourado.
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