Alura

Mãe da Lua Esquecida Alura

“As lágrimas que derramaste são o sangue que eles pagarão. Caminha sob minha lua negra, e nenhuma corrente poderá te prender.”


Era uma vez uma irmã e um irmão, Alura e Hesper, nascidos não de deuses, mas de um ato primordial da consciência mortal.   Hesper foi o primeiro a surgir. Quando o primeiro homem, injustiçado, ergueu a voz e exigiu reparação, não por fúria cega, mas por um princípio de equidade, Hesper se materializou daquele conceito puro de Justiça.   Alura veio depois. Quando a primeira vítima, machucada e cheia de ódio, olhou para seu agressor e, por um instante, escolheu a paz sobre a retribuição, Alura nasceu desse suspiro agonizante de Perdão.   Por eras, eles observaram o mundo. Hesper, pragmático, acreditava que os mortais só compreendiam a linguagem da balança e da espada. Alura, idealista, insistia que havia uma centelha de redenção em todos. Certa vez, ela desceu ao mundo mortal, não como uma deusa, mas como uma mulher comum, para provar seu ponto. Sua fé foi brutalmente traída por homens que viram nela apenas uma vulnerabilidade a ser explorada.   Machucada e despedaçada, ela arrastou-se de volta ao irmão. “Eles não entendem o perdão, Alura,” Hesper disse, sua voz carregada de uma tristeza antiga. “Eles só entendem a Justiça. E não seria justo eu puni-los, pois você desceu como uma igual, sujeita às mesmas leis cruéis do mundo.”   A frieza da lógica de Hesper não a curou; a incinerou por dentro. A Justiça havia falhado. O Perdão havia sido assassinado. O que restava era um novo princípio, forjado na sua própria carne: a Vingança.   Alura não foi exilada por um panteão. Ela se exilou do próprio conceito que a originou, rasgando de si a essência do Perdão. Ela se tornou um novo tipo de entidade, um eco furioso no Tecido do mundo, e as mulheres que compartilhavam de sua dor a chamavam de Alura da Lua Negra.

Domínios Divinos

Deusa da vingança, do ódio contra os homens e da retribuição divina, deusa das mulheres, da lua e do sangue.

Códigos e Livros Sagrados

Todos foram queimados.

Princípios da Fé

  1. Juramento Exclusivo: Apenas mulheres podem jurar lealdade a Alura, e devem fazê-lo com um rito de sangue de um homem sob a lua.
     
  2. Intocáveis por Homens: Nenhum homem pode tocar ou diminuir uma seguidora de Alura. A violação desse princípio exige retaliação imediata.
     
  3. Caça à Justiça: Devotas devem usar suas habilidades para proteger outras mulheres e destruir aqueles que causam sofrimento ou abuso.
     
  4. Sororidade: Devotas não podem atacar outras mulheres a não ser que sejam diretamente atacadas.
Parents
Children
Gender
Feminino