Life, Birth
O jovem bárbaro, cujo nome não era importante, cai em um buraco enquanto caçava nas montanhas da Reino da União Livre. Lá dentro ele encontra uma enorme rede de tuneis. Ficou perdido por vários dias, semanas. Sentia fome e achava que iria morrer. Cavou até sua arma quebrar e suas mãos sangrarem. Queria viver, mas a escuridão ainda lhe dava medo. Após tanto tempo escutava e via coisas. Escutou um som, uma batida de metal contra metal. Seguiu até uma gruta gigantesca. Algo que falta adjetivo que ele pensou que era obra de sua imaginação ou dos Deuses.
O barulho vinha do centro do espaço aberto que continha algo os xamas das tribos chamavam de barco, mas esse parecia estar quebrado como se partido ao meio. A carcaça restante da barca era coberta de um musgo vermelho e ralo com algumas plantas próximo a parte destruída da estrutura. Ainda seguindo o som viu que vinha de uma planta grande com lindas flores que tinha uma protuberância vermelha e transparente quase como vidro que batia na fuselagem da espaçonave. Ao encostar na fuselagem metálica da nave algo pareceu acender dentro dela. Seguindo a luz vermelha que piscava constantemente encontrou sua fonte em uma painel com um dizer em Diacrônico escrito "Energia de Emergência", mas não sabia ler Diacrônico. Embaixo dos símbolos piscava a luz e embaixo desta um circulo protuberante para fora do painel estava. Era um botão vermelho grande mas aquele que o observava não possuía em sua mente o conceito de um botão ou seu significado. Ficou algum tempo contemplando os três e a única coisa que sua mente primitiva conseguiu elaborar foi que estavam de alguma forma relacionados. Foi quando algo que parecia ser um instinto aconteceu com o observador. Começou a levantar lentamente a mão, que estava jogada a altura da cintura, com o dedo indicador apontando para o grande botão vermelho.
PARE! - gritou uma voz familiar em suas costas.
Aquilo que parecia familiar era o sotaque usado pela tribo daquele bárbaro. Ao virar sua expressão mudou para um horror absoluto. Ele via de onde a voz vinha um enorme esqueleto humanoide branco coberto por mantos negros que brilhavam como lustrados. Haviam detalhes roxos com símbolos dourados, que pulsavam forte iluminando a escuridão da nave, nas mangas e pontas das vestimentas. Em sua mão direita possuía vários anéis ornamentados nos dedos e empunhava um cajado dourado com gemas reluzentes que imaginou preciosas. Flutuava e vinha em sua direção com o dedo apontado dizendo:
VOCÊ TEM UMA IMPORTANTE ESCOLHA A FAZER. DESEJA CONTINUAR O QUE FAZIA E REPETIR O CICLO OU PERMANACER NA IGNORANCIA E VOLTAR PARA CASA AGORA? - fez um gesto com a mão e um circulo mostrando o vilarejo onde morava no centro.
O rosto em horror mudou para uma felicidade de dar lagrima aos olhos e ele caminhou rapidamente em direção ao circulo como se não existisse fadiga. Parou e olhou para o botão depois para o esqueleto perguntando:
Do que eu seria ignorante? - disse fitando os vazios dos olhos.
A VERDADE SOBRE A EXISTENCIA E SEU PAPEL NELA. - respondeu com frieza no tom.
Vou morrer se souber dessa verdade? - perguntou olhando pras mãos machucadas.
SE ESCOLHER VOLTAR PARA SEU LAR VIVERA FELIZ ATÉ ONDE PUDER. VAI TER UMA FAMILIA E ENVELHECER COM ELES E POR FIM MORRERA COMO TODO MORTAL. - Falou o esqueleto com os olhos vazios fitando a própria mão.
SE APERTAR AQUILO NÃO IRA MAIS TEMER A MORTE, POIS VERA QUE FAZ PARTE DO CICLO DA VIDA CONTRALO POR SERES ALEM DE NOSSA COMPREENSSÃO. A UNICA MANEIRA DE ESCAPAR ESSE CIRCULO É ENTRANDO EM OUTRO, DE MINHA CRIAÇÃO - continuou a caveira.
Quem é você - perguntou o humano frente a criatura.
.....HAHAHAHAHAHAHAHA- Baixou a cabeça e levou a mão ao rosto ósseo rindo freneticamente.
EU SOU MANIGOLD JAGÜERJACK, O PRIMEIRO. SOU VOCÊ A SUPERERAS NO FUTURO. LUTEI CONTRA A TEMPESTADE RUBRA ATÉ O FIM DOS TEMPOS E FRACASSEI. ESSE É MEU ULTIMO PLANO PARA VENCE-LA. DOU A VOCÊ A ESCOLHA QUE NÃO TIVE! AGORA ESCOLHAR MORTAL! - falou apontado para o humano e ele escolheu e tudo aconteceu assim como o primeiro.
Ele queria viver, não queria morrer então apertou o botão. A principio nada aconteceu...
Então um forte estrondo e tremor balançaram toda a estrutura. Luzes se acendiam por toda a estrutura quando uma nuvem de poveira invadiu a sala onde estava. Quando ela se dissipou o esqueleto ainda estava lá. Um humanoide em forma de luz azul celeste estava ao seu lado. O esqueleto então explicou que quando apertou o botão ativou as reservas energéticas da nave para que o sistema de emergência conhecido como MAGI pudesse então religar o reator da nave reativando as inteligências artificiais Baltazer, Melchior e Gaspar. Isto agora era impossível pois o restante da nava havia se partido e perdido.
Acariciando o interior metálico da nave de forma sentimental explicou que em seu auge aquela era a maior fragata de um Deus Maior. Feita com ciência tão avançada que podia ser facilmente confundida com magia. Algo mesmo absurdo tendo como limite apenas a imaginação.
Também havia magia, era muito antiga e vinha dos dragões. O Grande Deus Maior dos Dragões enviou seus súditos mais leais como comandantes da espaçonave. Sob seus comandos estavam legiões de aventureiros e campeões da Deusa da Ambição. Até o próprio Deus Tilliann ia participar dessa secreta missão. Visitar os confins do universo.
Uma distancia tão grande de Arton, considerado o centro do universo pelo Panteão, que até mesmo um Deus maior teria dificuldade de chegar. Após o mar de galáxias e infinitas estrelas. Onde a expansão do espaço-tempo é tão rápida que supera até mesmo a velocidade da luz. Além da escuridão sem fim os três Deuses haviam descoberto outra criação, outra Arton intocada.
Não havia 20 Deuses ou Panteão. Não havia mortais ou até mesmo vida e morte. Apenas Arton intocada onde o Nada e o Vazio nunca haviam consumado em tudo que veio a ser a outra Arton.
Não havia no banco de dados da nave a informação de quem teve a ideia, apenas que Tilliann foi quem descobriu esse local, mas o três Deuses decidiram ali tentar criar algo único. Um povo com ambição, poder e inteligência sem limites. Para eles um paraíso, na copia de Arton deram vida a seu relevo. Esculpiram montanhas e oceanos. Encheram os rios e polos com água, gelo e vida. Florestas e desertos espalhados pelo mundo. Lhes deram um sol, luas e estrelas. Forjaram um espelho do Panteão para conduzi-los a inspirar alcançar tudo possível. Por fim foram embora pois sua ausência por mais tempo do real Panteão poderia levantar suspeitas. A viagem de volta foi provavelmente a mais importante da espaçonave pois estavam presentes em seu interior as três divindades responsáveis pela criação dos lefeu. Os dados sobre o que conversarem bem como imagens da cabine de comando foram todas perdidas, salvo por uma fotografia de um membro da tripulação, cujo nome também foi perdido no tempo, registrou um seu diário de bordo. Nela mostrava Tillian sentado em na cadeira de comando na ponte principal da nave com a Deusa da Ambição a sua esquerda e o Deus dos Dragões a direita. Apenas ele usava aquele assento pois era realmente a peça de tecnologia mais impressionante naquela nave. A sua instalação foi realizada pelo próprio Deus. Os detalhes nunca foram revelados mas em uma nota feita pela divindade em seu diário de bordo falava como a cadeira era capaz de converter a própria energia divina do Deus em qualquer forma de energética existente no universo. Era com isso que se era possível viajar tamanha distancia até a outra criação em um curto espaço de tempo. Faze-lo deixava o Deus exausto que precisava descansar para recuperar suas forças.
Depois de um longo descanso ele reuniu seus súditos mais próximos e partiu no comando da nave em direção a outra criação e seu povo. Dessa vez Tillian como a única divindade maior já que a visita seria breve apenas para ver o quanto eles tinha progredido em seu crescimento.
Nosso destino seria a orbita do outro planeta Arton. O comandante fechou os olhos e quando os abriu novamente energia divina em sua forma mais pura pulsavam deles. Percorriam seus braços até suas mãos desaparecendo na estrutura da cadeira. A nave tremia intensamente enquanto amplificava aquela energia formado um de escudo de força que protegia a nave de qualquer dano externo. O restante da energia era convertida para os motores da nave alcançarem uma velocidade inimaginável. Foi quando inúmeros alarmes dispararam simultaneamente. Varias anomalias estavam sendo detectadas ao redor de toda a estrutura da nave, sendo as mais graves as temporais que estavam correndo o metal divino que devia estar em contato com o vazio, porem outros sensores indicavam que estamos imersos em algum tipo de substancia solida.