Panteão Maior - Quarteto Criador
O quarteto criador
A origem dos dragões e de seu vale, muitos não sabem, mas reza a lenda que aquele lugar sempre existiu. O vale transborda energia, mana, ou seja lá como prefiram chamar a energia que rege o universo, e foi a partir dessa abundância de recurso que os deuses criadores de Galatea moldaram o mundo. O primeiro a agir é o Deus criador de Werion, Autarion “O mundo vivo”, ele com ambas as mãos segurou o vale dos dragões e puxou, deixando parte de seu próprio corpo se estender e formar o paraíso natural Werion, diferente do que é atualmente, nenhuma selva se comparava aquele lugar, tamanha era sua explosão de vida. Seus dedos formaram a primeira parte da cordilheira de montanhas que formam o anel ao redor do vale.
No dia seguinte, ainda desgostoso com a própria aparência, ele queria criar algo que julgasse representar toda a perfeição que desejava a si mesmo. Das cachoeiras que escorrem de seu próprio corpo, ele juntou águas das mais límpidas que existem. Da vegetação, as folhas e plantas mais perfeitas e misturou tudo com um pouco de terra, mas uma terra clara e sem impurezas. Com seu sopro de vida ele então fez surgir a raça que viria a ser conhecida como elfos, a imagem espelhada da perfeição de Autarion.
Vendo a criação de Autarion, outro ser supremo acabou gostando da idéia, e esculpindo da própria rocha, fazia mais rochas serem formadas. Uma terra forte e firme, condensada da energia que pulsava do vale, fazendo parecer que a própria pedra estava viva. Assim começava a ser formada a maior montanha de Galatea, que viria a ter em seu interior, mais vida do que era de se esperar. Esse Deus era Gondor “O arauto da montanha”. Tirando o coração da grande montanha, ele esmigalhou a rocha pulsante com uma marretada e ela se separou em milhares de pedaços. Assim surgiram os anões, fortes e robustos como as próprias montanhas de onde saíram.
Atraído pela energia, vagando pelo cosmos, outra entidade chegou a tal lugar. Com sua gigantesca arma, uma foice que em um dos lados possui a cabeça de um martelo e intitulada “Destruidora de mundos”, ele deu uma marretada contra o vale dos dragões. E do centro do vale, erodiu uma enorme montanha e mais nada. O deus ficou irritado e deu um segundo golpe, agora com a lâmina de sua foice, que efervescia enquanto ele a brandia no ar. O golpe cortou a nova montanha ao meio, fazendo energia condensada e violenta eclodir de dentro da terra. O vulcão cuspia aquela energia e conforme ela caia, formava uma terra caótica e misturada, sua fauna e flora, as temperaturas e a distribuição de seus recursos eram distorcidas. Assim surgiam as Terras Selvagens. O seu criador Tuhrok “O conquistador”, ainda não se contentava com aquilo, ele queria mais, ele sempre quer mais. Mas ele reconhecia que uma batalha com os outros deuses iria na verdade destruir aquela terra, então ele formou mais um vulcão, agora nas terras que ele criou e ali ele colocou a lâmina de sua foice incandescente. Fez as terras selvagens borbulharem com o calor que surgia do chão. Das terras avermelhadas surgiram os Orcs vermelhos, ferozes e com a pele cintilante como a foice. Da terra cinzenta ao redor do vulcão surgiram os orcs cinzas, com tamanha brutalidade e com a pele com a cor das cinzas dos lugares por onde saqueavam. Já das terras férteis, brotaram os orcs verdes, guerreiros tão temíveis quanto seus irmãos, talentosos na canalização dos espíritos da natureza. Essa raça foi criada como conquistadores, com o intuito de tomar Werion e Wardem, instinto esse que prevalece até hoje.
A energia que não parava de ser jogada para fora, pelo vulcão do vale dos dragões, era derramada. Enquanto os outros deuses se distraiam com o pequeno jogo de tabuleiro que acabaram criando, sem esse intuito, essa energia se misturava ao cosmos, mais e mais. E dela um Deus novo surgia, com características herdadas de todas as terras criadas até então. Era Antares “O Ascendente”, nascido a imagem das ambições dos três outros deuses. Ele se ergueu imponente, chamando a atenção dos três, com suas mãos tomou o magma do vulcão central e derramou sobre si mesmo, forjando naquele mesmo momento sua armadura divina. Do magma enérgico que caiu dele, naquele batismo cósmico, Leonia foi se formando, uma mistura de tudo que havia nas outras terras de Galatea. Ele então ergueu sua enorme clava, segurou firme o escudo na outra mão e estava para golpear o mundo, enquanto ele bradava fortemente. Todos os deuses golpearam também, ao mesmo tempo. A reverberância de quando as armas se chocaram, partiu a as divisões entre os reinos, nas rachaduras escorreram as grandes artérias de Galatea, os rios que levavam vida em abundância a todos os locais. Um pedaço de terra se separou entre Werion e as Terras selvagens, um reino de ninguém onde a natureza cresceu selvagem, que viria ser conhecido como Farenon futuramente. O novo deus então entendeu que eles não poderiam batalhar entre si, sem destruir o mundo que haviam criado e assim recuou. Tirou um pedaço de si mesmo e moldou uma raça, que assim como suas terras juntavam aspectos de todas as outras três, uma raça versátil e adaptável, assim surgiram os humanos.
Os quatro criadores acabaram por firmar um pacto de fazer com que aquelas terras permanecessem e a nomearam Galatea. Vivendo nelas as mesmas criaturas criadas pelos deuses, nas mesmas terras também criadas por eles, livres para desfrutando da bênção que lhes foi dada.
Comentários